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domingo, 11 de agosto de 2013

Lágrima pelos dias de hoje.


Bom dia minha gente, estou de volta diante desta máquina maluca, para alinhavar algumas palavras para este meu espaço, que ainda me causa admiração por existirem leitores destas sandices...
A razão para estar tanto tempo sem escrever aqui?
Bem, não é uma só causa, mas uma somatória, entre elas e a principal, é estar estupefato diante do que tenho vivido nestes últimos tempos.
Nós que já acumulamos alguns anos e  procuramos viver hoje, aqui e agora, não nos refugiando no passado, mas usando-o como um lastro, ou mesmo como uma estrada percorrida cujas paisagens permanecem vívidas no recôndito da memória; não temos como olhar nossos dias e  não nos assustarmos com os rumos que a vida humana está tomando.
Os valores que vivemos nestes dias são os financeiros, as commodities, as propriedades, a acumulação desses itens, que segundo alguns demonstrarão a todos as bênçãos de deus- (assim mesmo, caixa baixa)-  na sua vida, tão bem expressa na frase colocada nos para brisas de muitos automóveis: “Não sou dono do mundo, mas sou seu filho”.
Não estou a advogar  o culto á pobreza, mas não me esqueço dos ensinamentos que ouvi quando pequeno.
Que devemos saber viver na pobreza e ou na riqueza, ouvi de um rapaz, de família rica, que trabalhava como jornalista e destinava todo o seu salário profissional para entidades que cuidavam de crianças e pessoas desprovidas, dizia ele:
“O problema não ter ou não ter dinheiro, mas saber o que fazer com ele, se somos pessoas que temos bom dinheiro, o problema é querer viver como ricos, se somos ricos o problema é querer viver como milionários, caso sejamos milionários o problema se faz presente quando queremos viver como bilionários.”
Quando poucos dias atrás comentei uma postagem de um irmão em Cristo, que o Brasil estava acordando, escrevi meu temor de que esse despertar fosse acéfalo, logo sem rumo, sem destino e ou objetivo, fato que deveras aconteceu.
A coisa nasceu do sentimento reprimido, diante das mentiras oficiais de um governo, que tem o título, ocupa o espaço, mas não tem poder, pois lhes falece a força moral, pessoal e partidária originária do voto.
Voto esse que na verdade se respalda apenas em palavras vazias e ou manobras marqueteiras de enfeitamento de desejos escusos de mascarar desejos de Democratura, como se isso fosse igual ou melhor que democracia.
Pessoas que em nome de uma democracia, se insurgiram usando uma ideologia, hoje denominada de bolivariana, com o objetivo da implantação de um regime que está aí em alguns lugares deste mundo a demonstrar as falácias.
Regime político que  se reveste de um açúcar de liberdade, que após algum tempo funciona como os chicles, perdem logo o sabor e nos demonstra a borracha que tem por baixo.
Dando-nos a única opção de continuar a masca-los indefinidamente.
Tinha nos primeiros momentos das manifestações de rua que logo viriam os aproveitadores, que estão instalados nos postos que deveriam ser de governo do país a se aproveitar das falas das ruas, para transformá-las a seu favor, como “verdadeiros depositários das verdades, da felicidade e detentores do poder de salvação que só eles tem”.
Mas o que ele querem implantar no país só poderá ser feito por engodo, mentiras repetidas ao cansaço, manobras para calar os que se lhes opõem; fraudes e ou irregularidades que quando cometidas por ele, é natural: “pois todos fazem!”, mas quando atribuídas aos desafetos, se torna o maior crime inominável do mundo.
Não se cansam de buscar no passado justificativas para exaltar seus “feitos”, acusavam as instituições financeiras de serem os vilões que dilapidam o país, mas fecham os olhos aos desmandos que eles mesmos fazem acolitados por essas mesmas instituições que como o dinheiro, não tem cor ou ideologia, quando servem a seus senhores.
Falta-nos postura MORAL, falta-nos, por consequência força para reformarmos o que quer que seja, pois essa falta moral está presente em tudo àquilo que fizermos.
Nossa educação deveria parar de formar trabalhadores, pois é isso que hoje temos como pregação e impingimento goela abaixo, a título de orientar nossa juventude ao mais rápido e melhor e mais bem pago emprego.
Falta-nos uma formação mais humanista, mais voltada ao entender o ser humano, suas necessidades, não apenas materiais, mas de expressão dentro do agrupamento social, mas o que temos hoje?
