Vamos lá, para principio de
conversa, não sou especialista em coisa alguma, tenho uma formação normal no campo
das artes plásticas, mesmo nessa formação devo ter dado muita dor de cabeças a
meus professores, por estar sempre apresentando um inconformismo com certas
assertivas absolutamente conclusivas.
Dizia quando moleque no curso
ginasial, ao padre José, que a todo custo queria que deixasse o protestantismo
e me tornasse católico que eu ainda que me convertesse ao catolicismo, nunca
poderia ser um bom católico, pois não poderia aceitar nunca aquele tal " mistério
de fé."
Voltando ao assunto, não sou
especialista, sim cidadão comum acho eu, ignaro em muitas coisas, e em um bom
número de ocasiões assassino da última flor do Lácio; mas não consigo entender,
salvo dentro da visão de pai, a enorme comoção causada pelo incêndio ocorrido
lá no Sul.
Não estou diminuindo a coisa, mas
a colocando no devido lugar de uma tragédia proclamada em voz alta em todos os
dias em que locais que tais anunciam e realizam festas, regadas a bebida,
quando não drogas consumidas à vontade, em locais superlotadas, afora
considerar a inconsequência de uma alegria vazia e irresponsável.
É verdade todos tem o direito de
se divertir, mas me expliquem:
Em locais, escuros, com som acima
do recomendado por todos os órgãos sanitários, brasileiro e por organismos
internacionais?
Em locais superlotados, onde a
dificuldade de locomoção daqui para ali já é difícil em uma situação normal, o
que dirá em situação de emergência.
Sem a preocupação de saber e ou minimamente
pensar em o quê fazer em situação que fuja minimamente à normalidade.
Evidentemente, estaremos à busca
das bruxas causadoras de tais fatos, agora queremos justiça, vamos
responsabilizar as otoridades que nestas horas, vêm a público afirmando que
isto ou aquilo esta de conformidade com as normas vigentes, é que é impossível
fiscalizar um tal numero de, no caso, casas noturnas, sob alegação de que se
tratava de uma cidade de universitários, que só a faculdade tal tinha sete mil
alunos a cada ano, sendo assim normal o tal numero de boates...
Será que as otoridade municipais
justificarão a existência de um número X de prostíbulos em razão do elevado
numero de estudantes universitários?
Nos falta como povo uma só coisa,
me desculpem de ofenderei os mais suscetíveis, “NOS FALTA VERGONHA NA CARA”,
não fora isso um tal bem cotado ex presidente, que concedeu, em Paris, sentado em
uma cadeira em um jardim público, uma entrevista divulgada com destaque; que o
Brazil não tinha problema com corrupção como queriam os inimigos políticos
fazer crer com a divulgação de um tal mensalão que nunca existiu, o que havia
era apenas a prática de “CAIXA DOIS” ou dinheiro não contabilizado pelo
ParTido, coisa COMUM no BRAZIL.
Nos falta vergonha, pois
reconduzimos a presidência de uma câmara legislativa Brazileira a um cidadão
sob júdice, que para não perder seu mandato anterior, renunciará para poder
posteriormente, voltar como voltou, para ser eleito presidente.
Em outra câmara foi eleito um
senhor que a quarenta e dois anos exerce o mandato de deputado, tendo
minimamente esse senhor servido a pátria durante vários períodos de governo, já
que era deputado desde 1970, deve ter uma ótima característica de adaptação ao
mais diversos ambientes políticos, isso comprova a nossa falta de vergonha na
cara.
A nossa falta de vergonha na cara
se acentua no momento que vemos e permitimos ser explorados por sacripantas da
fé, e ou quando vemos pessoas nossas amigas e ou conhecidas caindo nas garras
de tais sevandijas e nada fazemos para evitar que isso aconteça, sob a
alegação: “isso não me diz respeito”.
Nos falta vergonha na cara quando
nos comovemos com a morte tristemente anunciada e não tomamos conhecimento ou
não queremos tomar conhecimento do número de mortes, é verdade em um ano,
provocada por acidentes de trânsito, que fica somente em torno de trinta e dois
mil mortos anuais, com um custo de cerca de sessenta e poucos milhoes de reais
anualmente com os gastos de remoção, atendimento, pensões e ou indenizações por
tais mortes, e é bom frisar que esse número de mortes considera somente os
mortos no local, aqueles que morrem depois de hospitalizados, entram em outras estatísticas.
Nos falta vergonha na cara quando
pagamos um agradinho ao guarda, na autoescola, quando aumentamos o preço do
produto para depois calcular o desconto que iremos dar, quando compramos CDs e
ou DVDs piratas, e ou produtos contrabandeados, nos falta vergonha na cara
quando, como eu já ouvi, dizer a esses pequenos ladrões:
“Quando você vai roubar uma
bicicleta de alumínio com dezesseis marchas, eu estou precisando comprar uma
para meu filho.” Nos falta vergonha na cara quando admitimos e aceitamos a
geleia nacional do “Jeitinho Brasileiro” eufemismo para CORRUPÇÃO, ou como bem
disse o Ex-presidente na já citada entrevista sobre o mesmo assunto:
“Não vejo probrema nisso, todo o
mundo faz”.
Nós brasileiros somos os maiores
e os melhores, pois vamos, em mais alguns dias, gastar bilhões de reais em uma
festa popular, com segurança, em atendimento hospitalar com briguentos bêbados,
em atendimentos de emergências e em atendimento a grávidas lá pelo mês de
outubro/novembro de 2013, muitas dessas gravidezes indesejadas, de menores de
idade, qual é o problema, ISSO NÃO ME DIZ RESPEITO. (é bom considerar, no carnaval,
a frase típica do sul: Cuida da tua cabrita que eu vou soltar o meu bode).
Além da grande festa que está próxima
a adoração da Deusa OCAP, os adiostes já estão sendo terminados e inaugurados,
mas de hospitais ninguém fala, qual é o problema, isso não me diz respeito... Será?
Devemos todos ficar felizes, pois
somos muito orgulhosos de não termos guerras e ou revoluções sangrentas, isso
acredito em razão de conseguirmos em paz, provocar a morte violenta de cerca de
trinta mil pessoas por ano, só no transito, sem contarmos os assassinatos; afinal
quem precisa de revolução se em paz produzimos igual ou maior numero de mortes
anuais.
Pensem nisso...
Deus tenha misericórdia de nós
apesar de nós mesmos...
E saibam todos que a única coisa verdadeira e imutável e que:
V.D.M.I.Ae
(1) Mofino = individuo infeliz, mesquinho inoportuno. Mofatrão = Aquele que age no sentido de enganar os outros, trapaceiro.
E saibam todos que a única coisa verdadeira e imutável e que:
V.D.M.I.Ae
(1) Mofino = individuo infeliz, mesquinho inoportuno. Mofatrão = Aquele que age no sentido de enganar os outros, trapaceiro.