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quinta-feira, 31 de janeiro de 2013

Moda evangélica...


Republicação atualizada.
Em publicação anterior mencionei loja de moda evangélica, existe moda ateia? Moda católica romana, moda espírita? (moda de candomblé já está estabelecida).
Como professor de arte, participei em um passado recente da criação do currículo para um curso de moda, quando além de contemplar a área técnica: desenho, desenho anatômico, desenho de observação e técnicas de criação etc, me vi obrigado a adquirir conhecimentos um pouco mais extensos sobre o assunto moda.
Dessa forma descobri que a moda tem como fator de sua criação básica, as estações do ano, dividindo-se assim em moda primavera, verão, outono e inverno, e apresenta também outras divisões básicas: moda infantil, moda jovem, e o óbvio, masculina e feminina. (será que já estão pensando na terceira via?).
Agora, temos espocando por aí moda evangélica.
Ia me esquecendo, moda de praia, country, noivas... No passado a moda se apresentava como conservadora e moda ousada, então qual a razão do estranhamento?
Está ai um filão de mercado que nunca me ocorreu, nem mesmo aos colegas de curso que cuidavam do marketing de moda...
Diante do que está colocado, vou fazer um exercício de loucura e dar umas ideiazinhas ah ah ah ah, para os exploradores desse nicho de mercado pouco explorado, afinal parece que estamos chegando aos 30 milhões.... e com essa onda da prosperidade, veja a dinheirama disponível no mercado...até em razão da necessidade premente de “os prósperos ungidos terem a obrigação de doutrinariamente se diferenciarem dos pobres sem fé na semeadura.
As idiotices, digo ideias que passo a expor estão livres para a utilização de quem as quiser sem necessidade de recolher royalties.
Vamos colaborar para criar um cânon de uma apresentação de moda evangélica, dentro de um padrão mais bem elaborado, assim, o que se segue é uma mera sugestão:
-Criação de novas divisões da moda evangélica aproveitando os títulos que tem se multiplicado na identificação do líder, ai vai:
-Moda Profética: estilo que se antecipará na criação de modelos com visões futurísticas do evangelho da prosperidade, explorando novos materiais tecnológicos incorporados às vestimentas.
-Moda Apostólica: um estilo mais refinado, conservador e discreto e austero com o uso de cores e materiais tradicionais, com inspirações de design de roupas usadas nos tempos de Jesus em Jerusalém.
-Moda de Pais: uma retomada dos velhos ternos e saias e casacos, com uma repaginada mais atual e com utilização de cores mais celestiais e uma modelagem mais contemporânea.
-Moda Patriarca: Estilo que usará e abusará de um reestudo de batas, túnicas e mantas, em cores fortes e marcantes, bem no caráter de um líder que atinge e é ungido nesse mais alto estado espiritual da hierarquia denominacional, incorporando na modelagem influencias dos seus lídimos representantes bíblicos.
-Moda Pastoral: Um estilo com a mesma tendência da moda patriarcal, em uma apresentação mais simples, com uso de tecidos menos trabalhado e  túnicas e batas menos elaboradas.  Com um desenho e modelagem mais despojada, destinados ao uso do dia a dia.
Moda Episcopal- Com um corte mais escorreito e uma confecção mais elaborada, atendendo ao grau espiritual do que almeja tão alta distinção no seio da igreja, contemplando a esposa do Bispo, a Episcopisa, com indumentária mais elaborada na modelagem e nos tecidos que deverão usar e abusar de aplicações de cores violeta.
Moda cardinalícia; Os evangélicos ainda não cogitaram nesse posto na hierarquia, mas fica aqui a sugestão do cargo bem como da roupa que será igualmente muito bem elaborada com um design digno dessa unção com o uso dos detalhes em cor vermelha como bem consagrou o clero d’outra denominação igualmente cristã que no século XVI ensejou o aparecimento da reforma.
Cá pra nós isso será uma grande sacada de marketing, podemos pensar também em criar novos estilos ligados ao tema evangélico, como Moda Visionária de Grupo, Uniformes de Grupo de Dúzias, com estilos diferenciados para identificar não só a célula, como a posição do usuário dentro do grupo: tipo, Líder, futuro líder, neófito, encontro tremendo etc.
Tomo a liberdade também de expor abaixo um roteiro de como anunciar um desfile de tais modas:

