Bom dia minha gente, estou de
volta diante desta máquina maluca, para alinhavar algumas palavras para este
meu espaço, que ainda me causa admiração por existirem leitores destas
sandices...
A razão para estar tanto tempo
sem escrever aqui?
Bem, não é uma só causa, mas uma
somatória, entre elas e a principal, é estar estupefato diante do que tenho
vivido nestes últimos tempos.
Nós que já acumulamos alguns anos
e procuramos viver hoje, aqui e agora,
não nos refugiando no passado, mas usando-o como um lastro, ou mesmo como uma
estrada percorrida cujas paisagens permanecem vívidas no recôndito da memória;
não temos como olhar nossos dias e não nos
assustarmos com os rumos que a vida humana está tomando.
Os valores que vivemos nestes
dias são os financeiros, as commodities, as propriedades, a acumulação desses
itens, que segundo alguns demonstrarão a todos as bênçãos de deus- (assim mesmo,
caixa baixa)- na sua vida, tão bem
expressa na frase colocada nos para brisas de muitos automóveis: “Não sou dono
do mundo, mas sou seu filho”.
Não estou a advogar o culto á
pobreza, mas não me esqueço dos ensinamentos que ouvi quando pequeno.
Que devemos saber viver na
pobreza e ou na riqueza, ouvi de um rapaz, de família rica, que trabalhava como
jornalista e destinava todo o seu salário profissional para entidades que
cuidavam de crianças e pessoas desprovidas, dizia ele:
“O problema não ter ou não ter
dinheiro, mas saber o que fazer com ele, se somos pessoas que temos bom
dinheiro, o problema é querer viver como ricos, se somos ricos o problema é
querer viver como milionários, caso sejamos milionários o problema se faz
presente quando queremos viver como bilionários.”
Quando poucos dias atrás comentei
uma postagem de um irmão em Cristo, que o Brasil estava acordando, escrevi meu
temor de que esse despertar fosse acéfalo, logo sem rumo, sem destino e ou
objetivo, fato que deveras aconteceu.
A coisa nasceu do sentimento
reprimido, diante das mentiras oficiais de um governo, que tem o título, ocupa
o espaço, mas não tem poder, pois lhes falece a força moral, pessoal e
partidária originária do voto.
Voto esse que na verdade se
respalda apenas em palavras vazias e ou manobras marqueteiras de enfeitamento
de desejos escusos de mascarar desejos de Democratura, como se isso fosse igual
ou melhor que democracia.
Pessoas que em nome de uma
democracia, se insurgiram usando uma ideologia, hoje denominada de bolivariana,
com o objetivo da implantação de um regime que está aí em alguns lugares deste
mundo a demonstrar as falácias.
Regime político que se reveste de um açúcar de liberdade, que após
algum tempo funciona como os chicles, perdem logo o sabor e nos demonstra a
borracha que tem por baixo.
Dando-nos a única opção de
continuar a masca-los indefinidamente.
Tinha nos primeiros momentos das
manifestações de rua que logo viriam os aproveitadores, que estão instalados nos
postos que deveriam ser de governo do país a se aproveitar das falas das ruas,
para transformá-las a seu favor, como “verdadeiros depositários das verdades,
da felicidade e detentores do poder de salvação que só eles tem”.
Mas o que ele querem implantar no
país só poderá ser feito por engodo, mentiras repetidas ao cansaço, manobras para
calar os que se lhes opõem; fraudes e ou irregularidades que quando cometidas
por ele, é natural: “pois todos fazem!”, mas quando atribuídas aos desafetos,
se torna o maior crime inominável do mundo.
Não se cansam de buscar no
passado justificativas para exaltar seus “feitos”, acusavam as instituições
financeiras de serem os vilões que dilapidam o país, mas fecham os olhos aos
desmandos que eles mesmos fazem acolitados por essas mesmas instituições que
como o dinheiro, não tem cor ou ideologia, quando servem a seus senhores.
Falta-nos postura MORAL,
falta-nos, por consequência força para reformarmos o que quer que seja, pois
essa falta moral está presente em tudo àquilo que fizermos.
Nossa educação deveria parar de
formar trabalhadores, pois é isso que hoje temos como pregação e impingimento
goela abaixo, a título de orientar nossa juventude ao mais rápido e melhor e
mais bem pago emprego.
Falta-nos uma formação mais
humanista, mais voltada ao entender o ser humano, suas necessidades, não apenas
materiais, mas de expressão dentro do agrupamento social, mas o que temos hoje?
Aquilo que antes era o gueto, o
esgoto, procurado por quem por deficiência
de moralidade ou por interesses escusos, hoje esta arrebentando as portas de
uma sociedade cujos valores foram
gradativamente demolidos e hoje não tem
sequer uma igreja, para mim último bastião da defesa dessa sociedade.
