Oi gente! Ca estou novamente, continuo vez em quando a ser
atacado de vazios de inspiração, não sei se pelo peso das quase setenta e duas
órbitas embarcado neste planeta, que pela misericórdia de Deus não depende do
homem em sua viagem espacial, ou se pelos aborrecimentos de ouvir tantas
sandices no meio dito evangélico.
Sim tantas sandices, que até um
padreco mal informado e ou mal intencionado, mariolatra, chamou os evangélicos de
Burros e orgulhosos, bom o mérito de termos chegado ou dado essa oportunidade
ao Biblico analfabeto padreco, é única e inclusive culpa de nossos lídimos e
identicamente analfabetos bíblicos que vivem a vociferar pelos púlpitos radio
televisivos, asneiras teofilosofias de botequim (*) retiradas de seus cérebros
carcomidos por sei lá o quê, para justificar e ou abrigar sob o manto de suas pretensões
ungidamente arrecadatorias das ovelhas que por sua vez buscam “igrejas” como se
fossem as famosas lojas de conveniências que podem atender a qualquer hora do
dia e da noite remedinhos para aplacar aquela necessidade inesperada ou
inconveniente.
Ouço, leio, ás vezes sou
questionado sob a mesma conversa que é como um bambolê (**), que nada mais faz
do que ficar a girar em torno de sua cintura, um bom exercício para quem gosta
de rebolar, como nós os brasileiros, (rebolam no carnaval, para conseguir
entrar no ônibus, para enfrentar a fila do banco que deveria durar vinte
minutos, mas só se resolve depois de hora e meia, rebolam para enfrentar
vestibulares para ingressar na faculdade, rebolam de raiva ao saber que os
aumentos dos Senhores Nobres Pais da Pátria foi de sessenta e poucos por cento,
enquanto o seu próprio aumento foi de nove por cento, pois se for maior poderá comprometer
as finanças do estado, enfim vou para por aqui para não ficar enfadonho.
O que queria dizer no parágrafo acima
é que estou sofrendo de alergia ao ouvir a pergunta:
Não devemos julgar...
OPS, se não devemos julgar,
pergunto eu:
É mesmo, não podemos exercer essa
tão nobre faculdade de julgar que o pai dos burros (***) ou amigo dos doutos
define como:
Julgar
V. 1. Tr. dir. Decidir, resolver
como juiz ou como árbrito; lavrar ou pronunciar sentenças. 2. Tr. dir. e intr.
Pronunciar uma sentença. 3. Tr. dir. Apreciar, avaliar, formar juízo a respeito
de. 4. Tr. ind. Formar juízo crítico acerca de; avaliar. 5. Tr. ind. Formar
conceito sobre alguém ou alguma coisa. 6. Pron. Apreciar os próprios
pensamentos, palavras e obras: Você se julga com muita severidade. 7. Tr. dir.
Entender, imaginar, supor. 8. Tr. dir. e pron. Considerar (-se), entender (-se),
reputar (-se), ter (-se) por.
Se realmente estamos impedidos de
realizar as tarefas abarcadas pelo referido verbo, eu gostaria de entender como
iremos fazer pela manhã?
Como irei escolher e ou decidir
com que roupa que eu vou, se não posso decidir e ou julgar qual a melhor
escolha o negocio é mergulhar no guarda roupa e seja o que Deus quiser. (saca a
irresponsabilidade, deixar que Deus julgue por mim.).
Tá bem, não devo julgar, mas, o
que fazer no meu dia a dia, como desenvolver o projeto que me foi solicitado,
vou fazendo o projeto sem pensar nos prós ou contras de algumas medidas.
Como vou trabalhar, uso o
transporte coletivo ou vou com meu automóvel? Como não posso julgar, eu vou a
pé, esta resolvido, (ops! me perdoe
Senhor, pois acabo de incorrer em erro eu decidi (julguei) ir a pé, tem misericórdia
de mim...).
Quando for ao supermercado, não
posso incorrer em erros, pois a considerar o preceito de que não devo julgar,
estarei fazendo isso a cada produto que pegar, pois, quer queira ou não, irei
comparar preços, qualidade, oportunidades, necessidades; portanto sairei do
mercado carregado de pecados por ter realizado o exercício de julgamento. Tenha
piedade de mim senhor!
Já que pequei
ao decidir ir ao serviço a pé, vou ter outro problema, como faço para
atravessar a rua? Fecho os olhos e vou em frente, e os motoristas que julguem
se devem brecar e ou me atropelar..., assim o pecado do julgamento é deles.