“Irmãos e irmãs, vamos dar inicio ao ungido e consagrado desfile de moda evangélica esta noite com uma aleluia tríplice”...
Após a manifestação da plateia, apresentar o desfile:
Na santa passarela nossa irmã (citar o nome), que desfila uma bata com cores celestiais, apresentando um corte inspirado com um caimento de óleo de unção que escorre do ombro aos quadris o que ajuda a disfarçar os meneios mais sensuais, livrando os que apreciam a sua figura de cometer o pecado de adultério ou luxuria,contribuindo para que possamos ter um desfile mais santificado nesta noite.
Quando a roupa a desfilar for da moda apostólica:
“O irmão modelo consagrado em nosso meio (citar o nome) desfila uma túnica com um corte sóbrio evocando os anos 150 AC.”. Com influencias das roupas usadas pelos Israelitas quando da ocupação da terra prometida, este modelo foi também influenciado pelas recomendações bíblicas em seus detalhes, das roupas dos levitas a serviço do templo em Jerusalém.
As pedras semipreciosas dos ombros são uma forma indicativa do grau ocupado pelo apóstolo no Grupo de dúzia ao qual pertence, conforme a revelação em sonhos que o estilista teve antes da criação. O elemento que o modelo leva à cabeça obedece a uma releitura do consagrado quipá com elementos históricos dos turbantes; as asas estilizadas em ambos os lados, remetem a uma livre interpretação do trecho de Êxodo 25:20, sendo essa a razão da cor ouro velho, tornando esse traje condizente com a condição e dignidade do título de seu usuário.
“A irmã (citar o nome) veste um vestido em linha reta, discretamente justo que traz ao nível da gola em pêlo sintético na cor fulva que é uma releitura da Juba de leão como uma evocação da unção do leão e ou ao Leão de Judá. A modelo ainda porta uma luva de cano longo, apresentado nos dedos, delicados arremates de prata em forma de garras, o que tornará mais marcante os movimentos, quando a portadora quiser insinuar o mover do leão.”
Aqui vai uma advertência a essa turma do mercado evangélico, moda não é só fazer, tem que obrigatoriamente, estudar tendências, história, conhecimento dos tecidos, cores e uns cem números de outros detalhes...
Caso desejem sinceramente maiores informações e ou orientações dirijam-se ao autor destas sandices.

Isso tudo ai acima, seria bastante hilário, não fora profundamente trágico.

A lei de mercado invadiu o mundo Eva angélico; no passado os sevandijas vendiam indulgências, para quem não sabe, documentos que livravam o portador, que pagava caro para tê-los, dos julgamentos futuros do dia do juízo, dos pecados cometidos, e dos que desejasse cometer em futuro próximo; vendiam relíquias, tais como: ossos dos pés, mãos, dentes dos santos de plantão; a coisa era tão promissora que se alguém reunisse os ossos de um determinado santo, poderia recompor de dois a cinco esqueletos do dito santo.
A reforma pelo menos na sua época, e por um tempo, acabou com isso, restabelecendo a verdade do evangelho de Senhor Jesus Cristo, Salvação mediante a fé.
Hoje vendemos CDs, que apregoam, basta comprar para ser abençoado e louvar a Deus, só falta dizer: “não precisa nem ouvir”, roupa evangélica... camisetas, bonés, chaveiros, meias, toalhinhas  (anda não vi papel higiênico com frases evangélicas, acho que não ousariam tanto)e toda uma parafernália de quinquilharias de toda espécie.
Bíblias infantis, para os meninos, para as meninas, Bíblias Teen, para eles e/ou para elas. Bíblias da prosperidade, da batalha, etc. e tal.
Bíblias da mulher que ora, para a mulher que pensa, para os homens de negócios, para a saúde, para o crescimento financeiro, etc. etc.

Mas de Jesus, parece que ninguém mais fala...

Triste, muito triste mesmo; até mesmo esse texto ai acima, não fora o caos vigente, não teria sido concebido.

Deus em seu infinito amor tenha misericórdia de todos nós, apesar de nós mesmos.

A única coisa séria e imutável de tudo isso é que:

V.D.M.I.Ae.

Culpado? "Esse cara sou eu."



