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domingo, 21 de agosto de 2011

UMA FÁBULA NADA FABULOSA.

Houve uma vez, em um lugar meio perdido neste pais, que é um continente, que quase nada contém de sério, justo, honesto e ético; claro que nisso tudo sempre haverão exceções, poucas é verdade, mas existirão.
Mas voltemos ao que interessa.
Houve uma vez em um lugar chamado de Riacho de Março, uma família de gametas, bem, pelo que pude saber, não era lá uma coisa que pudéssemos dizer famiiiiiliiiiiiaaaaa; enfim!
Essa família era constituída de gametas pai, mãe, dois filhos game tinhas...
O mais novo, segundo sua própria fala, não se comportava como um gameta lá muito correto, por me-dá-cá essa palha, sentava a mão, o pé na cara do irmão mais velho.
Isso sem contar, que na verdade ele contou, fazia das suas,de tanto sentar a mão na cara do irmão, decidiu ir morar alhures, forma pleonástica de dizer na rua.
Ali praticou pequenos furtos, alguns assaltos, até com armas se envolveu, o que o levou a se afastar do seu lar doce lar gamético, na ausência de seu amado irmão andou dando catiripapos naqueles que muitas vezes se recusavam colaborar com o achaque.
Ia me esquecendo, orgulhava-se de nunca ter matado ninguém, embora tenha quebrado alguns narizes.
Seu nome? Epa! eu ainda não disse ? Tá, la vai: Excelso Fessoy .
Fessoy, como vou chamá-lo daqui pra frente, em razão de seus desarranjos com os gametas parentes se viu obrigado a sair de casa,como já escrevi acima.
Instalou-se em um local abandonado,não sem antes dormir aqui e ali, parece se bem me lembro, uma velha edificação medica, lá encontrou inclusive alguns móveis velhos, juntou umas coisinhas mais e foi ficando por ali...
Vivia de pequenas falcatruas, e unsseteunzismos, deixando o tempo passar; ali cursou a escola da vida e parece que conseguiu formar-se no famigerado curso fundamental, quando ao médio, nunca falou...
Depois de um tempo nosso Fessoy arranjou uns bicos e estava se virando bem com algum dinheiro assim obtido. Deixando mesmo de praticar suas falcatruas e pequenos roubos. Deu uma melhorada em seu muquifo.
Certo dia, num entardecer de sábado, estando nosso Fessoy, no seu ociorepouso, ouviu uns risos e um som que despertou sua curiosidade, correu à porta de seu muquifo e vislumbrou um grupo de jovens Crentensses, que se dirigiam a uma igreja logo mais adiante no fim da rua, cuja qual como disse ele não havia observado antes.
Nosso Fessoy, ficou encantado com o som daquele instrumento tocado pelos Crentensses, pensou em se enturmar com eles, mas teve medo de não ser aceito.
Até porque percebeu que as minas dos crentenses eram mais jeitosinhas, mais cheinhas, não tinham hábitos de proferir impropérios, mais delicadas e femininas, bem como ele gostava.
Mal sabia ele que os Crentensses são, por orientação de past-ores, orientados a receber com boa atenção qualquer pessoa até mesmo um Fessoy.
Foi se aproximando e o grupo o aceitou e o convidou para participar de suas reuniões, Fessoy demonstrou seu interesse pelo instrumento que os havia visto tocar, quando ficou então sabendo seu nome, o tão conhecido popular hexacordiolão.
O nosso auto abandonado Fessoy enturmou-se e começou a aprender tocar o hexacordiolão.
Passado algum tempo nosso herói, convidou-se para morar com uma família de Crentenses, a quem adotou como sua família, apesar de os Gametas pais morarem no mesmo bairro, segundo consta.
Levou nosso Fessoy para sua nova casa o guarda roupa que havia arranjado lá no muquifo onde morava, levando também as roupas que havia conquistado em vários varais ali pelos bairros vizinhos.
Fessoy, agora cuidava-se muito mais, estudando os modos e a fala dos crentenses a quem gentilmente impusera a sua presença.
Assim a vida corria livre, leve e solta, até arranjou um empreguinho melhor...
