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sábado, 3 de março de 2012

Julgar ou não julgar, eis a questão.


Oi gente!  Ca estou novamente, continuo vez em quando a ser atacado de vazios de inspiração, não sei se pelo peso das quase setenta e duas órbitas embarcado neste planeta, que pela misericórdia de Deus não depende do homem em sua viagem espacial, ou se pelos aborrecimentos de ouvir tantas sandices no meio dito evangélico.
Sim tantas sandices, que até um padreco mal informado e ou mal intencionado, mariolatra, chamou os evangélicos de Burros e orgulhosos, bom o mérito de termos chegado ou dado essa oportunidade ao Biblico analfabeto padreco, é única e inclusive culpa de nossos lídimos e identicamente analfabetos bíblicos que vivem a vociferar pelos púlpitos radio televisivos, asneiras teofilosofias de botequim (*) retiradas de seus cérebros carcomidos por sei lá o quê, para justificar e ou abrigar sob o manto de suas pretensões ungidamente arrecadatorias das ovelhas que por sua vez buscam “igrejas” como se fossem as famosas lojas de conveniências que podem atender a qualquer hora do dia e da noite remedinhos para aplacar aquela necessidade inesperada ou inconveniente.
Ouço, leio, ás vezes sou questionado sob a mesma conversa que é como um bambolê (**), que nada mais faz do que ficar a girar em torno de sua cintura, um bom exercício para quem gosta de rebolar, como nós os brasileiros, (rebolam no carnaval, para conseguir entrar no ônibus, para enfrentar a fila do banco que deveria durar vinte minutos, mas só se resolve depois de hora e meia, rebolam para enfrentar vestibulares para ingressar na faculdade, rebolam de raiva ao saber que os aumentos dos Senhores Nobres Pais da Pátria foi de sessenta e poucos por cento, enquanto o seu próprio aumento foi de nove por cento, pois se for maior poderá comprometer as finanças do estado, enfim vou para por aqui para não ficar enfadonho.
O que queria dizer no parágrafo acima é que estou sofrendo de alergia ao ouvir a pergunta:
Não devemos julgar...
OPS, se não devemos julgar, pergunto eu:
É mesmo, não podemos exercer essa tão nobre faculdade de julgar que o pai dos burros (***) ou amigo dos doutos define como:
Julgar
V. 1. Tr. dir. Decidir, resolver como juiz ou como árbrito; lavrar ou pronunciar sentenças. 2. Tr. dir. e intr. Pronunciar uma sentença. 3. Tr. dir. Apreciar, avaliar, formar juízo a respeito de. 4. Tr. ind. Formar juízo crítico acerca de; avaliar. 5. Tr. ind. Formar conceito sobre alguém ou alguma coisa. 6. Pron. Apreciar os próprios pensamentos, palavras e obras: Você se julga com muita severidade. 7. Tr. dir. Entender, imaginar, supor. 8. Tr. dir. e pron. Considerar (-se), entender (-se), reputar (-se), ter (-se) por.
Se realmente estamos impedidos de realizar as tarefas abarcadas pelo referido verbo, eu gostaria de entender como iremos fazer pela manhã?
Como irei escolher e ou decidir com que roupa que eu vou, se não posso decidir e ou julgar qual a melhor escolha o negocio é mergulhar no guarda roupa e seja o que Deus quiser. (saca a irresponsabilidade, deixar que Deus julgue por mim.).
Tá bem, não devo julgar, mas, o que fazer no meu dia a dia, como desenvolver o projeto que me foi solicitado, vou fazendo o projeto sem pensar nos prós ou contras de algumas medidas.
Como vou trabalhar, uso o transporte coletivo ou vou com meu automóvel? Como não posso julgar, eu vou a pé, esta resolvido, (ops! me perdoe  Senhor, pois acabo de incorrer em erro eu decidi (julguei) ir a pé, tem misericórdia de mim...).
Quando for ao supermercado, não posso incorrer em erros, pois a considerar o preceito de que não devo julgar, estarei fazendo isso a cada produto que pegar, pois, quer queira ou não, irei comparar preços, qualidade, oportunidades, necessidades; portanto sairei do mercado carregado de pecados por ter realizado o exercício de julgamento. Tenha piedade de mim senhor!
Já que  pequei  ao decidir ir ao serviço a pé, vou ter outro problema, como faço para atravessar a rua? Fecho os olhos e vou em frente, e os motoristas que julguem se devem brecar e ou me atropelar...,  assim o pecado do julgamento é deles.
