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sábado, 14 de novembro de 2015

Doceo, docui,docere, Educar...!!! Drama dos dias de hoje.


Republicação por oportuno.


Quando em uma reunião afirmei que os professores em sua maioria, ensinam aos alunos apenas conteúdo, fui alvo de muitas críticas do tipo:
-Não é verdade, nos faltam condições
. -Você não tem razão, o professor esta desmotivado, veja o salário. -
Você não tem espírito de classe, por isso fala essas asneiras... Professor, você precisa tomar vergonha de atacar sua própria classe e parar com essa verborragia destrutiva... e assim por diante, fora o que não vou reproduzir por aqui, por não querer desrespeitar ninguém.
Educar, transmitir, conduzir, a mim parece muito longe de introduzir conceitos na cabeça de, principalmente crianças.
Outro ponto importante no conceito de educar, é que não conseguimos ensinar a quem não quer aprender.
Dai a afirmação de que a grande maioria dos professores ministram conteúdos.
Essa afirmação é também verdade para os púlpitos, as Escolas Dominicais, as pregações, e ou orientações dos Discipuladores de nossa igrejas; estes não se comportam diferentemente do que os professores das escolas seculares.
Querem introduzir conteúdos, dogmas, ideologias, conceitos, frases feitas, esta é também uma das razões pelas quais, hoje querem lavagens cerebrais dos "encontros tremendos",assim os alunos ficam mais dóceis e aptos a receberem quaisquer besteiras que lhes se coloquem a frente.
Conduzir é o segredo, não é sem razão que Jesus se refere ao Pastor de ovelhas, ele não as empurra a um pasto, mas as conduz, e elas vão, pois assimilam que aquele que está a frente sempre lhes proporcionará alimento saboroso e água tranquila. Leia Salmo 23.
Jesus quando do inicio de seu ministério, não realizou seminários de capacitação, E NEM,-(perceberam a sutileza), vestibulares para escolher os doze, nem os levou a "encontros com Deus" com três dias de isolamento, Ele não queria lavar-lhes o cérebro.
Os chamou, pois sabia que não poderia educar quem não o aceitasse.Jesus foi, e é objetivo.
Não escolheu a fina flor da elite letrada de Israel, foi buscar homens simples, como pescadores,( leia Mateus 4:18 ), eles eram capacitados em suas atividades, quero acreditar que os buscou no meio do povo, pois os queria com as mentes abertas e não eivados de pré conceitos, queria conduzi-los através de suas bagagens de informações adquiridas na vida.
Podemos depreender da leitura atenta dos evangelhos que Jesus, não lhes inculcou grandes teorias, e ou elucubrações mentais, mas os conduziu através de suas próprias vivências; preste atenção a algumas "conduções "(entenda lições ) do mestre:
-Sermão no monte (Mateus 5:1-12) onde estabelece condições para aqueles que habitarão o Reino de Deus.
Logo a seguir, menciona, "Vós sois o sal da terra" - primeiro ressalta sua característica de sabor, segundo o conhecimento da sua importância, pois era um meio de conservar alimentos, além de ser uma das formas de pagamento dos soldados romanos, daí a palavra salário, que usamos até nosso dias.
Com isso Jesus estimulava o cérebro de seus ouvinte, levando-os a elaborar seus conhecimentos pessoais com o que ouviam.
