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segunda-feira, 25 de outubro de 2010

Fé pragmática

Desde muito pequeno tenho ouvido falar de fé.  Quando dos  estudos escolares inclusive da História da Reforma, quando travei sérias discussões com o professor, que insistia em apresentar os reformadores como hereges, que lutaram para restabelecer a centralização da igreja na Fé na obra redentora de Cristo, sempre me pareceu que vira e mexe  o assunto sempre chegava a palavra  fé.
Muitos domingos, após o almoço lá em casa, sentava-me ao pé de meu pai, que reunido com alguns irmãos e pastores das poucas igreja  protestantes do bairro, inclusive algumas vezes  com a presença do pároco católico da igreja romana local, e ouvia-os conversarem sobre os acontecimentos da semana, sobre temas bíblicos, e vai-lá -vem cá, aparecia o tema fé. Ocorre-me lembrar aqui que o católico romano e os protestantes tinham um acordo - não discutir doutrinas acessórias.
Mas sempre me perguntei:  O que é fé verdadeiramente? quando fiz essa pergunta ao Pastor ele me enviou ao texto bíblico - Hebreus 11:1 - vamos lá, confiram.
Mas sempre me questionei o que é firme certeza? e o tempo foi passando e essa questão remoendo em busca de uma definição melhor.
Quando tardiamente me tornei professor(com direito e carteira do MEC), e comecei a ministrar aulas, trabalhando com crianças de  sete/oito anos, juntando a formação acadêmica com a pratica de classe é que principiei a formar uma visão mais satisfatoria do que seria  Fé.
Da formação acadêmica, o estudo sobre o desenvolvimento  da criança desde os seus primeiros dias; da sala de aula, a confiança irrestrita ou a rejeição dos pequenos alunos.vejamos:
Quando nasce, a criança é total e fatalmente dependente de sua mãe/pai.
A única manifestação que apresenta, desde o primeiro sorver do ar é o reflexo de sugar; assim que algo que não seja desconfortável encosta em seu rosto, a criança volta o rosto nessa direção e inicia a ação de sugar.
É essa ação que lhe garante  a obtenção de sustento para a manutenção de sua vida - o leite materno.
Uma vez alimentada, aquecida a criança dorme tranquila. Realizada a digestão do alimento riquíssimo que sua mãe  lhe garante, o bebe expulsa de seu corpo os restos não mais úteis, o que lhe causa um desconforto na pele,devido a sua acidez; ela chora e é prontamente atendida por sua mãe que  que lhe limpa e ou dá banho, restabelecendo a condição confortável, que o leva a dormir socegadamente.
Assim segue ao longo dos meses, que passam céleres, e a criança aprende a identificar sua mãe, seus parentes, a quem passará a se achegar diante de extranhos e ou situações que lhe pareçam agressivas.
Estabelece-se uma confiança irrestrita, inquestionável, que acompanha o homem até idade avançada, quando diante de perigos iminentes muitas vezes ouvimos o adulto exclamar  em desalento "Ah minha mãe..."
Dito isso fruto da aprendizagem acadêmica, e consultado a Bíblia é que notei que Jesus o mestre por excelência, se utilizou desse conhecimento para nos mostrar o caminho e o que vem a ser verdadeiramente Fé.
Leia você que esta percorrendo seus olhos por estas linhas, em Mateus  18:3, mas não façamos como os fanáticos lá do século XVI (ver publicação neste Blog em 27 setembro 2010); leia ainda em  1º Pedro 2:2, e vejam que Fé é uma confiança total, absoluta, incontestável, irrestrita, nas palavras de Deus, no seu Plano para nos livrar da condenação inexorável  da única condenação hereditária (pecado de desobediência e mentira de Adão) e de nosso apego ao mal, que foi quebrado  quando nos encontramos com Jesus no Calvário e entendemos que Ele  morreu para que eu possa ter a vida eterna, aquela prevista por Deus para seus filhos antes do pecado de Adão.
Eis a razão para nos tornarmos como crianças para Herdarmos o Reino, não é através de práticas, atos, sacrifícios, legalismos, encontros etc.,etc., etc., que chegaremos  a Deus, mas, apenas aceitando como uma criança o aconchego de Deus que nos é dado através de Cristo, confessando nossos pecados, nos arrependendo verdadeiramente de tudo o que possamos ter feito  que o desagradasse (pecado) e nos entregando ou nos aconchegando em seus braços, como uma criança verdadeiramente faz com seu pai.
Leia ainda mais, João 6:37-40.
Que Deus tenha piedade de todos nós
V.D.M.I.Ae.



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