Fessoy desenvolveu boas habilidades no hexacordiolão, com isso ganhou espaço entre os Crentensses, inclusive frequentado suas reuniões e fazendo parte do grupo de louvores dos mesmos.
Por esse tempo, conheceu uma jovem de um lindo sorriso, que compunha o grupo de louvores, a Roas Epa, um simpática loura ou morena, não sei , muito mais interessante do que as minas com quem se relacionava nos tempos de seu unsseteunzismos de auto abandono.
A família de Roas Aep, foi desde o principio contra esse relacionamento por perceberem detrás da capa de bom moço o seu habito unsseteunzista: mas Roas estava encantada com os dotes de nosso Fessoy no hexacordiolão, e lembrem-se Fessoy, tinha uma lábia refinada, era um famigerado mestre do engodo.
Galgou posto entre os Crentenssses a tal ponto que acabou sendo indicado a fazer o curso de Past, profissão que já havia percebido ser muito interessante para aquilo que tinha em mente, aquele negocio de líder, não discuta com o líder, prosperidade, e a obtenção de renda com ofertas dos crentenses, muito lhe cativava.
Esse trabalho vinha muito a calhar ao seteunzismo, que dessa forma poderia ser praticado a luz da Lei e com os Aleluias e Gró rias a Deus e apoio dizimal dos Crentensses.
Muitas peripécias passou o nosso caro Fessoy.
Mestre no seteumfilosofismo, juntou a esta, o conhecimento que os Crentensses haviam desenvolvido, um deles o “não toques no escolhido, faça o que mando não o que faço, me foi revelado, a obrigatoriedade do dezismos, os vales, as ofertas, os descontos, os adiantamentos e as profetadas e o ardente desejo de ser pai de multidões foi estudar as matérias crentenses.
O cargo de Past-or vinha bem a calhar, sim era isso que nosso Fessoy iria seguir e desenvolver seu ministério que seria mantido pelos crentensses.
Nesse meio tempo, casou-se com Roas-ap, contra o parecer dos parentes dela, e decidiu realizar uns negócios, que acabou resultando em nada.
E toma percalços, vai pra lá vem pra cá, conseguiu ficar a testa de uma igreja crentense, que quase tinha ninguém, talvez umas quantas pessoas.
Empenhou-se, dedicou-se, e conseguiu erguer, com atrativos diversos a fé crentense , alguns membros a mais, e algumas irmãs que passaram, a sustentar o seu min stério.
Roas-ap depois de um tempo, por quais cargas dӇgua principiou a apresentar problemas.
Ao que parece Fessoy, mudou muito, mas nunca perdeu o amor ao ociorepouso e o costume desenvolvido lá no seu muquifo nos primeiros dias de seu auto abandono o de não dispensar o seu refrigério liquido, ainda que tivesse que vender o almoço para comprar o jantar.
Os trabalhos de seu curso de Past, quem os fazia era sua Querida, sofrida e adoentada Roas-ep.
Apos um tempo foi ou transferiu-se para outra área crentense, encantou-se com os agrupadores de duzias, estes também com o costume de aplicar teorias do unseteumfilosofismoreligioso, de fazerem os seus fieis e ignaros crenteses a seguir o líder, vendo nos seus métodos a felicidade e a oportunidade de melhorar os ingressos salariais, sem dispensar o seu tão querido ociorepouso.
Mas parece que não deu certo, os novos crentenses, tinham mais conhecimento do livro básico da fé crentense, e da ilegalidade de seus métodos diante de uma paróquia baseada no vale o que está escrito, ao do invés de “eu acho”, “deus me disse ontem”. “O ispirito me revelou”.
A coisa desandou, se indispôs com todos, inclusive com Roas-ep, que se mandou para sua família.
Mas Fessouy não se apertou, apanhou seu Hexacordiolão e lançou uma canção nova para aquela que deus iria preparar para o seu coração.
E se mandou por aí em novas aventuras ditadas pelo seu deus...
Fique desde já dito, afirmado, reafirmado, declarado, assentado que esta é uma fábula dos tempos de hoje,nada fabulosa, e que qualquer, por mais leve que seja sua semelhança com a vida ou acontecimentos, pessoas reais, do passado, presente ou futuro é mera, pura e total coincidência.
Uma elocução digito mental durante uma insonia braba