Como deverei escolher a minha
companheira por toda a vida, apanho a primeira
que estiver à minha frente, ou cometo o pecado de julgar.
Como eu faço com aquele “amigo”
que me pede um dinheirinho, (quase sempre esse diminutivo na verdade de refere a
somas vultosas), devo pecar analisando a capacidade do referido amigo em honrar
o compromisso e o seu grau de honestidade ou devo colocar isso também nas
costas de Deus? -- Seja o que Deus quiser...
Na hora do almoço, esta aí mais
um momento de pecar pelo exercício do julgamento, se aproxima o garçom com o
objeto que ira me levar a pecar, o cardápio, meu Deus me socorra! Agora o que
faço, para não incorrer em erro? Viro
para o garçom e digo;
--Caro amigo me traga qualquer
coisa que dê para me alimentar, por favor. Consegui me livrar desse pecado de escolha (julgamento), Aleluia... Glorias...
Alem do que estarei fazendo o que
alguns megablastblasphemeres desejam, deixarei a coisa a julgamento de Deus... Será
mesmo? Ou será que quem vai decidir( julgar)será o garçom?
Como fazer? ( êpa estou pecando!).
Como fica nossa vida dentro desta
perspectiva?
Compro ou não? Vou ao mercado ou não? Uso a gravata vermelha ou a verde? Etc, etc.
Enfim espero que todos possam
nessas sandices escritas ai em cima, ter percebido, aquilo que é tão natural em
nossa vida que nem sequer nos damos conta.
Deus nos dotou da capacidade de
julgar, fazemos isso a todo instante e pelas coisas mais prosaicas da nossa
vida.
Até em razão da tarefa básica de
Adão e Eva, a de cuidar do Edém, implicaria no exercício de julgar, analisar,
decidir, optar, o seu objetivo era de não nos permitir conhecer o mal, mas caímos
no engodo da serpente e, eis-nos aqui.
Esses sevandijas nos querem impor
a idéia de que não devemos julgar, para melhor nos guiar, conheço não
pessoalmente, mas através de informações que pastores que querem conhecer a vida
sexual de suas ovelhas, orientando-as em muitos aspectos.
Acredito que pelo que li e julgo ter entendido
é que não devemos fazer uso dessa capacidade tão grande de julgar, comparar,
analisar e decidir, de maneira refolhuda (***), mas não podemos, ai sim abrir
mão desse dom que nos foi dado por Deus, e que ao longo da historia tem
demonstrado quão importante foi essa
capacidade de julgar e de em razão desse julgamento termos conseguido avanços
tão significativos, na Educação, na Saúde, na tecnologia, enfim em nosso dia a
dia.
Se o seu pastor, que desde logo é
merecedor de tanto respeito quanto qualquer outro irmão de sua igreja, se
comportar inconvenientemente, no que toca aos preceitos bíblicos e ou morais ou
cívicos, deve ser julgado sim, e se for o caso submetido a os preceitos
legais civis e ou criminais de sua
sociedade.
O pastor não esta acima da
legalidade e ou moralidade ou da verdade ao contrario compete a ele ser o mais
correto e lidimo guardião desses valores não só em sua igreja, mas na
comunidade aonde essa igreja se insere. Leiam lá em 1 Timóteo 3, leiam o
capítulo inteiro e atentem para os versículos de nºs. 4, 6, 7, 8, 9 e 10.
Notem que esses são os parâmetros
para a escolha (julgamento prévio) para esses cargos, e assim sendo parâmetros posteriores
para o julgamento e a destituição dos que não se enquadrarem.
Atentem para que ,recebendo a
liberdade em Cristo obtida na Cruz, não voltemos a nos tornar escravos de pessoas já previstas ali mesmo nos escritos
de Paulo a Timóteo (1ª epistola no capítulo 4,
Deus possa ter misericórdia de
todos nós, apesar de nós mesmos.
Saibam todos os que lerem que
V.D.M.I.Ae.
(*) Botequim= estabelecimento comercial onde se
vende bebidas, e onde os bêbados tem solução para todo e qualquer problemas da
nação.
(**) Bambolê= Aro de material plástico,
que as crianças utilizam para exercícios de bamboleio, ou meneio dos quadris para mantê-lo a girar sem que
caia.
(***) Pai dos burros, nome atribuído
ao Dicionário relativamente a alunos que pouco ou nada estudam, ou também
chamados de Amigo dos doutos, que deles fazem uso freqüente.