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quinta-feira, 25 de outubro de 2012

Ad anonyma istis ferocibus (1)


Oi gente! Ca está o velho de setenta e três órbitas terrestres percorridas a escrevinhar novamente. Li a pouco um comentário  dos solertes, falaciosos, corajosos da escuridão, os valentes e valorosos abrolhados e tão fecundos em multiplicação assexuada o indigitado “Anônimo”.
No caso em causa (isto dá música, saca o ritmo!) o abrolhado comentou o assunto com um sucinto “Por que não te calas”, nem original foi o dito. Está a tomar emprestado do Rei de Espanha a fala que dirigiu ao falastrão e sonhador Chaves, não o personagem da TV, e sim ao sonhador Bolivariano; bem deixa isso de lado e vamos ao crime, digo ao caso.
Apesar da caduquice que me querem impingir, dada a quantidade de órbitas percorridas, quero deixar claro que a bondade e misericórdia de Deus me permite trazer viva a memória coisas dos tão longínquos anos da infância, pois a ler esse tal “por que não te calas” Veio-me a memória uma narração, se ocorrida ou criada pela capacidade imaginativa não sei mas que passo a narrar a seguir:
"Um jovem repórter visitando um determinado país, em uma tarde ao passear pelo centro do burgo visitado notou um jovem que de sobre uma caixa, falava em alta voz para quem pudesse ouvir, exortando-os sobre a necessidade de mudança de hábitos pouco recomendáveis, que a população do lugar mantinha.
O jovem turista, que compreendia a língua nativa, quedou-se por um tempo a observar a cena, não deixando de notar que muito poucos dos que cruzavam a praça, notavam o rapaz no afã de exortá-los á necessária mudança de hábitos para a obtenção de uma vida melhor em comunidade; a grande maioria passava batido sem tomar conhecimento da sua existência.
Passadas quase duas décadas desse fato, o agora mais maduro repórter por força de seu serviço, retornou àquele país e aquela mesma cidade. Instalado no hotel lembrou-se do ocorrido e decidiu ir à mesma praça ver como andavam as coisas.
Qual não foi a sua surpresa ao se deparar com a mesma pessoa de décadas atrás sobre o que lhe pareceu à mesma caixa, a desafiar a mesma fala, com os mesmos chamamentos a mudança de hábitos, causou-lhe espécie que decorrido um tempo razoável aquele ontem jovem hoje uma pessoa mais madura, persistisse na sua arenga.
Dirigiu-se ao rapaz e o indagou, explicando-lhe o motivo.
-Me perdoe há dez anos, pouco mais ou menos, uma tarde eu passei por esta mesma praça, e parei para ver sua atitude de chamar a atenção de seu povo para mudança de hábitos, e estou admirado de que passado tanto tempo, me permita dizer, você ainda esteja a chamar a atenção, deles, parece-me que não surtiu resultado. Como você explica isso.
Obteve como resposta:
Meu senhor, esse mau costume do meu povo, é muito pernicioso e que por força de indiferença ninguém quer mudar, e eu estou fazendo essa pregação como a única maneira de manter-lhes atentos para que devam modificar, e meu senhor pense bem, se eu um dia me calar, eles terão vencido e a verdade terá perdido a batalha, eis a razão pela qual eu não me calo e não me calarei enquanto tiver forças."
O reporter partiu dali para seu trabalho, mas guardou uma lição inestimável:
Se nos calarmos diante da injustiça, da aleivosia, da mentira, da artimanha,da falácia, ainda que tenhamos que falar por anos a fio incansavelmente, ainda que não nos ouçam, se calarmos eles os sevandijas, sacripantas e toda essa caterva, que hoje subverte a pura Palavra de Deus, eles  ganhariam, e  por um tempo finito, pois ainda que tarde, o dia do juízo virá; e ai então, você oh! Corajoso “Anônimo” verá e saberá por qual razão, motivo e ou circunstancia, não nos calamos, e enquanto pudermos continuaremos a falar... gostem ou não os sevandijas.
E saibam todos os que se escondem na covardia do Anonimato que:

V.D.M.I.Ae.
Deus possa ter misericórdia de todos nós apesar de nós mesmos.