Muito compungido e coração apertado que vou escrever tendo por fundo o ocorrido em Santa Maria, hoje, passados quatro dias, estamos vivendo, passeatas, demonstrações diante disso ou daquilo, faixas pedindo justiça a todos.
Podemos entender tudo isso, pois a dor de perder um filho é um buraco negro em nossa vida, que suga todas as forças, sonhos e o próprio futuro de um pai ou uma mãe nessa situação.(só quem viveu, sabe.).
Todos estão empenhados na caça às bruxas, queremos analisar e saber quem foi o “responsável” por tal número de mortos. E óbvio que objetivamente eles existem, mas existe em tudo isso um tempo anterior a tudo isso.
A respeito do assunto ouvi um apresentador de programa na madrugada, dia desses dizer: “Não frequento mais esses locais, mas quando o fazia como apresentador de espetáculo, vi muitas mazelas e na época não as denunciei, sinto-me, portanto um pouco responsável por essa tragédia, na verdade, todos nós somos culpados”.
Agora todos nós estamos a considerar a necessidade de alvarás, licenças, e fiscalizações, mas quando frequentamos locais assemelhados, não nos damos ao trabalho de sequer com uma simples atenção ao ambiente notar que ele está superlotado, não olhamos logo ali na entrada e ou na bilheteria ao quadro onde consta ou devia constar exposto ao publico o quadro com os alvarás autorizantes.
Entramos nesses ambientes e não nos inteiramos da existência dos necessários, e previstos legalmente, extintores de incêndio e saídas de emergências.
Ouvi comentários de que os artistas que se apresentam em espetáculos nesses locais, deveriam quando da assinatura de seus contratos, exigir a apresentações dos alvarás e das licenças necessárias por exigência legal, ao que uma cantora disse com todas as letras; “Se fizermos essas exigências não iremos nos apresentar em lugar algum, pois a grande maioria está estabelecida de forma irregular por uma ou outra razão”.
Essa atitude faz parte do grande esquema geral da geleia nacional, do jeitinho brasileiro, do caixa dois, do dinheiro não contabilizado, do molha a mão, da corrupção, do maior lucro propiciado pelo uso de material inadequado ou de segunda categoria; veja o, já quase esquecido, caso Naya (http://veja.abril.com.br/110398/p_024.html), e muitos outros por este Brasil afora que por “razões sociopolíticas e ou financeiras” não são dadas a conhecer a grande massa da população desta terra brasilis, até mesmo por estar mais ligado no que disse esta ou aquela celebridade com a maior superfície de pele exposta, e ou gastando seu tempo muito importante em acompanhar uma das formas mais refinadas da bisbilhotice, e fofoca sem compromisso que chamam de novela.
Logo após essas tragédias anunciadas de antemão, mais uma vez, veremos nossos representantes legislativos, se reunindo às pressas, apresentando condolências às famílias enlutadas e ou atingidas por catástrofes naturais com a do Rio de Janeiro em 2011, quando novecentas pessoas morreram (não eram classe média), e apresentarem medidas enérgicas para debelar e ou conter tais ocorrências, com criação de novas leis, visando proibir e ou coibir isto e ou aquilo, punir de forma mais rigorosa os culpados como o fizeram com os responsáveis pelo afundamento do superlotado Bateaux Mouche, o foram, sic est, http://g1.globo.com/Noticias/Rio/0,,MUL937563-5606,00-VINTE+ANOS+APOS+ACIDENTE+DO+BATEAU+MOUCHE+NINGUEM+ESTA+PRESO.html; como fizeram quando do aumento de assassinatos a tiro; banindo ou tentando banir o uso de armas complicando a venda das mesmas em lojas regularizadas.
A esse respeito uma minha neta de pouco mais de oito anos comentou:
“Vô será que os deputados não sabem que bandido não compra arma em loja?”
Vamos assumir todos nós desde o Governo Federal, Estadual, Municipais, todas as câmaras de representantes do povo em todos os níveis, e todas as demais instituições da sociedade civil dita organizada, onde se incluem todas as igrejas de todos e quaisquer matizes, nós o pais, enlutados ou não, todos nós jovens e ou velhos; que somos os verdadeiros culpados; quer aceitemos ou não isso. Podem parecer palavras duras, essas ai em cima, mas não deixemos de observar que a verdade é ácida e ás vezes agride, razão pela qual nos a jogamos, com muita frequência, para baixo do tapete.
A sociedade na sua totalidade é a soma de cada individuo, e não esqueçamos que nenhuma corrente pode ser mais forte do que seu elo mais fraco.
Deus possa ter misericórdia de todos nós, apesar de nós mesmos.

A única verdade incontestável é que:
V.D.M. I. Ae.