V.D.M.I.Ae.

Brincadeiras a sério... ou Lembranças hoje, do ontem.

Sábado a noite, quase hora de ir dormir, eis que minha neta veio até mim e sem mais fez uma pergunta quase que solta
--Vô houve algum brasileiro que se destacou ou fez alguma coisa importante?
Respondi-lhe que muitos brasileiros se destacaram em feitos importantes, falei de Santos Dumont, dando dirigibilidade aos balões, criando o avião o primeiro a voar por meios próprios, o Demoiselle, o ultraleve de então, usado por ele como meio de transporte para seus passeios por Paris.... e como só os jovens sabem ser, fui contestado:
Mas ele não fez isso no Brasil, fez la na França, daí urgiu uma discussão de que pouco importa o local, mas quem o fez...
Citei a importância de César Lates, dos trabalhos de Oswaldo Cruz, tentando destacar algumas grandes contribuições desses nomes à cultura e ciência mundial... mas como os jovens insatisfeitos novas contestações e eu acabei por desafiá-la a buscar na internet, não jogos, mas a pesquisa desses nomes, para sentir o que outros registraram a respeito, inopinadamente lá vem outra pergunta:
-Vô quando você era jovem, como você e seus amigos se divertiam? Já emendou outra pergunta a essa: Você tinha muitos amigos?
Ao iniciar a satisfazer-lhe a curiosidade extemporânea em razão do avançado da hora, acrescentei que a sua forma de perguntar me fazia sentir um verdadeiro tiranossauro – quando você era jovem – com seu pedido de desculpas ambos rimos...
Mas lhe contei que ali na periferia de São Paulo – Vila Aricanduva – tinha cinco ou seis amigos, todos morávamos todos na mesma rua. Eu morava na esquina da Rua Edgar de Souza com rua Rodeio, a casa que meu pai construiu está lá ate o dias de hoje, e mesmo a casa que eu construí nos fundos do quintal, ainda está lá quase do mesmo jeito- e viva o Google-Street.
Mas voltando à resposta; lembrei-me dos amigos mais chegados, o Vílson, assim mesmo com V, o Roberto que era tio do Vílson, embora mais novo três anos, o Espanhol, cujo nome não me ocorre a sessenta anos desses dias, O Dadão, - Eduardo, o Orestes, o Dácio , afora o Ico -Francisco e seu irmão o Batatinha, cujo nome também não me recordo.
Isso colocado iniciei a explicação de que nos divertíamos muito, alem da escola, que tínhamos o prazer de frequentar, por verdadeiramente ser ela era risonha e franca; mas lembrei-me da tardes em que empinávamos quadrados hoje chamados de pipa, naqueles dias este nome era destinados a quadrados de grande tamanho.
Nós nos divertíamos nessa atividade pois construíamos nossos próprios quadrados, desde a escolha do bambu para a confecção das varetas, não podia ser seco demais nem verde pois os primeiros quebravam facilmente e os segundos vergavam com muita facilidade.
Expliquei a minha neta as várias forma que dávamos a essa pipas, -vou usar este nome por ser mais facilmente identificado hoje com o objeto-.
Fazíamos o que era padrão o de três varetas -ver desenho acima- uma pipa em formato de avião, a pipa navio, a arraia e os coadores pipas essas que voavam sem rabiola.
Rabiola era uma tira de pano fino, cortado em tiras estreitas destinada a dar estabilidade a pipa, falei-lhe das formas de amarração dos estirantes e a formas de dimensioná-los, sem o que as pipas não voaria estáveis.
Passávamos horas nessas atividades de confecção, na escolha dos desenhos, cores, nos cuidados na colagem dos papeis na pipas procurando evitar desequilibrá-las na distribuição de peso e muitos outros cuidados e esmeros...
Tudo isso feito íamos aproveitar os ventos e passar horas a empiná-las, não existiam as disputas para cortar linhas dos outros, com os riscos que vemos vez por outras nos jornais, causando inclusive algumas mortes; nos divertíamos pelas habilidades em fazer manobras com as pipas, fazendo-as cabecear a esquerda, ou a direita, descair, como se a linha estivesse cortada, fazendo os desavisados correrem para pegar a pipa que caia.
Questionado se essa era a única, citei muitas outras, como jogar pião, a brinca como dizíamos ou a ganho, a primeira o prazer era rodar o pião e tirar outros da roda apenas, a outra forma a ganho, quando tirávamos o pião da roda nos apropriarmos dele.
Para jogar ou rodar pião, fazíamos um círculo no chão de terra com um raio de mais ou menos uns oitenta centímetros, assim como um passo largo, aonde dentro do círculo, cada jogador colocava um pião, sorteada a ordem de jogadores, ou pondo dedos e contando, que caísse no número de dedos expostos saía da contagem, determinado a ordem de jogar;
O objetivo era arremessar o pião e com ele tirar do círculo os piões ali colocados, para a validade da jogada, o pião arremessado deveria rodar em pé por alguns segundos, pelo menos.
Falei a minha neta das bolinhas de gude -pequenas bolas de vidro colorido, que nós os garotos gostávamos de colecionar, quem tinha poucas tinha no mínimo cincoentas, sempre escolhidas a dedo, pelas cores e desenhos feitos pelos vidros de cores diferentes, além das escolhidas para serem as favoritas para jogar,  por sua perfeita esfericidade, pelo peso e tamanho – as menores e mais pesadas eram as melhores pois dificultavam as estecadas como chamávamos as caramboladas, ou ainda as batidas entre bolinhas. Ah ! Os jogos, existiam o de box, que era um jogo desenvolvido em um chão de terra batida e plano pelo menos nas proximidades dos boxes, quando não tínhamos o local plano necessário, nós apanhávamos enxada , pá e outras ferramentas e construíamos em um canto da rua sossegado o plano necessário.
Os boxes eram pequenos buracos feitos com uma arruela e outro objeto arredondado com um diâmetro um pouco maior que as bolas de gude e com uma pouca profundidade.
A construção dos boxes comportavam quatro boxes -buracos- arrumados em forma de L, três em linha e um em ângulo reto.