Como deverei escolher a minha companheira por toda a vida, apanho a primeira  que estiver à minha frente, ou cometo o pecado de julgar. 
Como eu faço com aquele “amigo” que me pede um dinheirinho, (quase sempre esse diminutivo na verdade de refere a somas vultosas), devo pecar analisando a capacidade do referido amigo em honrar o compromisso e o seu grau de honestidade ou devo colocar isso também nas costas de Deus?  -- Seja o que  Deus quiser...
Na hora do almoço, esta aí mais um momento de pecar pelo exercício do julgamento, se aproxima o garçom com o objeto que ira me levar a pecar, o cardápio, meu Deus me socorra! Agora o que faço, para não incorrer em erro?  Viro para o garçom e digo;
--Caro amigo me traga qualquer coisa que dê para me alimentar, por favor.  Consegui me livrar desse pecado de  escolha (julgamento), Aleluia... Glorias...
Alem do que estarei fazendo o que alguns megablastblasphemeres desejam, deixarei a coisa a julgamento de Deus... Será mesmo? Ou será que quem vai decidir( julgar)será o garçom?
Como fazer? ( êpa estou pecando!).
Como fica nossa vida dentro desta perspectiva?
Compro ou não?  Vou ao mercado ou não?  Uso a gravata vermelha ou a verde?  Etc, etc.
Enfim espero que todos possam nessas sandices escritas ai em cima, ter percebido, aquilo que é tão natural em nossa vida que nem sequer nos damos conta.
Deus nos dotou da capacidade de julgar, fazemos isso a todo instante e pelas coisas mais prosaicas da nossa vida.
Até em razão da tarefa básica de Adão e Eva, a de cuidar do Edém, implicaria no exercício de julgar, analisar, decidir, optar, o seu objetivo era de não nos permitir conhecer o mal, mas caímos no engodo da serpente e, eis-nos  aqui.
Esses sevandijas nos querem impor a idéia de que não devemos julgar, para melhor nos guiar, conheço não pessoalmente, mas através de informações que pastores que querem conhecer a vida sexual de suas ovelhas, orientando-as em muitos aspectos.
 Acredito que pelo que li e julgo ter entendido é que não devemos fazer uso dessa capacidade tão grande de julgar, comparar, analisar e decidir, de maneira refolhuda (***), mas não podemos, ai sim abrir mão desse dom que nos foi dado por Deus, e que ao longo da historia tem demonstrado  quão importante foi essa capacidade de julgar e de em razão desse julgamento termos conseguido avanços tão significativos, na Educação, na Saúde, na tecnologia, enfim em nosso dia a dia.
Se o seu pastor, que desde logo é merecedor de tanto respeito quanto qualquer outro irmão de sua igreja, se comportar inconvenientemente, no que toca aos preceitos bíblicos e ou morais ou cívicos, deve ser julgado sim, e se for o caso submetido a os preceitos legais  civis e ou criminais de sua sociedade.
O pastor não esta acima da legalidade e ou moralidade ou da verdade ao contrario compete a ele ser o mais correto e lidimo guardião desses valores não só em sua igreja, mas na comunidade aonde essa igreja se insere. Leiam lá em 1 Timóteo 3, leiam o capítulo inteiro e atentem para os versículos de nºs. 4, 6, 7, 8, 9 e 10.
Notem que esses são os parâmetros para a escolha (julgamento prévio) para esses cargos, e assim sendo parâmetros posteriores para o julgamento e a destituição dos que não se enquadrarem.
Atentem para que ,recebendo a liberdade em Cristo obtida na Cruz, não voltemos a nos tornar escravos de  pessoas já previstas ali mesmo nos escritos de Paulo   a Timóteo (1ª epistola no capítulo 4,
Deus possa ter misericórdia de todos nós, apesar de nós mesmos.
Saibam todos os que lerem que
V.D.M.I.Ae.

(*)  Botequim= estabelecimento comercial onde se vende bebidas, e onde os bêbados tem solução para todo e qualquer problemas da nação.
(**) Bambolê= Aro de material plástico, que as crianças utilizam para exercícios de bamboleio, ou meneio  dos quadris para mantê-lo a girar sem que caia.
(***) Pai dos burros, nome atribuído ao Dicionário relativamente a alunos que pouco ou nada estudam, ou também chamados de Amigo dos doutos, que deles fazem uso freqüente.