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domingo, 26 de junho de 2011

Mais vale a fé que o pau do barco...

Já se passaram sessenta e dois anos, pouco mais ou pouco menos, e de lá das brumas da memória se me ocorreu uma história que veio me elucidar um dos fatos pouco auspiciosos que ocorrem no meio
do povo dito evangélico.
Vamos inicialmente situá-lo na prática das igrejas em nossos dias, o ditos, usado e abusados pontos de contato, para apoio da fé, é um tal de distribuir gratuitamente, mediante uma oferta, rosas, lencinhos, sabonetes, garrafinhas com água, saquinhos contendo areia do Rio Jordão, terra da Terra Santa, sic est, papeizinhos para serem queimados em fogueira santas, nestas no passado, lá pelo séculos de IX a XVII, queimavam pessoas que queriam o evangelho verdadeiro, bem vamos aos fatos, de tanto ouvir essas idiotices, me ocorreu à memória, como disse la no começo uma historia que vem para elucidar ou lançar luzes nesse nefasto costume de pontos de contato da fé, tão usados pelos sevandijas de plantão.
Como já havia escrito em outra publicação neste blog, havia o costume de se reunirem os irmãos após a Escola Dominical, muitas dessas tertúlias ocorreram lá em minha casa, e afloração a memória me fez recordar de uma tarde de domingo após o almoço de estarem sentados em uma roda de cadeiras, meu pai e alguns irmãos debaixo de uma amoreira carregada de frutos (morus nigra) e eu estava por ali, e hoje consegui  recordar da seguinte historia contada por um dos irmãos cujo nome não me ocorre agora, bem vamos a historia elucidativa.
Existiu em uma comunidade as margens do Rio Parnaíba, uma família composta de uma senhora e dois filhos, que tinham por profissão a pesca.
O estranho da historia é que moravam em uma ilhota do rio bem afastada da comunidade mais próxima, apesar disso a família não faltava ás obrigações religiosas dominicais, apesar de terem que atravessar o rio enfrentando suas correntezas e rodamoinhos, muito forte no citado rio.
Aos amigos na cidade que pediam para que eles se mudassem para evitar essa travessia perigosa, os rapazes respondiam:
  • Não tem perigo não, nos somos pescadores e já estamos acostumados com o rio.
Assim corria a vida dessa família muito devota, até que um belo dia, melhor seria, um triste dia, a senhora, já avançada em idade, ficou adoentada.
Como soe acontecer, ela tratou-se pelos sistemas tradicionais, chás de ervas medicinais, já de há muito conhecidas e de reconhecida eficacia em seus tratamentos anteriores.
Mas em uma madrugada chuvosa, a mulher acordou no meio da noite e dirigindo-se aos filhos disse:
  • Meus filhos, a mãe não está nada bem, já usei de todos os remédios que conheço e não melhorei estou até pior, já sinto que a morte esta rondando,
Ela realmente esta com péssima aparência, o que deixou seus filhos preocupados, a mãe após se refazer da respiração ofegante acrescentou:
  • Filho eu me lembro de quando seu falecido pai me contou que a cruz que está colocada no páteo em frente da igreja, tem uma madeira milagrosa, e que o chá daquela madeira havia feito alguns milagres, e eu sei que esse é o único jeito de eu ficar curada, vão lá buscar uma lasca da cruz.
A tempestade se desenvolvia com maior força lá fora; os irmão avaliaram a situação de ter que sair com aquele tempo,mas viram que a condição da mãe era muito preocupante e decidiram enfrentar a situação, pegaram o barco e foram para a cidade.
O percurso que em situação de bom tempo durava pouco mais que meia hora, na situação de tempestade, ventos e correntezas estavam extremamente fortes, beirou quase uma hora inteira de esforços ingentes, que ele enfrentaram tendo como preocupação a saúde da mãe.
Tiraram o barco da água com muito custo e correram para a Igreja em meio a escuridão e um aguaceiro intenso, cortaram a canivete uma lasca do pé da cruz e correndo voltaram para o barco.
O retorno se mostrou mais perigoso não só porque o rio estava se avolumando,mas também por que deveriam subir o rio, mas a preocupação com sua mãe lhes conferia forças para enfrentar tudo aquilo.
Já próximo de chegarem no ancoradouro de sua casa, o barco sofreu um impacto que fez com que emborcasse, jogando os irmãos na água, obrigando -os a muito custo vencer a distancia a nado.
Depois de muito esforço e um tanto longe de casa conseguiram chegar a terra. Após um pequeno descanso, puseram-se a correr para casa.
Quando próximo de casa um deles levou a mão ao bolso da camisa aonde havia colocado a lasca da cruz, e teve um sobressalto, a lasca não estava mais ali, provavelmente caíra na água durante sua luta para atingir a margem.
Os irmãos ficaram prostrados, sentados no chão em meio ao aguaceiro.
Voltar como? O barco havia se perdido, o que tinham no quintal estava sendo consertado... estavam em prantos. O que fazer? Quando um deles disse:
  • Não temos meios de voltar, tive uma ideia, que acredito Deus vai me perdoar...
  • Vamos tirar uma lasca da madeira do barco lá do quintal e levar pra mãe, se ela morrer, ao menos irá morrer na esperança do milagre,e  que Deus nos perdoe por isso...
Como diante da intempérie da natureza nada mais havia que ser feito, tiraram a lasca do barco e entraram a seguir em casa.
Fizeram diante da mãe, o chá com a madeira, e deram para ela beber...
Antes de sorver o chá, a velha senhora dirigindo-se a Deus, agradeceu por Ele tê-los levado e trazido são e salvos com a lasca da cruz milagrosa, e bebeu o líquido, dormindo logo a seguir.
O irmãos exaustos como estavam se recostaram em suas camas e dormiram um sono pesado.
A chuvarada havia terminado, e a manhã se fazia alta e clara após a intempérie, quando o rapazes acordaram com o costumeiro cantarolar de sua mãe a lhes preparar a refeição matinal como de costume.
Espantado e admirado um deles disse ao outro:
  • Olha! a mãe esta bem, não tem mais nada, olha mano, a lasca que trouxemos não era da cruz  e a mãe ficou curada !
Ao que o outro acrescentou:
  • Pois é meu irmão eu acho que tem mais valor a fé do que o pau do barco...
Assim é meus caros leitores irmãos, esse sevandijas exploradores dos ignaros das verdade bíblicas e do verdadeiro evangelho se locupletam da fé e da esperança em Deus, para encherem seus bolsos., com esses tais pontos de contato.
Isso tudo vem para demonstrar a verdadeira misericórdia de Deus e seu profundo amor à obra de suas mãos e seu profundo desejo de que todos se salvem, nos dando Jesus para que morresse em nosso lugar ainda quando eramos pecadores.
Lembrem-se das lições que nos foram dadas na Bíblia no que diz respeito a fé, leiam em Lucas 7: 1 -11 e leiam ainda Mateus l5:21 -28. (Mas leiam mesmo, não acreditem em mim).
Quanto a esses exploradores, recomendemo-los a Deus, para que os convertam verdadeiramente ou cuide deles já que os pobres não leram 2ªJoão l: 9 em diante.
Deus abençoe aos queridos irmãos que estão dispendendo seus tempos em ler as coisas que este velho professor escreve neste espaço.
E todos os que leem, saibam

V.D.M.I.Ae.