O inicio do jogo se dava pela escolha da ordem dos jogadores e era feita com o arremesso da bolinha a partir do ângulo reto dos boxes em direção ao primeiro box que era o primeiro da linha de três oposto ao ângulo reto, se classificava como primeiro aquele que colocava a bola no box ou o que mais se aproximava dele, e assim se classificavam os demais tendo como distancia o parâmetro, sendo o mais distante o último a jogar.
As regras eram; colocar as bolas de gude nos boxes, obedecendo a ordem do primeiro, até o quarto.
Quando era atingido o quarto box, o da perna do L o jogador retornava pelos boxes em ordem inversa, ao primeiro e iniciava o retorno ao quarto box, quando atingia o segundo box de retorno ganhava o direito de atingir os adversários para longe para dificultar seu avanço, esse retorno, chamava de matança, assim eram denominados os boxes, primeiro de matança, segundo de matança, terceiro de matança e o de matança, o quarto box, quem aí chegasse tinha o direito de matança.
Assim quando quem estava com esse direito atingia a bola de gude de outro jogador este era eliminado, se todos atingissem o quarto de matança o jogo se desenvolvia por todo o espaço ao redor dos boxes, sendo obrigatório a tentativa de atingir um dos adversário, sendo proibido o jogador da vez arremessar sua bola para longe dos adversários para fugir das dificuldades do terreno
Existiam alguma regras como pedido de vantagens, como limpinha, quando se pedia para mudar a posição de jogo, ou tirar algum obstáculo da frente da bola que se quisesse atingir, que poderia ser negada desde que o dono da bola tivesse dito antes do referido pedido – não dou nada – isso obrigava aos participantes do jogo de gude ficarem atentos as jogadas.
Esse brincar, as vezes acabavam durando horas.
Outra forma de jogar bolas de gude era o de cela, fazia-se um círculo de mais ou menos um passo de diâmetro, cada participante colocava no centro da cela o número de bolinhas combinadas, quase sempre de uma a quatro, quase nunca mais, para isso eram descartadas as bolinhas com pequenas lascas ou as bolinha não muito perfeitas quanto a esfericidade, a ordem dos jogadores era sorteada a partir da cela para a linha de lançamento, e a classificação era feita a partir da distancia da bolinha arremessada da linha demarcada.
O jogo de bolinha de gude nessa modalidade era desenvolvido jogando-se a bolinha em direção da seja com o objetivo de retirar de dentro do círculo o maior número de bolinhas possíveis, que iriam pertencer a quem conseguisse, se o jogo fosse a ganho, caso contrario o jogador limitava-se a tirar o número de bolas que havia casado no inicio do jogo.
Caso a bolinha jogada ficasse dentro do círculo, sem conseguir retirar nenhuma o jogador ficava fora das jogadas, caso não houvesse previamente estabelecido que cada jogador pudesse ter duas bolas de jogo.
Se o jogo fosse a brinca, no final o jogador recuperaria sua bolinha retida, se fosse a ganho perderia inclusive essa bolinha.
Outra diversão era devida a coleção de figurinhas de jogadores de futebol, que naquela época vinha embaladas em pequenas balas, os álbuns para a colocação das figurinhas eram distribuídos gratuitamente, inclusive como forma de incentivar a compra das balas, que eram de muito baixo custo relativo, já que com dez centavos comprávamos cem balas.
As figurinhas vinham de forma muito repetidas, o que ocasionava um número muito grande de figurinhas  que eram usadas para jogar, o que chamávamos de jogo de Bafa ou Abafa.
Esse jogo constitua-se colocar – casar – um número de figurinhas previamente combinadas sobre o solo preferencialmente plano, com a imagem do jogador voltada para o solo, e sorteado a ordem de jogada com a contagem de dedos, e se eliminado os jogadores pela contagem desse número, sendo estabelecida a ordem pela saída do jogador.
O jogo consistia em usando a mão em forma de concha, bater sobre as figurinhas e elevando a mão rapidamente, provocando um vácuo e fazendo as figurinhas casadas voarem, as que caíssem com a imagem do jogador para cima, elas pertenciam ao jogador, voltando-se a organizar as demais e assim procedia o segundo jogador.
A jogada terminava quando não mais existissem figurinhas com a imagem voltada para baixo.
Conforme o previamente combinado, se o jogo fosse a brinca, ou a ganho, no primeiro caso o jogador ficava com o número de figurinhas houvera previamente casado, devolvendo as que não lhe interessado e retendo as que ainda não possuía em seu álbum, no segundo caso ficava com todas as figurinhas que havia conquistado.
Existiam, disse eu a minha neta muitos outros brincares que fazíamos principalmente o inicio das tardes e ou até, quando era verão, até bem tarde da noite, quando então brincávamos na rua na frete da casa de nossos amigos sob os olhares e cuidados de nossos pais que ficavam a conversar, quase sempre sobre nossas próprias travessuras.
Disse a minha neta que eramos muito felizes nas simplicidades de nossas brincadeiras e de nossas vidas livres das ameaças hoje tão presentes nas vidas de nossas crianças, para quem a rua hoje é somente ameaças e riscos.
Não é saudade da infância, coisa de velho, mas uma triste constatação, muito trinte mesmo, de um velho que Deus permite ter uma memória quase fotográfica daqueles dias de sessenta e poucos anos atrás
Vamos dormir, pois já está quase se fazendo a manhã chuvosa deste domingo.
Minha neta, abraçando-me disse:
-Boa noite vô.
-Boa Noite minha neta, Deus te abençoe...
Enxuguei algumas lágrimas, apaguei a luz, dirigi-me ao quarto, refugiei-me no calor do cobertor, e pedi a Deus que nos olhasse com muita misericórdia, a nós e aos nossos amigos de ontem tão perto aqui em nosso memória....

