Venho recebendo observações no tocante ao blog do
Barão cujo lema é “A busca da verdade no caos religioso deste século”.
-Professor parece que o senhor
abandonou o assunto religioso e esta se voltando para o dia a dia. E outras
coisas do tipo.
Já deixei consignado em uma das
muitas publicações que: não sou teólogo, não sou pastor de formação, sou apenas
alguém que tentou se manifestar como cristão em uma das pluralidades de
manifestações possíveis que eu encontrei em uma denominação a melhor maneira
desse exercício do evangelho, mas, o famoso, mas de todas as historias, esse
agrupamento antes forte nas suas buscas do espargimento do evangelho, aos
poucos foi se fechando em doutrinas estranhas ao contexto bíblico, dando ênfase
às manifestações esdrúxulas do que chamavam manifestações do espírito,
iniciando então uma corrida ladeira a baixo que culminou nos últimos tempos em
uma adesão vergonhosa à deslavada mentira e, portanto heresia dos G12 ou como
queiram chamar essa farsa dita evangélica sic.
Bom, a busca da verdade no
tocante à religião nos podemos achá-la buscando-a na Bíblia e não nas doutrinas
particulares e doentias de alguns que se autodenominam pastores, bispos, apóstolos,
patriarcas só faltando Arcanjos, serafins, semideuses; já existe até mesmo um
que se denomina Iesus Nazareno Rex Iudeorum Christos, afora outro que se diz “Zé Capeta” que se veste
a caráter de preto e vermelho e possui sete mulheres e aceita adesões.
A verdade que devemos procurar
está na vida, no dia a dia, na nossa sociedade que por sua origem adâmica é
pecadora, e que através do Re-ligare a
Deus busca um caminho de aperfeiçoamento, hoje isso é possível sem os antigos
rituais previstos pelos então sacerdotes
judaicos do tempo de Jesus que simplificou a totalidade da lei pesada e de difícil
obediência, em dois itens que embora simples carregam em si um peso que precisamos
vencer para esse aperfeiçoamento continuo. “Amar ao seu próximo como a ti mesmo”.
A verdade que tento buscar é
aquela que vemos no espelho logo ao acordar, é aquela que nos move a desejar “Bom
dia” ou “A paz do Senhor”; recordo-me
que quando para cá me mudei havia um
senhor idoso, o Senhor Vavá, que pela manhã passando pela minha residência,
parava e me dirigia um “Bom dia Professor” que em meus ouvidos soavam como uma
benção que envolvia meu corpo inteiro uma verdadeira unção. Não era só comigo
que agia assim o Senhor Vavá, pescador por
profissão, aposentado.
Conversando com outros vim, a
saber, que a sensação que me ocorria quando da sua saudação, era o mesmo que
outros sentiam.
A verdade esta em nossos serviços
profissionais nos dedicamos a ele com denodo e com sentido de fazê-lo o mais
correto e perfeito possível, estamos no nosso dia a dia na busca de nosso
aperfeiçoamento para melhor servir a comunidade?
A verdade está no cumprimento de
nossos deveres humanos básicos no que toca aos nossos familiares, amigos,
vizinhos, e ou às pessoas com que convivemos na condução, nas ruas, enfim esses
são aqueles que o Senhor Jesus os classificou como próximos a quem devemos amar
como a nós mesmo.
A verdade (o trigo) podemos
encontrar nas manifestações sinceras das ruas, de um povo que esta cansado dos
seus falsos lideres, a começar por pastores que são mais administradores do negocio
chamado igreja, de seus representantes mais próximo os vereadores, que quando
se aboletam nas cadeiras da câmara se esquecem até mesmo de suas origens
humildes ali da periferia de sua cidade, o que não falar de seus representantes
mais distantes na capital do estado ou do país que agem como a nobreza francesa
o fazia antes da famosa Revolução.
Esta verdade cantada e marchada
nas ruas infelizmente tem, como por outro lado a sociedade como um todo a tem,
o Joio, de misturada, cuja única e possível manifestação é a da destruição do patrimônio
alheio, se amealhado justamente ou injustamente deve ser objeto da justiça, que
no Brasil é cega, surda, muda e tarda em
movimento para fazer valer a defesa das vitimas ou dos direitos dos pobres, mas
célere na defesa dos possuidores de dinheiro para constituir advogados de
nomeada, muitas vezes de moral pouco libada.
Busca é a da verdade que nos
permite conciliar o sono tão logo deponhamos a cabeça em nosso travesseiro, a
verdade que nos permite olhar nos olhos do nosso interlocutor, a verdade que
nos dá a força de falar aquilo que todos sabem e se calam,
Eu não me espanto com ver muitos
jovens gritando ordeiramente por justiça, por moralidade, contra as mazelas
diuturnas de nossos políticos, que no passado (minha juventude) procuravam
esconder com uma oratória rebuscada que em nossos dias ainda tem um lídimo
representante, o Senhor Paulo Maluf, procurado pela Interpol com mandato de
prisão, ainda vem a público vociferar contra ladrões... hoje os políticos são
desavergonhados, reduzem o recebimento do seus décimo quarto e décimo quinto salários,
mas ato continuo aprovam e aumentam as verbas de seus gabinetes o que lhes
propiciam rendimentos maiores dos que abdicaram pouco tempo antes.
A verdade que eu busco é a mesma
do filosofo que andava com uma lanterna em busca de um homem que vivesse em sua
integridade natural, eu estou tentando achar a verdade de um homem (aos
politicamente corretos, nesse substantivo incluem se as mulheres), que viva o
seu Cristianismo como tal na sua maior inteireza possível.
Diante desse arrazoado acima não
me sinto traindo o lema do Blog que criei sob incentivo de minhas netas que
julgaram teria eu muito a falar e que esse era um meio para o fazer; confesso
que já pensei em abandonar esse espaço, não sei por qual razão motivo ou
circunstancias estou sendo lido em rincões que nunca poderia alcançar, até
mesmo por saber que me restam muitas poucas órbitas terrestres a percorrer doravante,
o que me move a continuar.
Creio que estejam a me utilizar para demonstrar como não se deva escrever,
tamanhos são as violações que faço a esta última flor do Lácio, somente espero
que o cernes das ideias estejam claras, e eu somente eu perante Deus sou responsável
por elas
Até me move a continuar quando vejo agora
aflorar na boca do povo o clamor contra os gastos da Copa do mundo em 2014,
quando em 2012, humildemente e iradamente publiquei neste espaço um texto com o
título de" Não se faz uma copa construindo hospitais," e muitas outras mostrando
essa contradição.
Rejuvenesce-me o ouvir hoje a voz
das ruas clamando pelos mesmos objetivos que me moveu há um ano.
Portanto vocês tenham paciência para
com este velho cutruca, pois vou continuas a desfilar estas lamurias
meditativas que me acometem vez em quanto.
Deus tenha misericórdia de mim e
do nosso povo e nossa nação.
V.D.M.I.Ae.