"Vós sois a luz do mundo", incitando-os a entender que a luz penetra nas trevas, impedindo esconder uma cidade edificada no alto, problema sério em uma civilização que vivia em guerra, pois uma cidade iluminada serviria de orientação segura para um ataque noturno. Desenvolvendo junto com seus ouvintes (alunos) o segundo conceito "Assim brilhe, também a vossa luz diante dos homens", para ressaltar as obras de Deus em suas vidas e para que os homens pudessem encontrar no meio nas trevas uma luz para onde se dirigir.
Faz a seguir, conforme registrado em Mateus, uma série de observações sobre a Lei vigente a de Moisés.
A sua não revogação da Lei, mas o cumprimento da mesma em seu ministério; Lei sobre o assassinato, aumentando o seu alcance, a morte moral; e assim vai, lei da reconciliação, lei do adultério etc.etc.
Caro irmão leia com atenção o evangelho registrado por Mateus, tomando o cuidado de observar que bom condutor (Professor) foi o Sr. Jesus; reparem que a seguir Jesus demonstra com sua atitudes e gestos o poder de que era revestido, não teve necessidade de retórica, grandes palcos, luzes, alto falantes, para demonstrar o quanto estava revestido do poder do Reino.
Reparem que Jesus, não criou classes do tipo de homens, mulheres,crianças etc., Jesus os instruía onde quer que estivesse, a beira mar, de dentro de um barco, em meio a uma tempestade e por aí vai.
Usou e abusou de parábolas, que estão espalhadas pelos quatro evangelhos, se bem me ocorre são em número de 30, e quase sempre contadas quando de uma oportunidade ímpar, como respostas a uma pergunta, ou a um pedido de orientação, como repreensão a alguma atitude de alguém.
As parábolas tinham, como por outro lado ainda têm, o mérito de colocar o ouvinte a elaborar a história ouvida com sua vivência ou duvida, permitindo que ele desenvolva um novo conceito (aprendizagem), esta, modificadora de sua vida.
Com seus discípulos, tecnicamente, de poucas letras, e com a sua conduta mansa, de um condutor (educador) firme, Jesus, lhes iluminou a vida e os colocou de tal forma que a história da humanidade se registra em nossos dias em A.C. e D.C, ou seja Antes de Cristo e Depois de Cristo.
Parece-me que se preparassemos nossos professores com base na pedagogia adotada pelo Mestre, e ou estudássemos mais atentamente o comportamento de Jesus, pelo menos no caminhar de nossa igreja, como pregadores das verdades de Deus, como professores de nossas crianças, principalmente vivendo as orientações que ministramos, estaríamos vivendo uma outra realidade, e não me venham dizer que isso são tempos novos, ou sinais dos tempos, até em razão de que quando me perguntam se eu tenho saudades de meu tempo, fico indignado e respondo, que apesar dos meus 76 anos, o meu tempo é hoje, aqui e agora.
Elaboramos regras, institucionalizamos a religião com observação de rituais, cerimoniais absurdos que apelam e desenvolvem os sentidos e emoções, em detrimento ao intelecto, o que nos afasta da limpidez e pureza dos ensinos de Jesus. Leia Efésios 2:8. Na vida intelectual acadêmica, compartimentamos o conhecimento em núcleos e nos esquecemos do homem  integral e que abarca toda a gama de vida que o cerca..
Precisamos muito mais que uma reforma da religião vigente, precisamos de uma revolução pessoal e interior, precisamos almejar o mérito de "Luz do mundo" do "Sal da Terra" e do "ame ao teu próximo como ati mesmo".