V.D.M.I.Ae;.

quarta-feira, 17 de agosto de 2011

Educação? Qual? A da porrada, a da permissividade ou a do amor ?

Vamos voltar ao assunto, educação... La atras neste mesmo blog já coloquei umas ideias sobre este mesmo tema.
Todos os que acompanharam os noticiários de alguns dias passados, viram e ouviram quase que em tempo real os acontecimentos em Londres e algumas cidades importantes da Inglaterra, bem, alguns de vocês estarão se perguntando:
-Tá e o que tem a ver a baderna inglesa com educação? Calma, eu chego lá.
O governo se apresentou e propôs entre outras medidas rever o sistema educacional...
Interessante é que nossas autoridades quando diante de uma violência inimaginável para pessoas que tem um mínimo de equilíbrio mental, o que fizeram?
-Vamos proibir a venda de armas de fogo.... vamos refazer o plebiscito para proibir a venda de arma de fogo. Pois é claro, podemos perceber pela propaganda oficial, nosso ensino é o mais perfeito do mundo todo, estamos avançando nos índices de avaliação, os números estão melhorando, e as pessoas? E a cultura?
Como estamos educando nossas crianças, sem demagogia, o Brasil do amanhã...
Como já disse, professor desde sempre, após me formar ingressei no caminho do ensino, e um primeiro compromisso foi lembrar-me de dois grandes professores que passaram por minha vida e deixaram a sua marca – Professora Celina, lá do Grupo Escolar Zalina Rolim ali de Aricanduva, na época periferia de São Paulo, e do professor Barros já no Ginasial ali no Colégio do Ateneu Rui Barbosa, na Penha em São Paulo.
A professora Celina, pelo seu amor aos alunos, por sua paciência e extremo sentido de disciplina pessoal, que nos influenciou; o Professor Barros por ter a capacidade de educador que vai além da disciplina a que se dedicava, tendo sempre uma palavra de orientação e a sabedoria de saber ouvir o aluno, ainda que o assunto não fosse sua matéria.
Procurei ao longo dos dias ser como ele foram, se consegui não estou seguro...
Para ressaltar a nossa responsabilidade na condução de nossos filhos e ou nossos alunos, me ocorreu um fato  acontecido ali na Escola Estadual Dib Audi, no bairro de Campo Limpo SP.
A diretora pedia que nós os professores,  auxiliássemos o controle dos alunos durante o recreio; determinado dia eu vi um tumulto na fila para receber a merenda.
Fui até os alunos e solicite calma, chamei atenção de uma garotinha do segundo ano que estava querendo furar a fila, conversei com ela e fiz ver a inconveniência de tal atitude e pedi que ela se dirigisse ao fim da fila afirmando:
--Há merenda para todos, inclusive para repetir o prato se for de sua vontade.
Muito contragosto a garota me obedeceu.
Esse fato ficou perdido na multidão de outros acontecimentos.
Depois de um tempo, estava eu na fila do caixa do banco, particularmente grande como soe acontecer por aqui.
Inopinadamente,vejo que tem uma menina chamando a minha atenção, me diz ela:
Professor minha mãe está la na frente na fila, ela me mandou dizer pro senhor dar seu cheque que ela recebe pro senhor...
Veio logo à minha mente a oportunidade de não perder muito tempo, já que a fila era longa, mas me ocorreu que deveria conversar com o caixa a respeito de meu cartão de credito, assim disse a minha aluna:--Filha agradeça a sua mãe, mas eu vou esperar... ao mesmo tempo fiz um gesto à mãe dela que olhava para nós.
Concentrei-me nos meus problemas, fui ao caixa quase quarenta minutos depois.
Na semana seguinte ao entrar na sala de aula, mal cumprimentara os alunos, uma menina pediu licença e veio até mim dizendo:
--Professor, obrigado pelo senhor ter feito eu ganhar a aposta que eu fiz com minha mãe.
Não entendendo bem o assunto perguntei:
--Qual a aposta que eu fiz você ganhar?
--Lembra de sexta feira no banco, eu apostei com minha mãe que o senhor não iria furar a fila do banco, minha mãe disse que eu deixasse de bobagem e fosse pedir o cheque pro senhor...
Eu nessa hora gelei dos pés a cabeça, por muito pouco EU, e somente eu, seria o responsável por marcar o caráter de uma menina, que hoje quando escrevo este texto, já deve ser uma mulher, provavelmente mãe preocupada com a educação de seus filhos, pois já se passaram cerca vinte e cinco anos do acontecido...
Percebam que os alunos os temos conosco no máximo por três ou quatro anos, o que estamos fazendo com nossos filhos, nossos netos?
Me ocorre ainda as tertúlia que tínhamos por ocasião de nosso curso de arte ali na FIAM – Morumbi, com o saudoso Orlando Villas Boas, sim o emérito indigenista, criador com seus irmão do Parque do Xingu, quando numa tarde, que creio de sábado, nos falava da forma de educar dos índios e para ilustrar sua fala nos exibiu um vídeo mostrando o que contava, a respeito de o índio não basear sua educação dos filhos em castigos.
Falava de uma reunião havida com três tribos contando que em determinado momento uma indiazinha apanhara um galho da fogueira e introduzira logo a seguir,  o mesmo na palha da oca, evidentemente incendiando tudo na casa que para eles é coletiva, e exibiu o vídeo do ocorrido.
Vimos uma garotinha de no máximo seis anos, apanhando o galho com fogo e indo tranquilamente em direção a choça, passando por várias pessoas e aplicando o fogo na palha.
No vídeo pudemos ver que os adultos voltaram seus olhares para o fogo que se propagou de forma voraz, e voltaram-se para a reunião que decorreu como se nada houvera acontecido.
Questionado o que teria acontecido com a menina posteriormente, o mestre Orlando, com a sua voz sempre mansa e suave disse:
--Seu único castigo foi, por uma semana, junto com todos os demais da tribo, dormir ao relento... e carregar por toda a sua vida o nome acompanhado de “aquela que colocou fogo em nossa casa”
Disso, educação, nos disse o saudoso Orlando Villas Boas, os índios ensinam seus filhos com suas vidas no dia a dia, com a observação do conhecimento e sabedoria dos mais velhos, que já viveram muitas experiencias, pelo que são muito estimados e respeitados...
E nós e que somos os civilizados.???