Aquilo que antes era o gueto, o esgoto, procurado por quem  por deficiência de moralidade ou por interesses escusos, hoje esta arrebentando as portas de uma sociedade  cujos valores foram gradativamente demolidos  e hoje não tem sequer uma igreja, para mim último bastião da defesa dessa sociedade.
Para a minha ignorância, estamos em plena idade média da história, no passado por falta de conhecimento, leitura o que era aproveitado pelos nobres e religiosos para manter o povo em um regime de escravidão.
Hoje a idade média é exatamente o inverso; temos um sistema de informação aberta, temos acesso a tudo a qualquer momento, podemos tomar conhecimento desde como dopar uma família inteira;  construir armas e ou explosivos com materiais comuns, a grandes pensadores, a grandes teólogos do presente e do passado, a grandes sonhos filosóficos, a literatura de grande expressão, como as mais sórdidas taras humanas tal qual a coprofagia, filmada e exposta em toda a sua baixeza como se fora algo a ser reverenciada.
Estamos em plena idade média iluminada por uma luz negra, que a tudo ilumina, obliterando a razão, o respeito, a democracia, as relações familiares, a normalidade, o respeito a vida, o respeito as diferenças, de raça, palavra para mim vazia, pois somos todos da raça humana, com variações, sem nenhuma significação maior, e um dos maiores desrespeitos a seu semelhante.
Minorias que lutam e tentam impor seus pensamentos à sociedade como um todo, sequer considerando que cada ser humano tem o direito de fazer de si mesmo o que quiser.
O homem moderno iluminado por essa luz escura dos direitos, fora dos primados da razão, da sabedoria, do respeito, dos valores comezinhos que não estudávamos nas escolas no passado, mas vivíamos no dia a dia de uma comunidade de trabalhadores, que compravam um lote de terra e nos fins de semana, iam construindo aquilo que chamavam de lar, sem benesses governamentais de bolsas, doações e ou quotas.
Lares que eram levantados diuturnamente por mulheres que criavam e se orgulhavam de seus filhos, zelando diuturnamente por eles, valorizando seus professores, a escola e os estudos, e que depois de uma faina diária estafante, aproveitavam a claridade dos fins de tardes para ajudar seus esposos a colocar mais uma fieira de tijolos, ou cuidar das plantas na pequena horta de fundo de quintal, para melhorar suas refeições sem requintes culinários porém saudável. Família pobre, mas feliz na força do amor que os unia. Bem isso é coisa do passado, do tempo. Família que juntamente com as outras da localidade se ajudavam mutuamente, que pensavam (muitas vezes ouvi isso dos mais velhos) que só poderiam ser felizes se seu vizinhos igualmente o fossem, daí o  espírito de colaboração desinteressada.
A rua esta insatisfeita, a rua está pedindo novos rumos para a sociedade, mas está acéfala, esta desnorteada, esta preparada para ser trabalhador produtivo, esta alimentada por uma igreja evangélica alienadora, orgulhosa de seus feitos e conquistas, igualmente individualizadas e falsas em suas declarações, eis a razão para todos, todos mesmos estarem admirados de certo Bergoglio que se tornou Francisco, que com desassombro, deixou os poderosos e os ricos em seus nichos de certezas, e arrostou aos demônios da baderna e da violência, e se expos ao mundo da incivilidade e desrespeito, em carro aberto e colocou na nossa cara, um homem de Deus que a meu ver,deixando de lado as divergências teológicas e de doutrina, colocou diante de nossos olhos o Salmo 23, na sua inteireza de verdade:
“O SENHOR é meu pastor, ele não me faltará”... ainda que eu ANDE PELO VALE DA SOMBRA E DA MORTE, NÃO TEMEREI MAL ALGUM PORQUE TU ESTA COMIGO...
Nesse homem, dito Bispo de Roma podemos ver aquilo que disse eu na minha ignorância estar faltando hoje na sociedade FORÇA MORAL, integridade humana, amor ao simples e a outro ser humano, enquanto no arraial dito evangélico, os lideres sic est, arrotam arrogância, ufanismo, espertezas em explorar a fé dos símplices, conluio com os poderosos, namoro com  ideologias afastadas das verdades bíblicas,  e muitas coisas mais que melhor falariam especialistas no assunto, e não um mal preparado professor de arte.
Deus possa com seu Espírito Santo despertar outros Bergoglios que do alto de sua autoridade conferida por sua igreja, se dirige aos seus fieis e não se cansa de pedir: “Orem por mim”(1)
(    (1)    Tão diferente de certos pastorastros, apóstolos ditos evangélicos, que dizem ao povo simples: “Venham amanhã na igreja que eu vou fazer uma oração forte para deus abençoar suas vidas”
Saibam todos que a única coisa certa em tudo isto que vivemos é que:

V.D.M.I.Ae.