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sexta-feira, 19 de novembro de 2010

Velhas Novidades

Fazendo um busca em velhas anotações, me deparei com alguns rascunhos realizados em 1993, a propósito de alguns problemas enfrentados na igreja local que frequentava, pois os ares de novidadismos já estava se fazendo presente dentro de igrejas históricas, o que não quer dizer despidas do animo de evangelização.
A grande praga inicial foi o famoso Louvor -cantoria desatada de corinhos despidos de sentido, quando não contrários às verdades lapidares do evangelho. E que tomavam quase todo o tempo do culto,  ficando para a participação da congregação e a pregação da Palavra quando muito míseros dez minutos.
Afora os momentos dedicados as orações  verdadeiros momentos de gritaria que mais beiravam, como beiram ainda hoje  uma verdadeira balbúrdia desconexa.
Vou tomar a liberdade, que me perdoem meus irmãos leitores, de transcrever sem muitos rebuscados um desses   rascunhos, que então (1993) não tive como dar a publico; ai vai:
Título: A necessidade de reforma da Reforma.
Uma passada de olhos em nossa sociedade sem maior profundidade que um mero relance nos deixa claro a enorme contradição dos valores humanos, que pregamos com os que vivemos.
Deixamos há muito o "ser" para enfatizarmos o "ter" fato esse que também esta atingindo a igreja, nem poderia ser diferente, uma vez que ela é a soma dos que a compõem.
Isso ocorre já que as pessoas que procuram a igreja já não o fazem na busca  da Salvação,mas mero alívio de suas mazelas físicas ou mentais, não buscam conhecer e se aperfeiçoar na verdade evangélica, o tudo que querem e imediatismos.
Leio em uma revista que as igrejas Católicas estão passando por um esvaziamento em direção as igreja -pentecostais e espíritas, etc.
O mesmo movimento esta ocorrendo dentro das Igrejas evangélicas históricas, e o que é pior, estão querendo introduzir conceitos novos, alguns frontalmente contra a Palavra de Deus, em razão de interpretações distorcidas de textos isolados, quando não de versículos truncados, motivo de interpretações particulares.
Quando não, grupos buscando hegemonia de comando e de implantação de doutrinas contrarias as escrituras.
Grupos que tentam implantar doutrinas centralizadoras em um comando dominador, contrario as liberdade que o evangelho, desde os tempos da reforma foram reconduzidas ao crente que aceitou Jesus como único e suficiente salvador.
Nessa tentativa de introduzir novidades,as igreja acabam voltando-se para dentro de seus próprio templos, onde se instalam esses campos para o embate; descurando-se de sua função de Testemunha e Anunciadora do Evangelho a todo o  mundo.
Outro aspecto a considerar é que qualquer contraposição, ainda que embasada nas Escrituras, ou alerta de que estamos caminhando para um desvirtuamento da fé em sua profundidade, é o suficiente para que uns quantos de posse de uma dúzia de versículos, exortativo no sentido de evitarmos contendas, versículos esses  separados de seus contextos e ou até com visão obliterada, já que as doutrinas que defendem são plantadas no meio com esse mesmo objetivo; de divisões e contendas.
É bom deixar presente que Paulo o apóstolo que não foi escolhido por voto de seus pares -mas escolha direta do Senhor Jesus quando sentiu necessidade, discutiu com Pedro e nem por isso foi acusado de querer provocar divisões.
Ora se buscar a melhor compreensão é contenda, não sei mais nada, senão que estamos diante do seguinte problema: Se temos Jesus por mestre e Salvador, o que devemos fazer é testemunhar seu sacrifício na cruz, para nos resgatar... e tudo o mais nos será acrescentado, e que somos feitos irmão pela adoção de Deus.
Vou ficar por aqui pois este rascunho realizado em 1993, vai mais além e se tornaria enfadonho..
Vejam. foi escrito no século passado, já tem hoje dezessete anos e apresenta os novidadismos que assolam as igrejas  de nossos dias.

V.D.M.I.Ae.