Tenham presente Provérbios 22;6; Romanos 2:21-24, leiam isto e saibam:

V.D.M.I.Ae.

quarta-feira, 10 de agosto de 2011

Onde está o Evangelho ?



O quê está acontecendo com o Evangelho que me ensinaram?
É a pergunta cheia de preocupações e de perplexidade, que não só eu, misero pecador, mas crente no amor de Deus, que providenciou o meio eficaz para a nossa salvação – o sacrifício vicário de Seu Filho e a fé com uma única exigência: o arrependimento para alcançá-la.
Sei e sinto que muitas outras pessoas estão em igual situação, adotando as mais variadas atitudes diante dos descalabros feitos sob o manto da Religião, outrora reformada a suas origens.
Muitas vezes este estado de coisas levam um grande número de pessoas à descrença e a desprezarem tudo o que se relacione com a religião Cristã.
Esses que se dizem Pastores, Patriarcas, visionários, criadores de esquemas de crescimentos inconsistentes em termos de conversão verdadeira, o Arrependimento dos pecados. São esses indivíduos os criadores de mentiras e ou interpretações particulares mais afeiçoadas aos seus desequilíbrios de caráter e ou as suas oscilações mentais, dando oportunidades às suas ganâncias e ou mesmo exacerbado desejo de reconhecimento de poder, que justificam os meios que adotam, de tal sorte que se confrontados com a verdade; não conseguem vê-la e correm a Bíblia para se refugiarem em trechos extraídos do contexto e que na sua ótica distorcida justifiquem as suas pretensões.
Negam as obras oriundas da verdadeira fé no Senhor Jesus -nascida de um verdadeiro arrependimento de suas vidas, até antes orientadas pelo instinto animal do corpo carnal que engrandece os desejos de poder, posses, sobrevivência, domínio, como o fazem os animais que vivem com esse mecanismo que lhes foi dado por Deus.
Mas essas pessoas que estão dominando os meios de comunicação divulgando mentiras embaladas com o nome de Fé, descuram ou mesmo omitem uma coisa básica como civilidade, verdade e ética, na satisfação de seus interesses doentios de poder, enfim faltos de amor ao próximo.
Ao invés de divulgarem, pregarem, as verdades básicas das boas novas do Reino de Deus, e se oporem e denunciarem falta de moralidade, nepotismo, se insurgirem contra os homicidas, contra os abusos sexuais de crianças, contra a prostituição, contra a corrupção que abunda em nossos meios políticos, contra a hipocrisia que é o apanágio de nossa sociedade moderna, contra o ritualismo, contra o engano por mais simples que venha a ser, contra as falácias dos governantes no que diz respeito ao tratamento do seu povo no tocante a educação e saúde, o que vemos?
Construção de mega templos, realização de reuniões de Seminários, Avivamentos Bombásticos, megashows de cantores que não sobreviveriam se não fosse o engodo do louvor- (a EMPRESA X grava e você (trouxa) louva, reuniões essas realizadas em estâncias climáticas e ou em hotéis carrissimos, chegando um desses Pastorastros mesmo ao desplante de quando criticado e exortado a que a igreja deveria canalizar melhor esse dinheiro para escolas, dizer:
“Escola é obrigação do Governo”, como se fora o governo coisa fora dos planos de Deus.
Hoje graças a esses sevandijas, sacripantas estamos vendo e ouvindo os Homens Deus explorando a suas ovelhas e não mais a Servos de Deus apascentado Suas (de Deus) ovelhas.
Assim como Jesus Cristo é o homem por excelência , vemos hoje que o homem de Deus como adoram ser chamados, são os indivíduos mais longe desse tipo de que pode ver.
A razão, na minha ignorância, me parece ser que a excelência do homem moderno é inversamente proporcional ao posto que ocupa na sociedade.
Neste dias, mais do que nunca é necessário que se separe no entendimento dos fieis a figura do pastor, das verdades expressas no evangelho do Reino.
Uma separação entre as ideias do Pastor/Líder e as verdades Bíblicas, é esta que subordina aquele.
É necessário deixar claro que a riqueza pode ser origem de benção, tanto quando ser origem de maldição, tudo dependendo da forma com que é utilizada é ou se essa riqueza é fruto do trabalho honesto e não de negociatas, falcatruas, enganos, juros extorcivos, marketing enganoso, promessas falsas, exploração da fé dos símplices, etc.
