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terça-feira, 6 de setembro de 2011

Dedicação incondicional, ou O que podemos aprender com os animais.

Oi gente, que por distração ou curiosidade, acaba abrindo esta blog e desperdiça seu tempo lendo sandiotices que ouso digitar por aqui.
Estou curtindo o aconchego de uma cama e cobertores quentinhos por culpa de uma gripe, ou sei lá o que me derrubou.
Me derrubou apesar de vacina da “melhor idade”, que ainda não entendi por qual razão,motivo ou circunstancia, estes milhões, digo bilhões de quilômetros rodados nesta linda, nave espacial, é classificado como melhor idade, talvez a mas sábia, a mais meditativa, a mais compreensiva mas a melhor? (veja Ec 12:1-8).
Mas neste compulsorecolhimento, entre espirros, e outros achaques; me pus a pensar na vida e me ocorreu as lembranças de meus cachorros.
Mas sou daqueles que nunca troca os amigos pelos animais, mas tenho ao meu redor cinco pássaros dois cachorros e um seiscentos peixes, afora os sanhaços, as saíras e os tiês que vira e mexe vem verificar como andam as minhas aceroleiras, as mangas, a pariparoba, além do sabias e dos bem-te-vis que aparecem vez ou outras para variarem seus cardápios com os meu peixes.
Com pessoa dodói, recolhido ao leito ( quentinho) no modorra do sono me ocorreu a lembrança da Tupai, ( eu explico o nome Tupa = raio; i = particula indicativa de diminutivo, logo, Tupai=pequeno raio).
Uma Pastor Belga, muito experta, com uma postura nobre, veja a foto acima, aprendeu logo, tudo o que foi ensinado: Ataque, defesa, atenção, imobilização, etc, etc.
A bem uns vinte e poucos anos atras estava eu recém mudado para esta cidade mais adoentado do que agora.
Viajando em uma febre resistente, enquanto meu irmão que havia vindo me visitar pé, voltou a sua casa para apanhar o carro para me levar ao hospital.
Na beira da sonolência, senti o halito quente no rosto, seguido de uma lambida fria...
Abri o olho e vislumbrei o vulto da Tupai (essa da foto ai em cima) ao meu lado, levantei-me acariciei sua testa.
Ela ficou ao meu lado, movendo sua cabeça para esquerda e direita, como quem procurava entender...
Deixei-me invadir pelo sono febril que começava a novamente me dominar, quando percebi que Tupai sairá do meu lado.
Qual não foi minha surpresa ao ouvi-la chorar ( alguns dizem ganir), mas aquilo era um choro langoroso e compungido.
Minha esposa veio correndo de outro canto da casa para se inteirar do que estava ocorrendo;Quando viu a Tupai chorando correu para o quarto assustada gritando :
--Benzinho...Benzinho...
Eu a repreendi:
--Fale baixo, por favor minha cabeça esta explodindo...
Em seguida pedi a ela que fosse procurar dona Maria, uma senhora vizinha nossa, conhecedora profunda de mezinhas caseiras, e lhe contasse o meu estado, a ver se ela me indicaria algum chá.
Resumo da ópera; após tomar o chá recomendado, em 15mim estava de pé e bem para poder partilhar da alegria da Tupai, fato esse percebido pela vizinha já citada:
– O que tem essa cachorra que não para de pular, perguntou D.Maria ao ver cachorra
Eu sabia. Estava feliz por me ver bom...
Tupai se foi, mas restou viva em minha memória sua dedicação, amor incondicional, proteção e alegria de ter partilhado os 15 anos de sua vida, com minha família.

Desculpem-me fazê-los desperdiçar tempo com as brumas de minha memória febril, mas fica aqui uma pergunta ainda surgida no enevoar febril:
Como seria nossa vida se pudessemos dedicar a Deus o mesmo amor incondicional que os cães tem por nós.
Caso você não tenha percebido ainda esse amor canino, com certeza você nunca teve um cachorro, ou o tem criado amarrado no fundo do seu quintal. Então leia Pv. 12:10.

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