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quarta-feira, 17 de setembro de 2014

Filhos pródigos?




As vezes somos confrontados com questões comuns ou corriqueiras, mas que nos tomam de chofre a atenção, exigindo um esforço para encontrar a resposta exigida pelo questionamento.
Tenho me defrontado com essa situação mais vezes do que gostaria, o que tem exigido uma flexibilidade que o transcorrer dos anos nos retira, tornando-nos mais meditativos e introspectivos.
Hoje pela manhã (16/09) fui surpreendido pela seguinte pergunta:
—Na escola em que trabalho tenho notado que cerca de noventa por cento dos alunos de idades diversas, apresentam invariavelmente um tipo de problema desde dos de ordem física e ou mental em todas as suas manifestações, teria essa situação a ver com a situação de afastamento generalizado dos preceitos religiosos?
A primeira coisa que me ocorreu foi a observação de Paulo a respeito da falta de discernimento no participar da Santa Ceia na igreja primitiva, ou seja, faziam dessa participação um mero ato de se alimentar.
Já há algum tempo venho questionando o fato histórico de que a reforma do evangelho la no século XVI, com todas as suas vicissitudes e riscos provocou uma alteração social de alcance nacional, fato esse registrado por vários historiadores do período, contrapondo esse fato registrado aos dias de hoje, quando se propala como grande acontecimento, o aumento significativo de evangélicos, de programas radio-televisivos de pregação do evangelho.
Na escola a que minha neta se refere, percebe-se pela forma de vestir, dos cabelos, e até pela postura física, que existe alí um grande número de ditos evangelicos.É comum ouvir nas conversas as referencias ao Bispo, Apóstolo, aos “homi di deus da ingreja”,
Sem ser fundamentalista afirmei categoricamente a minha neta que era óbvio que o escarnio com que se trata as verdades do livro denominado Bíblia, tido e havido como o fundamento sólido da Palavra de Deus manifesta aos homens, o desrespeito a hierarquia, tanto por parte dos congregado a uma igreja, como pelos próprios ditos líderes dessas denominações. Estes na busca de atender seus desequilibrios atrás de nomes pomposos do que acreditam ser seus cargos, já citados Bispos, Apóstolos e homens de Deus, profetas e coisas que tais. Os membros de tais denominações, seguidores cegos, despreparados, analfabetos completos ou funcionais, de tudo o que seus lideres falam ou fazem.
Evidente que no problema levantado pelo questionamento lá no começo desta fala, não se trata de um castigo de Deus ao povo, não é assim que Ele age, mas vamos lembrar a atitude do rapaz que na Bíblia é identificado como o “Filho pródigo” ou melhor dizendo o filho perdulário, gastador. Notem que o jovem perdulário exige do seu pai, aquilo a que ele não tem direito- a herança, explico, a herança se constitui somente após a morte do pai; logo ele exigiu o que não lhe cabia, coisa muito parecida com o que está acontecendo nas igrejas ditas evangelicas que afirmam como direito:
-Eu quero entrar imediatamente na posse das “minhas” bençãos.
Estamos diante de uma arrogância incomensurável (tal qual a arrogância do filho pródigo) na qual um lider antes bispo, hoje sumo sacerdote, colocou em jornal de sua denominação, que se você for fiel no dízimo podera “exigir sua benção que Deus estará “obrigado” a te dar...
Isso foi um tempo passado e eu fotografei o tal jornal e publiquei aqui neste espaço com um comentário pertinente.
Voltando a parábola do filho pródigo vemos na narrativa que a exigencia do filho ainda de forma ilegal, o pai atende a essa pretensão infundada (podemos comparar essa atitude à mesericórdia de Deus).
O que faz o filho, sai pelo mundo a exibir sua riqueza dispendendo-a de forma irresponsavel e irracional, resultado? Ela acaba, se consome delapidada que foi deixando o tal filho em situação inferior mesmo aos servos do seu pai. Aqui a parabola apresenta uma drástica diferença ao que vemos em nossos dias, lá o filho em péssima situação e humilhado, reflete e percebe o que havia feito, aí busca arrependido o seu pai pedindo-lhe perdão.
Estamos como evangélicos dispostos a refletir sobre nossa condição, diante das verdades Bíblicas?
Estaremos nós dispostos a abandonar nossa arrogancia de Filhos de Deus, e adotarmos a atitude de Jesus ao lavar os pés de seus apostolos?
Estamos dispostos a viver o evangelho pregado e vivido pelos apostolos na igreja nascente logo após a ressureição de Cristo? Ou pelo menos seguir os caminhos apontados pelos reformadores do século XVI?
Não me parece que o retorno ao evangelho bíblico, seja resposta mais precisa e condizente com nossa situação atual, escrevemos insanamente em nossos carros “PRESENTE DE DEUS” enfatizado com isso uma qualidade que Deus não tem, nunca teve e nunca terá; injustiça, pois baseado em que Deus dará um Audi a um e a outro, um Gol, ambos com os mesmos dizeres; teria sido o valor do dízimo?
E as ações de nossas igrejas de qualquer naipe ditos evangélicos suas or-ações, em nada condizem com suas ações, isso é mais para a frase: ora a ação...
Estamos individual ou coletivamente como igrejas dispostos a reconhecer que estamos comendo bolotas, como na parábola do filho pródigo, e concluirmos que estamos pecando contra o Pae, e voltarmos para Ele e nos confessarmos pecadores arrependidos? Ou vamos continuar as discussões teologicos de nulidades e ou interesses de grupos? Afinal o sacrificio de Jesus na cruz foi para os escolhidos ou para todos os pecadores que verdadeiramente se arrependam de seus descaminhos e confessem com sua boca e coração que Jesus é Senhor e Salvador?
Tudo isso posto respondi a minha neta, que toda essa miséria que nos cerca, desde a insegurança fisica e financeira, as doenças que nos atacam e nos debilitam tanto fisica quando mentalmente, são frutos DE NOSSA INDECOROSA INDIFERENÇA PARA COM AS COISAS DE DEUS.
Igrejas voltadas para seus umbigos identificando seus cultos de adoração com os shows dos cultuadores dos desmandos morais; mais parecendo pessoas que nunca leram ou ouviram falar de que o profeta Isaias lá no passado distante já vociferava contra essas futeis e falsas adoraçoes, senão vá lá no livro chamado Bíblia, se é que sabem o que isso seja, e leiam logo ali no primeiro capítulo. Isaias 1:11-20 mas aproveitem e leiam esse capítulo inteiro.
É por isso que temos no nosso meio tantos fracos e doentes, com certeza...não sabemos discernir o sacrificio vicario levado a efeito na cruz pelo Senhor Jesus Cristo.

É uma enorme dor e desconsolo que assistimos a tudo isso...
Posto que o único valor imanente é que:

V.D.M.I.Ae.