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quarta-feira, 25 de março de 2015

Liberdade...




li.ber.da.de
s. f. 1. Estado de pessoa livre e isenta de restrição externa ou coação física ou moral. 2. Condição do ser que não vive em cativeiro. 3. Condição de pessoa não sujeita a escravidão ou servidão. 4. Independência, autonomia. 5. Ousadia. 6. Permissão. 7. Imunidade. S. f. pl. 1. Regalias, franquias, imunidades, privilégios concedidos aos cidadãos pela constituição do país ou de que goza um país, uma divisão dele, uma instituição etc. 2. Familiaridade importuna; atrevimento, confiança: Tomar liberdades com alguém.

Desde já há algum tempo tenho ocupado minha mente em tentar entender o quê na verdade é essa tal de liberdade, tão almejada e tão buscada por todos.

Interessante é que ao longo de todas as órbitas percorridas, já são setenta e cinco e quatro meses, nossa visão de liberdade se apresenta multifacetada em decorrência de nossa idade..

Outra constatação é que essa ideia, sensação, ou aparência de liberdade sofre restrições maiores e ou menores, sobretudo no seio da família, coisa que nem sempre naquele dado momento entendemos ou aceitamos.

A idade mais avançada, quando o cérebro e a memória pode nos acudir, conseguimos enxergar a liberdade como algo bem palpável e diria eu com uma certa arrogância, imprescindível para a consecução da vida, não somente a nossa mas a de todos e tudo o que nos cerca e tem em si esse dom fabuloso a que chamamos vida.

Como na colocação logo ali em cima, uma definição obtida de um dicionário no caso o Michaelis, podemos verificar a sua complexidade para a compreensão do que venha a ser verdadeiramente a liberdade.

Neste muito pensar fui levado a comparar o conceito liberdade ao ar que nos cerca, não o vemos, mas vez por outra sentimos o seu frescor em nossa pele atordoada pelo calor intenso.

Sabemos da sua importância fundamental para o ser humano animais, vida vegetal, para os mares e seus habitantes, sabemos o quão importante é mantê-lo livre de inquinamentos, para a manutenção da vida

A liberdade não existe quando estamos sujeitos a qualquer sorte de submissão domínio, imposições; quando conversei sobre este aspecto da liberdade com uma de minhas netas obtive como contraposição a pergunta:
-Então qual a razão de tantas regras?

Não respondi de pronto mas pedi que ela mesmo me desse algumas implicações que ela mesma achava do porque disso.
Socorreu-lhe a memória com a lembrança de algumas aulas de filosofia e com a compreensão de que necessariamente as regras nem sempre são restritivas de liberdade.

A liberdade pressupõe normalidade, eliminação de óbices para a consecução da vida, necessidades que garantam a própria existência dessa mesma liberdade.

A total ausência de normas para a vida, implicará fatalmente em caos, anarquia, desvios, elementos esses que contrariam a definição e a compreensão de liberdade.
Pode existir liberdade com normas?
Não seria isso um contrassenso?


Por óbvio que não; tudo o que existe de visível em nosso mundo todo, está sujeito a uma lei uma norma regulatória, a um planejamento ou se quisermos, no mundo natural a uma lei previamente estabelecida.

Essa lei que a ciência em seus estudos tenta desvendar e ou entender.

Na convivência humana ou de grupos humanos havemos de ter essas regras escritas ou não, para que a vida possa se desenvolver de maneira harmônica.

Quando nos reunimos em grandes grupos damos o nome a essas regras civilizatórias guardiãs da liberdade interpessoais do grupo, constituição, assim poderão aparecer regras restritivas de comportamento individuais em favor do grupo.
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Essas regras assim constituídas devem apenas preservar algumas situações que balizem o caminho a ser seguido, limitando os desmandos evidentes e a própria preservação da liberdade.

Me ocorre neste momento a memória as modificações que foram introduzidas sub-repticiamente nas praticas da igreja a que frequentava.
Os leigos se ocupavam de atividades na igreja, que como era administrada de forma conciliar, os elegiam a cada ano para o exercício da atividade, assim tínhamos : O guia leigo, os ecônomos, o superintendente da ED. os professores das varia classes de alunos, houve um tempo que alguém em um concílio introduziu a ideia de “Dons e ministérios”, parece coisa pouca, mas subverteu o sentido até então vigente de estar “prestando um serviço a comunidade de fé, para o sentido de estar a serviço no exercício de uma atividade para qual fora eleito por Deus e o orgulho de estar exercendo um ministério.

Bobagens! Mas foi o fulcro da criação de feudos pessoais e ou familiares, e com isso introdução de doutrinas espúrias do pentecostalismo, que estava grassando com coisas e atitudes totalmente antibíblicas, como consequência, quando o grupo ou pessoa vinha na ED, ou mesmo em reuniões de culto com esses tais novidadismos, sendo admoestados para nos conservarmos atados aos ditames bíblicos, logo ouvíamos;
-Irmão eu estou ouvindo a Deus em “MEU ministério e exercendo como Deus me indicou”
Na ED muitas vezes ouvíamos: “Deus hoje pela manhã me deu uma mensagem para trazer a esta igreja e eu vou falar” e la vinha um monte de heresias doutrinárias. Quando admoestados, mais uma vez vinha a fala, estou exercendo o “MEU ministério”.
Dai às praticas mais exóticas tais como: Cair no espirito, com direito a alguns hematomas e ou coisas um pouco mais pesadas, gritos histéricos, glossolalia, profetadas, convites para o púlpito e pregadores de doutrinas contraria a bíblia.

Nos últimos tempos Gedozismos, Encontros Tremendos com Deus” Sermões exaltando lideres do passado como forma de estabelecer ligações atuais de obediência aos homens de Deus, etc.

Essas atitudes, pouco tempo depois fez com que um Concilio de Bispos desse uma carta a igreja alertando e indicando o cuidado a ser observado com a introdução em nosso meio do sistema G12. E pasmem depois de dois anos um bispo que, assinara o dito alerta com o G12, lidera a transformação da igrejas em igrejas Celulares, tive a oportunidade de perguntar a um seu representante que me orientasse:
-Quando foi que o Espirito Santos havia orientado o referido Bispo, quando assinara o documento alertando que o sistema G12 era uma redonda heresia, ou agora que transformava a igreja em Igreja Celular no sistema G12”.
Como resposta obtive a seguinte pérola:
-Irmão, o senhor não precisa de Pastor e nem de bispo, já que se acha com sabedoria superior a eles, e saiba que como tudo o evangelho se moderniza e se adapta as novas circunstâncias.

Só me restou dizer-lhe que sim eu seguiria sua orientação, não precisaria mais de pastor e nem de bispo que se esquecem que Deus é o mesmo ontem, hoje e sempre e que “Verbum Domine Manet In Aeternum.
Liberdade é como o ar que respiramos, que quando não é puro, é por única e exclusiva por nossa culpa.