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domingo, 7 de outubro de 2012

Engulhar ou não engulhar, eis a questão.


Me perdoem, vocês que costumam ler as sandices que vez por outra escrevo neste espaço, não digitei nada por aqui, pois estava passando mal do estomago, como diz meu amigo Tunico, estava tendo uns engulhos.(1).
Eu explico, criei um vício, (ninguém é perfeito), o de levar a neta na escola, oportunidade que aproveito para um bate papo livre leve e solto, que vez por outra origina um assunto que acaba tratado por aqui. E ao chegar de volta, ligo esta máquina doida, dou uma chegadinha ali na ilha de Giglio, na Itália para ver como esta a retirada do naufragado Costa Concórdia, depois vou aos blogs que tenho por vício ler todos os dias, depois disso dar uma percorrida básica pelos jornais on line deste mundão e ler as noticias; com a graça de Deus, os jornais de língua espanhola, os italianos e os ingleses não  estão escritos em grego para mim; pois só nestes jornais podemos ler noticias do Brasil em que as pílulas estejam douradas e ou omitidas.
O engulhar decorre de descobrir que um certo líder cephalopode apedeuta declara que não há que ter vergonha do julgamento do mensalão pelo STF, e que  em outra oportunidade disse que o povo esta mais interessado em saber se o Palmeiras vai para a segunda divisão  do que saber se o Supremo Tribunal vai punir os gangrenados da política nacional, (não poucos). Saber que o tal cephalopode  apedeuta líder, declarou com todas as letras, sentado em um jardim europeu que não via nada demais em um partido se utilizar de dinheiro advindo de empréstimos subrepticios  e de origem escusas  pois se tratava de caixa dois, que todos no Brasil assim fazem... (isto a propósito das primeiras denuncias do mensalão) e logo depois declarar que “não tinha conhecimento de nada”.
Os engulhos se me acentuaram quando um prócer dito neopenteca passou a vender fronhas ungidas e ou santificadas que iria fazer você sonhar coisas maravilhosas. Dizem algumas más línguas que conheço que um ermão mal convertido comprou uma dessas fronhas e ao usá-la, teve o seu casamento desfeito, pois todas as noites sonhava com  as mais ardentes e por consequência menos vestidas modelos internacionais.
Ver como anda a propaganda política nesta sofrida São Vicente, cuja ética por aqui é verdadeiramente uma “droga”.
O que mais me causa essas ânsias de vomito, é a celebre discussão de se a política deve se misturar com a igreja;
Demonstração cabal que ambas as duas estão fora de seu eixo.
Lembro-me aqui de um conhecido, amigo de meu irmão que, em razão de suas crenças, fazia tudo o que a moral e os bons costumes, não abonam, durante vários dias da semana, menos nas quartas feiras pois nesse dia deveria comparecer à reunião de sua comunidade...
Bom eu que sou um atoleimado contumaz  percebo nessas duas colocações uma dicotomia incabível, pois no caso do individuo separar a política da religião significa mui claramente para mim, que nele indivíduos essas “coisas” religião/política, são coisas estranhas e externas a sua natureza.
Não reza a sabia observação dos filosofo que o homem é um ser político?
Não reza  a teologia, de qualquer cor que tenha ela, que o homem é um ser criado por Deus?
Uai?!! Como diz  com muita frequência o Tunico, como pode, sendo o homem considerado um ser, ter duas naturezas em si?
Será que nós os Corintianos podemos ser crentes e políticos ao mesmo tempo.
Podemos levar as teses clubísticas para dentro de nossa igreja, ou temos que escolher ser crente ou palmeirense. Ou qualquer outro nome que se queira.
Como crente posso me casar com uma mulher lindíssima, ou isso fará com que eu incorra em concupiscência (na segunda acepção do dicionário Michaelis) toda vez que olhar para ela com olhar de desejo?
O engulho se torna mais agudo ao ver como nossos autores televisivos veem nossas mulheres, quando não burras e gostosas, como gostosas e burras ou como constou ter dito a seguinte frase o senhor cujo nome se segue: "Las leyes son como las mujeres, están para violarlas"-(2)-, el presidente de los españoles en el exterior, José Manuel Castelao Bragaño, (*)“ que ao menos teve a hombridade de se demitir do cargo  logo que a coisa vazou.
Será que ele mudou, depois do caso, de opinião?
Na minha santa sandice entendo, me corrijam os que acharem diverso.
Quando verdadeiramente aceitamos a Jesus como suficiente salvador, a  fé deve ser intrínseca, imanente do nosso ser humano, coisa que não esteja agregada, mas coisa que ao abraçar a fé em Jesus Cristo, ela faça parte do meu ser de maneira inquestionável, indivisível  total e final.
Assim aonde for e o que fizer é parte da minha totalidade como ser, como filho de Deus adotado na Cruz de Cristo.
Não há mais dicotomia eu sou uno com Cristo. Eu sou perfeito, santo refinado e acabado?
Não, mas estou assim absorvendo a cada dia que passa a certeza da Salvação, estou a cada dia que passa trilhando o “Caminho a verdade e a vida” forma pela qual se identificou Cristo ao dizer “Eu sou...”
Logo a minha ação no mundo não comporta dicotomia  Política/Fé; é evidentemente lapidar, que na reunião do partido político ao qual pertenço não irei cantar hinos de louvores a Deus, mas irei louvá-lo com minhas posturas de sal da terra, bem como no local de Culto de Louvores a Deus, não irei fazer discursos de ordem política, a menos que o Culto seja mais um Show do que culto a Deus.
Hoje  dia de eleição de nossos representantes municipais, tratei de vencer essa náusea que  provoca tudo isso que tenho visto e escrever estas linhas...
Que Deus possa ter misericórdia de todos nós, apesar de nós mesmos.
E saibam todos os que perderem seus tempos lendo estas linhas que;

V.D.M.I.Ae.

(1)Náuseas.
(2)"As leis e as mulheres estão aí para serem violadas"