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sexta-feira, 5 de agosto de 2011

Ministério?


Oi meus queridos irmãos desconhecidos, Deus os abençoe.
Estou aqui diante desta máquina fantasticamente maluca, deixando meus dedos percorrerem estres quadradinhos letrados e assistindo nesta telinha as letras dançarem tomando os lugares, dando sentido ao que meu cérebro esta pensando...
Maravilhoso tudo isso!
Me ocorreu agora, assim do nada, do fundo da massa cinzenta a fala de um pastor quando voltávamos de uma reunião da faculdade de Teologia, eu estava na dita reunião como procurador da paróquia local.
Falávamos sobre as várias conquistas da humanidade nestes últimos tempos e da grande oportunidade de meios para a divulgação do evangelho, quando não mais que de repente o pastor em voz alta disse:
-”Senhor eu te agradeço por ter nascido neste século e ver as maravilhas que nos tem revelado nestes dias”
Realmente as conquistas em todos os campos da atividade humana, quando consideradas a luz da bondade e da misericórdia de Deus, são coisas imensas...
Mas quanto mais avançamos em conhecimento, mais nos afastamos das verdade cristalinas do plano de Deus para o seu Reino.
No caso da igreja que frequentava, foi nesta época que os serviços prestados ao Reino através da mesma, eram voluntários e todos colaboravam em todos os serviços: Se evangelização, todos estavam la, prontos a providenciar, a fazer, a acompanhar, cada um tomando para si uma tarefa, alguns nas arrumações da igreja, outros nos folhetos, outros na preparação da literatura a ser entregue, nas organização dos roteiros, enfim cada um assumindo um cuidado e uma coisa, todos pensando nas almas que seriam alcançadas, e antes do inicio da atividade todos, inclusive as crianças, reunidos orávamos a Deus, implorando a sua orientação e o derramamento do Espírito Santo às pessoas abordadas e ou visitada. Éramos uma igreja, a alegria perpassava tudo o que era feito.
Isso foi há muito tempo atrás, logo depois, em concílio geral, a igreja implantou o sistema de ministérios, para os serviços das paróquias, dai a coisa posso dizer com todas as letras a coisa desandou, e é fácil deduzir a razão, basta ler em Efésios 4:11.
Começou por as pessoas “se acharem”, escolhidas para, afinal, não é o que está escrito?
Foi um tal de “Deus me escolheu para... e eu vou me dedicar a esse ministério...etc.
Dai em diante, cada um passou a cuidar de seu “Ministério” e zelar para preservar o seu “Dom” e a estabelecer características do tal ou qual Dom.
Eu professor desde sempre, por ter trabalhado na iniciativa privada e ter chefiado uma área de contabilidade de uma empresa, sempre fui indicado para ser um membro do “ministério de Administração”, superintendente da Escola Dominical? Nem pensar, ele não tem esse Dom, cheguei a ouvir da liderança...
E o Ministério de Louvor, esse acabou com o coral, que era uma coisa meio mecânica e ultrpassada, diziam alguns; o órgão foi vendido, contrariamente ao meu voto evidentemente vencido.
O louvor passou a ser o centro do culto, e tome cincoenta e tantos minutos de cantoria de vozes, algumas vezes esganiçadas (não sujeitas a criticas e ou orientação pois o que faziam era um Dom).
A pregação da Palavra foi relevada a mísero quinze minutos,
Ocorreu-me agora um determinado ano em que, para a comemoração do aniversario da implantação da igreja no Bairro, foi determinado que o templo necessitava de uma nova pintura, pelo menos as paredes.
Isso posto foi providenciado as tintas, pinceis, trinchas etc, como a verba existente era pouca, optou-se pelo velho e famoso mutirão...
A pintura iniciou-se graças a um (1) irmão em uma sexta-feira, e os demais que haviam se apresentado como voluntários, nem sequer passaram pela rua da igreja.
O trabalho ainda foi interrompido pela necessidade do ensaio dos levitas do louvor... ao que o irmão que realizava a pintura aproveitou pois havia trabalhado o dia todo e estava cansado.
No sábado logo cedo, o irmão que realizava o trabalho da pintura, iniciou os trabalhos imaginando que não poderia terminá-lo antes do horário marcado para a dita festa.
Não foi almoçar, sua esposa levou-lhe a comida que ele praticamente engoliu.
Por volta de uma hora da tarde, o referido irmão viu um vulto postado na porta da igreja, voltou-se e perguntou:
  • Pois não?, deseja alguma coisa?
Só então percebeu que era um garoto de no máximo uns doze anos, que vira a posta aberta e entrara.
O garoto perguntou em resposta:
  • O senhor esta pintando tudo isso sozinho?
Nosso irmão cansado e aborrecido com os inúmeros voluntários ausentes, lhe respondeu:
  • Não, meu filho estamos eu e Deus...
Para surpresa do irmão pintor, o garoto disse:
  • Senhor eu vou até em casa avisar minha mãe e volto rapidinho para lhe ajudar; e saiu corrento porta afora...
Pouco depois estava lá o garoto pronto a ajudar, e diga-se uma ajuda inestimável e providencial, o que permitiu com que o trabalho terminasse pouco mais de duas horas antes da “Festa”.
Quando o irmão mais o garoto recolhiam os materiais e davam os últimos retoques de limpeza e colocação dos banco em seus respectivos lugares; chegaram os “voluntários” para o ensaio do Louvor, que segundo ele naquela noite seria um Louvorzão...
O Ministro do Louvor – levita de boa cepa, segundo ele mesmo, ao ver o irmão pintor saindo dirigiu-se a ele com esta admoestação.
  • Senhor Gu... o senhor é membro da Administração e não pode faltar a reunião de hoje, tome um bom banho e volte ainda no inicio, afinal todos devemos louvar a Deus por esta data...
  • Eu não virei, pois estou estafado, não fora a ajuda deste garoto, o serviço nem terminado estaria, vou descansar... respondeu-lhe o irmão pintor.
Teve que ouvir ainda o Ministro do Louvor em tom de reprimenda acrescentar:
  • O senhor não pode deixar de vir louvar a Deus esta noite, que é muito especi...
O irmão pintor atalhou-lhe a fala e com o dedo em riste diante de seu nariz, acrescentou:
  • Eu estou louvando a Deus desde sexta-feira, e hoje desde a manhã, e com a ajuda deste garoto louvamos a Deus com o nosso trabalho até agora...
O garoto, cujo nome não me ocorre comentou a malcriação do homem que não sabia quem era despediu-se e foi embora, não sem ante ter sido convidado a vir a Escola Dominical no domingo.
O nosso irmão pintor, nunca mais viu aquele garoto, e até hoje se põe a pensar...
  • Quem seria aquele menino??
Ma até hoje vez por outra se lembra dele, que hoje deve ser um jovem de vinte e poucos anos ou até mais, e pede a Deus que o abençoe, na certeza de que se tiver filhos, estes serão seguramente como seu pai, prestativos, dedicados, e responsáveis como outrora fora seu Pai.
Pode parecer diferente, mas esta é uma verdadeira historia na vida do nosso irmão G... epa quase digo o seu nome...

Deus tenha misericórdia de todos nós.

Deem uma lindinha em suas Bíblias em Isaías capítulo 1

e saibam definitivamente que

V.D.M.I.Ae


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