Já disse isso em outra publicação neste blog; quando mais jovem não entendia o texto em que no dia do julgamento seriam mandados para o inferno, apesar de alegarem milagres e de terem falado em nome de Jesus; hoje mais do que nunca está claro, pois há algum tempo me defrontei com um texto em um jornal de uma seita, atribuído a seu mega líder ,veja postagem neste blog em17 / 06 / 2011, se lhe causar alguma espécie veja a data da publicação e vá obter um exemplar na dita seita, alias façam isso mesmo.
Devemos ter presente que o separar a pessoa do Pastor, pai, apóstolo do que querem representar, dando a estes o mesmo “status” que somente deve ser dado a Deus.
Pelo fato de Pastores exercerem o ministério da Palavra não são absolutamente superiores e sequer invioláveis do que os demais fieis.
Obediência e reverência ao seu exercício de pregação a verdade evangélica são elogiáveis e não as suas figuras pessoais, que em nada é diferente das outras pessoas quaisquer, sendo uns e outros dignos do respeito preconizado pelo “Ame a teu próximo como ti mesmo”
A subordinação irrestrita do crente deve ser apenas a Deus, senhor e soberano.
A exigência de obediência cega e servil ou inquestionável as ordens emanadas de Pastores, apóstolos ou lideres e ou qualquer que seja o nome que ostentem, fere a própria noção de liberdade oferecida por Deus na Cruz.
Na cruz somos livres, somente subordinados uns aos outros pelo amor que lhes devemos, diante da luz natural e cristalina que advêm da Palavra de Deus, anunciada por Seu Filho – Jesus Cristo.
O Cristão tem uma única autoridade inconteste, absoluta, soberana que esta colocada ,nascida, originada, fundada em Deus apenas, o Deus criador Aquele a partir do qual tudo foi criado.
Hoje estamos procurando adaptar a Religião aos ditames sociais modernosos, esquecendo-nos da história e de seus pressupostos ao longo dos tempos.
Deus- religião apresentam a característica fundamental de imutabilidade, a Palavra de Deus nos foi legada por escrito, finita, acabada, portanto igualmente dotada de verdade imutável.
O Antigo Testamento testemunha a intervenção de Deus na vida e história de seu povo, dando-nos figuras do futuro, como dizem os apostolo, figuras como em um espelho.
O Novo Testamento retrata o cumprimento das promessas assinaladas no passado e encontram o seu cumprimento no encontro de Jesus com a cruz e se completa na sua ressurreição.
Na cruz temos o sacrifício vicário que atende a necessidade da Lei; Jesus se fez maldito, sem culpa, para poder estender aos que aceitam esse sacrifico, o perdão plenário, e o principio da caminhada da santificação. Jesus um sacerdote amoroso e imutável.
A sociedade por sua natureza é fortemente mutável, na busca de aperfeiçoamentos, desenvolvimentos, que por óbvio devem estar subordinados aos homens e lhes servir.
Ambos, religião e sociedade se mesclam, convivem justas mas distintas em seus objetivos, uma o progresso social do homem, sua educação, sua defesa civil, etc., a outra, a religião a sua salvação eterna, sua formação e mudanças em seu caráter naturalmente violento,o conhecimento das verdades eternas.
A religião é em sua origem e formação é imanente, a sociedade no seu conjunto de seres humanos, portanto sujeitos a erros, portanto mutável na sua busca de progresso social.
Da mesma forma que o corpo humano – mortal e corruptível- mesmo assim abriga em si uma alma imortal.
Em assim sendo cabe a pergunta: Como estamos em meio a este caos, religioso social?
A razão não é tão simples, mas vou ousar:
O que está ocorrendo é que ao invés de estarmos levando a Igreja (evangelho) ao mundo, pregando a mensagem redentora, estamos trazendo o mundo e seus modismos para dentro da igreja.
Aquele que não está fazendo isso de forma ativa, o esta fazendo por sua passividade diante de tantos sevandijas, tele pregadores dando-lhes audiência, quando não aceitando os engôdos que lhes são impingidos dia a dia.
Estamos querendo acomodar a Lei de Deus e sua mensagem do evangelho, aos interesses mundanos, estamos nos esquecendo de Dar a César o que lhe cabe e a Deus o que é Seu.
Deus nos perdoe por isso, permitindo que surja uma luz avassaladora para retornarmos para o caminho da verdade imutável.
V.D.M.I.Ae.  

