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segunda-feira, 10 de janeiro de 2011

Aprender como?, se não nos ensinam; ou será que queremos aprender?



Não sei bem aonde, mas já devo ter citado que não é possível ensinar a quem não quer aprender.
Como professor sempre entendi esse axioma na tentativa de conduzir uma aula, procurava torná- la a mais atraente que me fosse permitido pelo sistema.
Quando estamos nos preparando na faculdade, para conseguir a autorização para sermos professores, pois na verdade é assim que o sistema funciona, recebemos as melhores informações disponíveis, trabalhamos com os melhores equipamentos, reunimo-nos em seminários, estudos dirigidos, assistimos palestras com os maiores especialistas, etc.,etc.
Quando formados, após o cumprimento do estágio, a feitura dos relatórios, caímos em uma escola de periferia, onde o equipamento mais avançado é o giz e o apagador de feltro, ou se conseguirmos estaremos em uma escola classe média ou classe A, aonde os alunos graças a alienação geral, vão a escola com o suprassumo dos equipamentos eletrônicos e não estão minimamente interessados em apreender o que quer que seja, salvo uns quatro ou cinco. A ponto de ter que ouvir de uma adolescente, quando chamada a atenção para o estudo, demonstrando que os com melhor formação têm maior sucesso:me perdoem a crueza das palavras mas foi exatamente isso que ouvi:
“-Professor o senhor está por fora; hoje para ter sucesso só é necessário ter peito e bunda....”
Os rapazes não pensam diferente, para eles os valores são astúcia, mentiras, chicanas, falsidades...
Parece duro o que estou escrevendo, mas são esses os valores disseminados em nossa sociedade, basta, ler os jornais.
“Filhos de ex-presidente, baluarte da moralidade, recebendo benesses a revelia da lei, golpes financeiros lançando bancos a banca rota ou quase, deputados “evangélicos” orando e agradecendo a deus pela propina (nome certo é roubo) que embolsaram, enquanto milhares de pessoas desprovidas de recursos morrem nas filas do SUS por falta de atendimento E um cem números de outras atitudes que jogam os valores como moralidade, respeito, justiça no cesto do lixo geral da mediocridade: razão cabal e suficiente para um filho de Deus recusar-se receber uma homenagem oficial dos “paralamentares” deste insólito pais. ( ler postagem do dia 24/12/10).
A escola está dissociada da sociedade, a sociedade esta dissociada da moralidade, os pais, estão longe de seus filhos, em nome da liberdade, da privacidade; nas reuniões escolares para o acompanhamento do progresso dos filhos os pais que comparecem são aqueles cujos filhos apresentam os melhores desempenhos em termos de disciplina e aproveitamento, os outros que ali deveriam estar, ou estão ocupados com a novela, ou estão cansados do trabalho, que não os permite dispender quinze ou vinte minutos de suas vidas para se interessar pelos seus filhos. Infelizmente é comum ouvirmos nos noticiários que adolescente de l3/14 anos foi assassinado a tiros na saída de um baile às 3:00h. da madrugada: e vermos seus pais dizendo que se tratava de uma pessoa muito boa, que era muito amorosa, e que não sabiam como podia ter acontecido isso com eles.
A pergunta que ninguém faz é o que essa criança (13/14 anos) estava fazendo na rua as três horas da madrugada, os pais sabiam onde ele(a), realmente estava?
Nós não aprendemos somente na escola, nosso aprendizado se inicia no primeiro respirar quando nascemos, com toda certeza é por isso que Jesus afirma que para entrarmos no Reino, devemos nascer novamente, ou seja devemos apreender tudo desde o principio, esquecendo as velhas coisas.
Mas nesse departamento o que estamos vendo?
Quem vai a uma igreja, quer buscar uma cura, quer buscar sucesso financeiro, etc.,etc. Jesus e a salvação eterna ? -Até porque os pastores o que mais fazem são pregações de autoajuda...
Aqueles que deveriam por chamado de Deus, “sic est”, orientar o povo simples na busca do reino de Deus, estão mais interessados nos títulos pomposos, dízimos,ofertas alçadas, campanhas de fé (ofertas especiais), Fogueiras santas, excursões milagrosas, onde meros reflexos do sol em lentes de câmeras, representam um “anjo de fogo”, a manifestação da glória de deus. As igrejas surgem como pipocas em uma panela, não só as “grandes” mas as pequenas e as nanicas, vendem livros, CDs, camisas, camisetas, montam livrarias uma ao lado de outra, com toda uma parafernália de objetos evangélicos.
Não estamos nem sequer aprendendo com a vida, com os acontecimentos, não conseguimos sequer pensar nas consequências de nossos atos no dia a dia. Assim vamos perpetuando os ensinamentos dos piores valores sociais, queremos legislar sobre tudo para garantir os dereitos, dos canhotos, dos destros, dos ambidextros, cada um deles com um código particular.
Nossos filhos, estão passando horas e horas esperando para assistir um espetáculo de alguém digno de piedade e orações, que só irá fazer o espetáculo se estiver sóbrio ou sob a dose necessária da droga eleita.
São os seus ídolos, muitos são filhos de evangélicos que sequer conseguem manter seus filhos em disciplina.(?????)
Filhos mesmo de pastores que ao discutirem com os pais, lhe arremessam líquidos ao rosto, e abandonam sua casas.
Nas Escolas dominicais, uma mesmice sem fim, crianças levadas para uma sala para pintar folhas com desenhos de trechos bíblicos e repetindo historinhas bíblicas por centenas de vezes e cantando corinhos a maior parte das vezes imbecis, crianças amontoadas em termos de idades, crianças de três e quatro anos misturadas com crianças mais velhas, todas executando as mesma tarefas. Sem o mínimo respeito ao seu desenvolvimento psicológico/intelectual
Não é de estranhar que depois de um tempo não queiram mais comparecer a igreja.
Cultos infindos, nos quais as crianças não são consideradas, quando não ficam correndo pelo templo aos gritinhos, ficam dormindo ao colo dos pais, ou brincando com os objetos que os próprios pais levam. O que estamos ensinando a essas crianças? O que significará no futuro a essas crianças, prestar culto a Deus; correr? Gritar?, pular?, Seria essa a origem desses pastores que vemos por aí com comportamentos que tais durante as pregações?
Quando um pouco maiores, iremos querer impor-lhes um comportamento completamente diferente do que tiveram até então; resultado: não virão mais a igreja pois, não veem coerência nessa exigência: até ontem liberdade, agora disciplina?
E a bíblia, estudam? Ou só lemos as promessas, para podermos mover no sobrenatural, determinar, tomar posse.
Vi, recentemente, um vídeo da IURD de Portugal, cidade do Porto no qual o sevandija convida o povo a vir a igreja pois “deus irá se manifestar com milagres impossíveis, pode vir que você irá ver deus fazer o impossível, venha pois, deus terá que fazer o impossível , pois ele prometeu, então terá que cumprir
Leiam  Hebreus  10:29.

Deus tenha misericórdia de todos nós.
V.D.M.I.Ae.