Deus tenha misericórdia de todos nós, apesar de nós mesmos.

V.D.M.I.Æ.

Ressurreição, a virada de Deus na historia da criação

Re

Republicacão.         .

original publicado  em 28 de abril de 2013

Ressurreição, a virada de Deus na historia da criação



Ressuscitar
Verbo transitivo direto com o significado, entre outros de igual teor, restabelecer, restaurar, estes ainda com a ligação direta de tornar a estabelecer e ou repor algo como originalmente estava estabelecido, criado e ou feito.
O alcance destas palavras sob o aspecto do cristianismo é de tão alto poder, que nós míseros humanos orgulhosos de nossos feitos e ou estabelecimentos, passamos ao largo de sua compreensão correta e ou total.
Entendemos desde logo, que o Cristo foi restaurado em seu corpo, tal qual estava por ocasião de sua morte física, é verdade que Ele foi restabelecido como fisicamente se encontrava por ocasião de sua morte física, inclusive as marcas que se Lhe foi infligidas durante o seu martírio. Prova disso é o testemunho de Tomé que se comportando como um cientista que exige provas alega que somente se O visse e tocasse nas marcas dos cravos, somente assim creria (João 20:24-25), no que foi satisfeito.
Mais do que a mera restauração de um corpo físico, neste ato divino está em jogo todo o pronunciamento de Deus, registrado desde a primeira Letra de Genesis, ate a ascensão de Jesus no retorno aos Céus, e toda a consequência posterior a esse fato, registrado na historia do homem.
Todos os atos dos homens ao longo da interferência divina foram carregados de mistificações de distorções e ou alegações relativamente às relações Deus homem, homem Deus, no intuito de estabelecer privilégios para impor o domínio de homem contra homem, com não poucas interferências, de pessoas que viam a necessidade da supremacia máxima de Deus na vida do homem e da comunidade por estes estabelecidas.
Assim foram os profetas e muitos outros ao longo da historia do homem, e todos estes que assim agiam, eram ou desacreditados e ou mortos por aqueles que queriam estabelecer-se como intermediários e interpretes das vontades de Deus.
Assim foi no máximo dessa atitude, nos dias de Jesus, em que o Sinédrio, os sumos sacerdotes, os doutores interpretes da Lei Mosaica, que não titubeavam em enxergar novas regras restritivas para a comunhão do homem com Deus, assim foi até que essa iniquidade alcançasse tal grau em que não mais restasse senão uma ação forte o suficiente para a volta ao plano inicial da criação, quando o homem foi criado e colocado em um jardim por Deus mesmo plantado, para que ali vivesse tomando conta dessa obra.
Uma ação que colocasse cobro a toda ordem de desarranjos, explorações, espertezas, maldades e injustiças, que os que se intitulavam intermediários entre o povo e Deus vinham cometendo em um crescendo insuportável  aniquilando as pessoas e as impedindo o livre contato com Deus, como outrora  Ele o fazia com o homem no Éden.
Ali no Jardim, quando da desobediência, Deus deixou de se fazer visto em pessoa, mas ainda assim fazia se ouvir e ouvia o homem, disso a prova é o dialogo que Deus manteve com Caim, como o registro em Gênesis 4: 1-16, quando então Caim corta o seu relacionamento com Deus retirando-se de sua presença, daí em diante esse afastamento se aprofunda por parte do homem.
Apesar disso em momento algum existe o registro que Deus tenha abandonado o homem, o que ocorreu desde então é que o homem a cada momento introduziu empecilhos para esse dialogo homem/Deus, com criação de dogmas, leis, interpretações particulares, filosofismos, etc;
A coisa decorreu de tal maneira, que houve a necessidade do cumprimento total e cabal da Lei, sob pena de que Deus embarcasse no roldão das injustiças que se praticavam em seu nome, como em nossos dias o fazem o que se dizem Seus representantes.
Houve então a necessidade da execução do termo legal por Deus estabelecido em sua Lei que esta registrada em Ezequiel 18:4 e isso somente poderia ser realizado de forma que houvesse o cumprimento total do preceito legal (a morte do pecador), logo todos os homens deveriam morrer, e a possibilidade de um princípio que restabelecesse a criação, inclusive a do homem em seu primitivo estado no ato criativo de Deus, que quando o fez, “Viu que tudo era bom”. 
Esse caminho necessário para satisfazer  esse preceito, teria que passar pela imolação de um homem integro e sem pecado, e essa imolação teria que cumprir a necessidade de o sacrificado o ser em maldição carregando em Sí o pecado de todos, daí Jesus o unigênito de Deus, varão perfeito, da linhagem de Davi e seu encontro com a Cruz, o madeiro maldito, e o restabelecimento da criação em sua situação original  da criação, antes do pecado do homem.
Em meio à história, Deus suscitou homens, e os capacitou para que fizessem uma tentativa de restauração ás verdades  restabelecidas em Cristo e registradas no que se convencionou chamar de Bíblia, mas isso foi de muito curta duração, aí esta a história para quem queira ver, ou melhor, ler o que aconteceu no culminar da Reforma protestante do século XVI, mas essas tentativas de restauração da verdade e da busca de um contato Deus/homem, ocorreram em vários outros locais e por vários outros homens e ou povos, mas sempre sufocadas pelos interesses das vantagens de uma mediação, que não a Jesus.
Infelizmente estamos vivendo um momento em que a iniquidade, o desrespeito,os falsos profetas, o escárnio para com as coisas Divinas, a falsidade e o desamor está alcançando os níveis insuportáveis como esta  registrado em Mateus 24: 9-15.
Quando  tentamos nos ater à verdade,  a verdade bíblica, não admitindo desvios, somos tachados de radicais, de fundamentalistas, de legalistas, a ponto mesmo de termos que nos desadunar(1), e nos limitarmos a uns quantos outros que vivem e buscam a liberdade que a simplicidade  da verdade de Cristo nos dá.
Daí podermos entender o significado da  Bíblia quando diz que: muitos serão chamados, mas poucos os escolhidos, pois quando vier a colheita, não a colheita dessa semeadura de prosperidade e de benesses, mas a verdadeira colheita comandada por Deus e realizada por seus anjos, ai quando  então houver a separação entre o trigo e o joio, veremos que o monte do Joio destinado ao fogo será, com tristeza o digo, será muito maior do que o monte do trigo. Mateus 13: 24-30, mas antes de mais qualquer outra coisa seja feita a vontade de Deus hoje e sempre.
Um barão aborrecido com tudo isso.
V.D.M.I.Ae.

(1)  Descongregar