Oi meus queridos irmãos, navegantes destas turbulentas ondas do oceano da web, que se detém vez por outra neste atracadouro das buscas-do-barão; espero que estejam usufruindo algo de proveitoso nas sandices que este velho professor, que vez por outra, escreve por aqui.
Estava nesta manhã a pensar, (coisa que as vezes provoca alguma dor de cabeça), quando me defrontei com a lembrança de um velho chiste.
A pilhéria surgiu muito clara na memória; eu a ouvi bem há uns sessenta anos atrás, dizia respeito a uma reunião ecumênica, que ocorrera em uma cidade de porte médio; na oportunidade que três religiosos aproveitaram para trocar idéias de como administravam o dinheiro que cada um recebia como dízimos e ofertas em suas respectivas igrejas.
No citado chiste, eram eles um católico, um protestante e um judeu; mas diante dos fatos de nossos dias eu vou trocar de personagens, até para não ser acusado de preconceituoso, vou situá-los no mesmo arraial. Serão eles um pastor de uma igreja protestante tradicional, de uma igreja pentecostal, e um líder neopentecostal.
Então lá vai:
“Em um congresso de avivamentos, num intervalo entre um louvor e outro, se encontraram três irmãos lideres de suas igrejas, e entre os assuntos referentes às suas atividades surgiu a questão de administração do dinheiro arrecadado em suas igrejas.
Diz o pastor de uma igreja tradicional, respondendo a pergunta que havia sido colocada:
--Irmãos eu adoto a seguinte forma de proceder, faço um círculo com giz no chão do salão de reuniões com cinco metros de diâmetro, me coloco bem no centro do círculo com todo o dinheiro nas mãos: então arremesso todo o dinheiro para cima; o que cair fora do círculo, eu uso para minha manutenção, da limpeza da igreja e o pagamento das contas necessárias, o que ficar dentro do círculo é usado para a evangelização, missões e outras atividades para propagação do evangelho.
O pastor pentecostal, disse logo a seguir:
--Interessante irmão eu uso o mesmo sistema que o irmão até mesmo a forma de destinar o dinheiro, o de dentro é para pregação do evangelho e outras atividades relativas a conversão das pessoas, a única diferença é que eu faço com o giz um círculo de no máximo dois metros de diâmetro, e dirigindo-se ao neopentecostal perguntou:
-E o irmão como faz com o dinheiro das ofertas?
Com voz calma e pausada, depois de um Aleluia, quase gritado, o pastor respondeu:
--Vocês meus irmãos estão gastando dinheiro de deus com coisas supérfluas, o giz, eu sou mais pragmático, não faço circulo nenhum, e também sou mais objetivo, eu explico; jogo todo o dinheiro para o alto, bem alto mesmo, o que deus segurar é dele o que cair é meu. Quando precisar pagar algo do templo a gente faz uma campanha especial...”
Perdoem-me a falta de caridade, nesta generalização, não tão generalizada assim; como diziam meus ancestrais: “Se non é vero, é bem trovato”.
Deus tenha misericórdia de nós, apesar de nós mesmos.
Saibam todos que por aqui passarem, que:
V.D.M.I.Ae.
Um barão ligeiramente hilário
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