Para a minha ignorância, estamos
em plena idade média da história, no passado por falta de conhecimento, leitura
o que era aproveitado pelos nobres e religiosos para manter o povo em um regime
de escravidão.
Hoje a idade média é exatamente o
inverso; temos um sistema de informação aberta, temos acesso a tudo a qualquer
momento, podemos tomar conhecimento desde como dopar uma família inteira; construir armas e ou explosivos com materiais
comuns, a grandes pensadores, a grandes teólogos do presente e do passado, a
grandes sonhos filosóficos, a literatura de grande expressão, como as mais
sórdidas taras humanas tal qual a coprofagia, filmada e exposta em toda a sua
baixeza como se fora algo a ser reverenciada.
Estamos em plena idade média
iluminada por uma luz negra, que a tudo ilumina, obliterando a razão, o
respeito, a democracia, as relações familiares, a normalidade, o respeito a
vida, o respeito as diferenças, de raça, palavra para mim vazia, pois somos
todos da raça humana, com variações, sem nenhuma significação maior, e um dos
maiores desrespeitos a seu semelhante.
Minorias que lutam e tentam impor
seus pensamentos à sociedade como um todo, sequer considerando que cada ser
humano tem o direito de fazer de si mesmo o que quiser.
O homem moderno iluminado por
essa luz escura dos direitos, fora dos primados da razão, da sabedoria, do
respeito, dos valores comezinhos que não estudávamos nas escolas no passado,
mas vivíamos no dia a dia de uma comunidade de trabalhadores, que compravam um
lote de terra e nos fins de semana, iam construindo aquilo que chamavam de lar,
sem benesses governamentais de bolsas, doações e ou quotas.
Lares que eram levantados
diuturnamente por mulheres que criavam e se orgulhavam de seus filhos, zelando
diuturnamente por eles, valorizando seus professores, a escola e os estudos, e
que depois de uma faina diária estafante, aproveitavam a claridade dos fins de
tardes para ajudar seus esposos a colocar mais uma fieira de tijolos, ou cuidar
das plantas na pequena horta de fundo de quintal, para melhorar suas refeições
sem requintes culinários porém saudável. Família pobre, mas feliz na força do
amor que os unia. Bem isso é coisa do passado, do tempo. Família que juntamente
com as outras da localidade se ajudavam mutuamente, que pensavam (muitas vezes
ouvi isso dos mais velhos) que só poderiam ser felizes se seu vizinhos
igualmente o fossem, daí o espírito de
colaboração desinteressada.
A rua esta insatisfeita, a rua
está pedindo novos rumos para a sociedade, mas está acéfala, esta desnorteada,
esta preparada para ser trabalhador produtivo, esta alimentada por uma igreja evangélica
alienadora, orgulhosa de seus feitos e conquistas, igualmente individualizadas
e falsas em suas declarações, eis a razão para todos, todos mesmos estarem
admirados de certo Bergoglio que se tornou Francisco, que com desassombro,
deixou os poderosos e os ricos em seus nichos de certezas, e arrostou aos demônios
da baderna e da violência, e se expos ao mundo da incivilidade e desrespeito, em
carro aberto e colocou na nossa cara, um homem de Deus que a meu ver,deixando
de lado as divergências teológicas e de doutrina, colocou diante de nossos
olhos o Salmo 23, na sua inteireza de verdade:
“O SENHOR é meu pastor, ele não
me faltará”... ainda que eu ANDE PELO VALE DA SOMBRA E DA MORTE, NÃO TEMEREI
MAL ALGUM PORQUE TU ESTA COMIGO...
Nesse homem, dito Bispo de Roma
podemos ver aquilo que disse eu na minha ignorância estar faltando hoje na
sociedade FORÇA MORAL, integridade humana, amor ao simples e a outro ser
humano, enquanto no arraial dito evangélico, os lideres sic est, arrotam arrogância,
ufanismo, espertezas em explorar a fé dos símplices, conluio com os poderosos,
namoro com ideologias afastadas das
verdades bíblicas, e muitas coisas mais
que melhor falariam especialistas no assunto, e não um mal preparado professor
de arte.
Deus possa com seu Espírito Santo
despertar outros Bergoglios que do alto de sua autoridade conferida por sua
igreja, se dirige aos seus fieis e não se cansa de pedir: “Orem por mim”(1)
( (1) Tão
diferente de certos pastorastros, apóstolos ditos evangélicos, que dizem ao
povo simples: “Venham amanhã na igreja que eu vou fazer uma oração forte para
deus abençoar suas vidas”
Saibam todos que
a única coisa certa em tudo isto que vivemos é que:
V.D.M.I.Ae.