(1) Para os valorosos anônimos.

Só a Bíblia basta?


Oi minha gente, não consigo entender muito a razão motivo ou circunstância, mas este espaço vem sendo lido cada vez mais, afinal o meu objetivo básico era somente alinhavar umas quantas ideias e protestos e ou sonhos e ou mesmo sandices retiradas da cachola em momentos de ócio, que alias são muitos para um aposentado.
Mas não é disso que venho até este teclado para alinhavar  auto-aleluia, mas fazer um comentário a respeito de um texto que li logo ao ligar esta maravilhosa máquina.
Trata-se de um texto simples, claro e objetivo, que me trouxe lágrimas aos olhos, o que não quer dizer muito, pois quando se trata desse assunto sou um tanto manteiga, derreto logo.
Desde que consigo me lembrar como gente, sempre entendi que a igreja seria o último bastião da ética, da moralidade, e do amor (ágape) do tecido social e que esta igreja era igualmente o último espaço da preservação da verdade e pureza do evangelho anunciado na cruz.
Não se faz necessário apontar e ou registrar, o tanto de desengano e frustração com a caminhada dentro das igrejas ditas, históricas, reformadas, evangélicas, isto ou aquilo, muitas vezes fui questionado e admoestado que deveria manter-me afiliado a uma denominação, sob pena de ser como uma brasa que isolada se consome e acaba em nada, ainda que não concordasse com os desmandos ali cometidos.
Evidentemente não advogo que um cristão se mantenha isolado, não é esse o ideal do evangelho: (Oh! quão bom e quão suave é que os irmãos vivam em união!) De conformidade com o que preceitua o salmo l33.
União essa alicerçada no evangelho, tendo como sólido ancoradouro a Bíblia, como único fundamento dessa união.
Isso se mostrou muito frustrante, pois desde os anos setenta, se multiplicaram até mesmo dentro de igrejas com grande apelo de evangelização, dentro da qual aceitei a Jesus começaram ganhar vulto, os sonhos reveladores, as profetadas, as unções, especiais, a coisa desandou de vez quando o sistema de administração mudou de “eleição para um cargo ou função”, passou para “exercer um ministério”, aí então os irmãos passaram a ser abençoados em seus ministérios incontestáveis. (melhor seria: castelos).
Sempre me debati em relação a estarmos firmados na Palavra despida de penduricalhos do tipo me foi revelado, deus me deu um texto hoje, e muitas outras sandices do tipo, que mais mostravam os egos distorcidos do que a verdade.
Certa vez levei minha classe da escola dominical para fora da sala, ali no pátio, somente com as cadeiras e as bíblias nas mãos o objetivo final seria reunir os irmãos em uma praça da cidade para ali sentados em bancos (os mais idosos) e os mais moços sentado no chão, mas não pode ser feito, pois tínhamos que após os trinta minutos de estudo, que participar do ministério do louvor com sua hora inteira de cantoria desconexa e egocêntrica, com exortações descabidas aos participantes que permaneciam muito tempo de pé, em frontal desrespeito aos mais idosos.
Bom, não vou destilar mágoas até em razão de tê-las colocado-as nas mãos de Deus, mas como um inconformado com os rumos com que as coisas iam e debaixo da pecha de um “criador de casos”, “murmurador”, recebia admoestações de tal sorte que só me restou desadunar-me (1).
Mas tudo o que estou escrevendo se deve ao texto escorreito em todos os sentidos de lavra do nosso irmão em Cristo  Leonardo Gonçalves  com o título: ”O evangelho é suficiente para você?”.
Caro irmão esse seu texto foi como um cantil de água cristalina que me dessedentou e a um só tempo me fez sentir que desde há muito tenho buscado estar fiel ao Caminho à verdade da cruz, dentro dos meus limites humanos.
Você que esta lendo estas linhas clique ali no link e leia também essa verdade lapidar sobre a necessária e irretorquível verdade da total suficiência do evangelho para uma vida religada a Deus através do sacrifício da Cruz, tudo o mais é mera confeitaria desnecessária.

Deus possa ter misericórdia de todos nós.

V.D.M.I.Ae.

(1) Desadunar = Descongregar, sair de uma congregação.