sexta-feira, 5 de agosto de 2011

Ministério?


Oi meus queridos irmãos desconhecidos, Deus os abençoe.
Estou aqui diante desta máquina fantasticamente maluca, deixando meus dedos percorrerem estres quadradinhos letrados e assistindo nesta telinha as letras dançarem tomando os lugares, dando sentido ao que meu cérebro esta pensando...
Maravilhoso tudo isso!
Me ocorreu agora, assim do nada, do fundo da massa cinzenta a fala de um pastor quando voltávamos de uma reunião da faculdade de Teologia, eu estava na dita reunião como procurador da paróquia local.
Falávamos sobre as várias conquistas da humanidade nestes últimos tempos e da grande oportunidade de meios para a divulgação do evangelho, quando não mais que de repente o pastor em voz alta disse:
-”Senhor eu te agradeço por ter nascido neste século e ver as maravilhas que nos tem revelado nestes dias”
Realmente as conquistas em todos os campos da atividade humana, quando consideradas a luz da bondade e da misericórdia de Deus, são coisas imensas...
Mas quanto mais avançamos em conhecimento, mais nos afastamos das verdade cristalinas do plano de Deus para o seu Reino.
No caso da igreja que frequentava, foi nesta época que os serviços prestados ao Reino através da mesma, eram voluntários e todos colaboravam em todos os serviços: Se evangelização, todos estavam la, prontos a providenciar, a fazer, a acompanhar, cada um tomando para si uma tarefa, alguns nas arrumações da igreja, outros nos folhetos, outros na preparação da literatura a ser entregue, nas organização dos roteiros, enfim cada um assumindo um cuidado e uma coisa, todos pensando nas almas que seriam alcançadas, e antes do inicio da atividade todos, inclusive as crianças, reunidos orávamos a Deus, implorando a sua orientação e o derramamento do Espírito Santo às pessoas abordadas e ou visitada. Éramos uma igreja, a alegria perpassava tudo o que era feito.
Isso foi há muito tempo atrás, logo depois, em concílio geral, a igreja implantou o sistema de ministérios, para os serviços das paróquias, dai a coisa posso dizer com todas as letras a coisa desandou, e é fácil deduzir a razão, basta ler em Efésios 4:11.
Começou por as pessoas “se acharem”, escolhidas para, afinal, não é o que está escrito?
Foi um tal de “Deus me escolheu para... e eu vou me dedicar a esse ministério...etc.
Dai em diante, cada um passou a cuidar de seu “Ministério” e zelar para preservar o seu “Dom” e a estabelecer características do tal ou qual Dom.
Eu professor desde sempre, por ter trabalhado na iniciativa privada e ter chefiado uma área de contabilidade de uma empresa, sempre fui indicado para ser um membro do “ministério de Administração”, superintendente da Escola Dominical? Nem pensar, ele não tem esse Dom, cheguei a ouvir da liderança...
E o Ministério de Louvor, esse acabou com o coral, que era uma coisa meio mecânica e ultrpassada, diziam alguns; o órgão foi vendido, contrariamente ao meu voto evidentemente vencido.
O louvor passou a ser o centro do culto, e tome cincoenta e tantos minutos de cantoria de vozes, algumas vezes esganiçadas (não sujeitas a criticas e ou orientação pois o que faziam era um Dom).
A pregação da Palavra foi relevada a mísero quinze minutos,
Ocorreu-me agora um determinado ano em que, para a comemoração do aniversario da implantação da igreja no Bairro, foi determinado que o templo necessitava de uma nova pintura, pelo menos as paredes.
Isso posto foi providenciado as tintas, pinceis, trinchas etc, como a verba existente era pouca, optou-se pelo velho e famoso mutirão...
A pintura iniciou-se graças a um (1) irmão em uma sexta-feira, e os demais que haviam se apresentado como voluntários, nem sequer passaram pela rua da igreja.
O trabalho ainda foi interrompido pela necessidade do ensaio dos levitas do louvor... ao que o irmão que realizava a pintura aproveitou pois havia trabalhado o dia todo e estava cansado.
No sábado logo cedo, o irmão que realizava o trabalho da pintura, iniciou os trabalhos imaginando que não poderia terminá-lo antes do horário marcado para a dita festa.
Não foi almoçar, sua esposa levou-lhe a comida que ele praticamente engoliu.
Por volta de uma hora da tarde, o referido irmão viu um vulto postado na porta da igreja, voltou-se e perguntou:
  • Pois não?, deseja alguma coisa?
Só então percebeu que era um garoto de no máximo uns doze anos, que vira a posta aberta e entrara.
O garoto perguntou em resposta:
  • O senhor esta pintando tudo isso sozinho?
Nosso irmão cansado e aborrecido com os inúmeros voluntários ausentes, lhe respondeu:
  • Não, meu filho estamos eu e Deus...
Para surpresa do irmão pintor, o garoto disse:
  • Senhor eu vou até em casa avisar minha mãe e volto rapidinho para lhe ajudar; e saiu corrento porta afora...
Pouco depois estava lá o garoto pronto a ajudar, e diga-se uma ajuda inestimável e providencial, o que permitiu com que o trabalho terminasse pouco mais de duas horas antes da “Festa”.
Quando o irmão mais o garoto recolhiam os materiais e davam os últimos retoques de limpeza e colocação dos banco em seus respectivos lugares; chegaram os “voluntários” para o ensaio do Louvor, que segundo ele naquela noite seria um Louvorzão...
O Ministro do Louvor – levita de boa cepa, segundo ele mesmo, ao ver o irmão pintor saindo dirigiu-se a ele com esta admoestação.
  • Senhor Gu... o senhor é membro da Administração e não pode faltar a reunião de hoje, tome um bom banho e volte ainda no inicio, afinal todos devemos louvar a Deus por esta data...
  • Eu não virei, pois estou estafado, não fora a ajuda deste garoto, o serviço nem terminado estaria, vou descansar... respondeu-lhe o irmão pintor.
Teve que ouvir ainda o Ministro do Louvor em tom de reprimenda acrescentar:
  • O senhor não pode deixar de vir louvar a Deus esta noite, que é muito especi...
O irmão pintor atalhou-lhe a fala e com o dedo em riste diante de seu nariz, acrescentou:
  • Eu estou louvando a Deus desde sexta-feira, e hoje desde a manhã, e com a ajuda deste garoto louvamos a Deus com o nosso trabalho até agora...
O garoto, cujo nome não me ocorre comentou a malcriação do homem que não sabia quem era despediu-se e foi embora, não sem ante ter sido convidado a vir a Escola Dominical no domingo.
O nosso irmão pintor, nunca mais viu aquele garoto, e até hoje se põe a pensar...
  • Quem seria aquele menino??
Ma até hoje vez por outra se lembra dele, que hoje deve ser um jovem de vinte e poucos anos ou até mais, e pede a Deus que o abençoe, na certeza de que se tiver filhos, estes serão seguramente como seu pai, prestativos, dedicados, e responsáveis como outrora fora seu Pai.
Pode parecer diferente, mas esta é uma verdadeira historia na vida do nosso irmão G... epa quase digo o seu nome...

Deus tenha misericórdia de todos nós.

Deem uma lindinha em suas Bíblias em Isaías capítulo 1

e saibam definitivamente que

V.D.M.I.Ae