li.ber.da.de
s.
f. 1. Estado de pessoa livre e isenta de restrição externa ou
coação física ou moral. 2. Condição do ser que não vive
em cativeiro. 3. Condição de pessoa não sujeita a
escravidão ou servidão. 4. Independência, autonomia. 5.
Ousadia. 6. Permissão. 7. Imunidade. S. f. pl. 1. Regalias,
franquias, imunidades, privilégios concedidos aos cidadãos pela
constituição do país ou de que goza um país, uma divisão dele,
uma instituição etc. 2. Familiaridade importuna; atrevimento,
confiança: Tomar liberdades com alguém.
Desde
já há algum tempo tenho ocupado minha mente em tentar entender o
quê na verdade é essa tal de liberdade, tão almejada e tão
buscada por todos.
Interessante
é que ao longo de todas as órbitas percorridas, já são setenta e
cinco e quatro meses, nossa visão de liberdade se apresenta
multifacetada em decorrência de nossa idade..
Outra
constatação é que essa ideia, sensação, ou aparência de
liberdade sofre restrições maiores e ou menores, sobretudo no seio
da família, coisa que nem sempre naquele dado momento entendemos ou
aceitamos.
A
idade mais avançada, quando o cérebro e a memória pode nos
acudir, conseguimos enxergar a liberdade como algo bem palpável e
diria eu com uma certa arrogância, imprescindível para a consecução
da vida, não somente a nossa mas a de todos e tudo o que nos cerca e
tem em si esse dom fabuloso a que chamamos vida.
Como
na colocação logo ali em cima, uma definição obtida de um
dicionário no caso o Michaelis, podemos verificar a sua complexidade
para a compreensão do que venha a ser verdadeiramente a liberdade.
Neste
muito pensar fui levado a comparar o conceito liberdade ao ar que nos
cerca, não o vemos, mas vez por outra sentimos o seu frescor em
nossa pele atordoada pelo calor intenso.
Sabemos
da sua importância fundamental para o ser humano animais, vida
vegetal, para os mares e seus habitantes, sabemos o quão importante
é mantê-lo livre de inquinamentos, para a manutenção da vida
A
liberdade não existe quando estamos sujeitos a qualquer sorte de
submissão domínio, imposições; quando conversei sobre este
aspecto da liberdade com uma de minhas netas obtive como
contraposição a pergunta:
-Então
qual a razão de tantas regras?
Não
respondi de pronto mas pedi que ela mesmo me desse algumas
implicações que ela mesma achava do porque disso.
Socorreu-lhe
a memória com a lembrança de algumas aulas de filosofia e com a
compreensão de que necessariamente as regras nem sempre são
restritivas de liberdade.
A
liberdade pressupõe normalidade, eliminação de óbices para a
consecução da vida, necessidades que garantam a própria existência
dessa mesma liberdade.
A
total ausência de normas para a vida, implicará fatalmente em caos,
anarquia, desvios, elementos esses que contrariam a definição e a
compreensão de liberdade.
Pode
existir liberdade com normas?
Não
seria isso um contrassenso?
Por
óbvio que não; tudo o que existe de visível em nosso mundo todo,
está sujeito a uma lei uma norma regulatória, a um planejamento ou
se quisermos, no mundo natural a uma lei previamente estabelecida.
Essa
lei que a ciência em seus estudos tenta desvendar e ou entender.
Na
convivência humana ou de grupos humanos havemos de ter essas regras
escritas ou não, para que a vida possa se desenvolver de maneira
harmônica.
Quando
nos reunimos em grandes grupos damos o nome a essas regras
civilizatórias guardiãs da liberdade interpessoais do grupo,
constituição, assim poderão aparecer regras
restritivas de comportamento individuais em favor do grupo.
;
Essas regras assim constituídas devem apenas preservar algumas
situações que balizem o caminho a ser seguido, limitando os
desmandos evidentes e a própria preservação da liberdade.
Me ocorre neste momento a memória as modificações que foram
introduzidas sub-repticiamente nas praticas da igreja a que
frequentava.
Os
leigos se ocupavam de atividades na igreja, que como era administrada
de forma conciliar, os elegiam a cada ano para o exercício da
atividade, assim tínhamos : O guia leigo, os ecônomos, o
superintendente da ED. os professores das varia classes de alunos,
houve um tempo que alguém em um concílio introduziu a ideia de
“Dons e ministérios”, parece coisa pouca, mas subverteu o
sentido até então vigente de estar “prestando um serviço a
comunidade de fé, para o sentido de estar a serviço no exercício
de uma atividade para qual fora eleito por Deus e o orgulho de estar
exercendo um ministério.
Bobagens!
Mas foi o fulcro da criação de feudos pessoais e ou familiares, e
com isso introdução de doutrinas espúrias do pentecostalismo, que
estava grassando com coisas e atitudes totalmente antibíblicas, como
consequência, quando o grupo ou pessoa vinha na ED, ou mesmo em
reuniões de culto com esses tais novidadismos, sendo admoestados
para nos conservarmos atados aos ditames bíblicos, logo ouvíamos;
-Irmão
eu estou ouvindo a Deus em “MEU ministério e exercendo como Deus
me indicou”
Na
ED muitas vezes ouvíamos: “Deus hoje pela manhã me deu uma
mensagem para trazer a esta igreja e eu vou falar” e la vinha um
monte de heresias doutrinárias. Quando admoestados, mais uma vez
vinha a fala, estou exercendo o “MEU ministério”.
Dai
às praticas mais exóticas tais como: Cair no espirito, com direito
a alguns hematomas e ou coisas um pouco mais pesadas, gritos
histéricos, glossolalia, profetadas, convites para o púlpito e
pregadores de doutrinas contraria a bíblia.
Nos
últimos tempos Gedozismos, Encontros Tremendos com Deus” Sermões
exaltando lideres do passado como forma de estabelecer ligações
atuais de obediência aos homens de Deus, etc.
Essas
atitudes, pouco tempo depois fez com que um Concilio de Bispos desse
uma carta a igreja alertando e indicando o cuidado a ser observado
com a introdução em nosso meio do sistema G12. E pasmem depois de
dois anos um bispo que, assinara o dito alerta com o G12, lidera a
transformação da igrejas em igrejas Celulares, tive a oportunidade
de perguntar a um seu representante que me orientasse:
-Quando
foi que o Espirito Santos havia orientado o referido Bispo, quando
assinara o documento alertando que o sistema G12 era uma redonda
heresia, ou agora que transformava a igreja em Igreja Celular no
sistema G12”.
Como
resposta obtive a seguinte pérola:
-Irmão,
o senhor não precisa de Pastor e nem de bispo, já que se acha com
sabedoria superior a eles, e saiba que como tudo o
evangelho se moderniza e se adapta as novas circunstâncias.
Só
me restou dizer-lhe que sim eu seguiria sua orientação, não
precisaria mais de pastor e nem de bispo que se esquecem que
Deus é o mesmo ontem, hoje e sempre e que “Verbum Domine Manet In
Aeternum.
Liberdade
é como o ar que respiramos, que quando não é puro, é por única e
exclusiva por nossa culpa.