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terça-feira, 29 de novembro de 2011

À luz do verbo de Deus, ou à do ego humano? dilema...


Boa tarde minha gente que busca a verdade em meio o caos religioso de nossos dias, são dezesseis horas (28/11) exatamente quando me sentei à frente deste teclado; tenho me embasbacado a cada dia, pois vejo as coisas rolarem com a força de uma torrente de água fora de seu curso arrastando e arrostando tudo e todos de maneira assustadora vejo enquanto escrevo a televisão apresentando casos de mortes provocadas por criminosos motorizados, bêbados, ceifando vidas de inocentes, usando carrões importados como arma e a nossa sociedade chorando, clamando, e esperando em Deus, pois esses criminosos de alta linhagem financeira pagam uns quantos reais, pouco importa se algumas centenas de reais ou milhões de reais, como fiança para aguardar o julgamento em liberdade, troco para seus patrimônios, e aguardarem um provável julgamento que deverá ocorrer nos próximos dez anos, até lá, em liberdade. As vítimas em sua quase totalidade, pessoas de baixo estirão econômico, trabalhadores de baixa renda, quase sempre deixando suas famílias à míngua de recursos; a clamar por justiça que se sabe- lá, quando irá socorrê-las.
Vejo vereadores concederem a si próprios aumentos salariais da ordem de vinte e cinco por cento ou mais, em uma reunião de alguns minutos, enquanto funcionários recebem de cinco a oito por cento de aumento, com a justificativa de que valores maiores irão impactar as contas governamentais negativamente... Então ta...
Vou colocar logo aqui abaixo um escrito de nosso grande homem Dr. Rui Barbosa; escrito esse que a cada dia que se passa nesta emporcalhada sociedade, de tão poucas e parcas exceções que não me acanho em reproduzi-lo:
De tanto ver triunfar as nulidades; de tanto ver prosperar a desonra, de tanto ver crescer a injustiça. De tanto ver agigantarem-se os poderes nas mãos dos maus, o homem chega a desanimar-se da virtude, a rir-se da honra e a ter vergonha de ser honesto.” Rui Barbosa. (Os grifos são meus)

Só não chego a ter a vergonha da honestidade graças à educação e dos valores que meu saudoso pai gravou de forma indelével, em mim, não por arengas, mas por exemplos de conduta, de fé em Deus, valores morais e éticos que não nos falou, mas mostrou em sua vida, em sua conduta pessoal.
Nossa sociedade está impregnada do eu de tal maneira, que sequer o respeito no núcleo daquilo que outrora era a família, em nossos dias é observado.
E isso perpassa para todo o tecido social, o Eu é o moderno deus, senhor de todas as presenças, que demonstra claramente que o EU é um mal antigo.
Tinha eu uns doze anos pouco mais ou menos, quando presenciei um dialogo que irei transcrever, graças a Deus, tendo já percorrido um total de uma fantástica quilometragem a bordo deste planeta, da ordem de 67.503.240.000 quilômetros percorridos a bordo, ainda me socorre claramente a memória:
O senado federal se localizava no Rio de Janeiro; meu pai, funcionário da então EFCB- Estrada de Ferro Central do Brasil, fazia então estagio na Estação Brás –Largo da Concórdia-SP, de onde partiam os trens à então Capital federal do Brasil - Rio de Janeiro.
Certa tarde, o trem de aço, composição moderna uma linha expressa entre S.Paulo, Capital e a capital do Brasil, usada pelos Senhores Senadores. 
Quando o Chefe da Estação do Brás, o Sr. Pariolli, se bem me lembro, notou que o trem expresso para o Rio já estava atrasado e ainda parado na plataforma, chamou o chefe da composição e o inquiriu a razão de ainda estar parado, pois devia ter partido a cerca de dez minutos, obteve a resposta de que:
-O Senador “fulano” ligou para estação e solicitou que eu retivesse o trem.
Pois iria chegar atrasado
Ao que o chefe Pariolli, apanhou o apito e usando a bandeira de partida, ordenou a saída da composição...
O chefe da composição, correndo apanhou o trem andando, alegando que ele seria o prejudicado...
O trem já estava se afastando da plataforma, quando entra o referido senador a passos largos porem sem pressa e grita:
-Parem esse trem... Parem esse trem...
O Sr. Pariolli, acenou sua bandeira ordenando que o trem continuasse seu movimento, quando foi abordado pelo senador com o dedo em riste e vociferando:
--O senhor sabe quem sou eu?  Com o rosto vermelho de íra.
O chefe da estação do Brás, mui calmamente, se voltou para o Senador e com a voz mais calma respondeu: (perdoem-me a crueza das palavras, mas vou reproduzi-las integralmente)
--Um “bela merda” (*), de um funcionário público como eu, com uma diferença, eu fiz concurso público... Sua excelência está funcionário público graças ao voto dos incautos de curta memória. Dito isso se retirou para o escritório.
Digo de passagem, ninguém foi punido por esse episódio, e o trem para o Rio não mais saiu atrasado.
Esse episódio se ocorrer em nossos dias, com certeza o funcionário seria punido com uma remoção para um posto o mais longe possível.
É desanimador, cansativo e arrasador, não só no campo da política, no campo das atividades reguladoras da sociedade, as carteiradas e os famosos, encobrimentos de sevandijas, os acobertamentos de desvios de toda ordem, até mesmo no campo da religião institucional, aonde os ditos representantes de Deus, “quo usque tamdem” se locupletam em uma sociedade aparentemente ilustrada, mas onde o índice de analfabetos funcionais, propicia campo fértil para o manuseio de frases de efeito, e ou afirmações que encontram no oportunismo e na ganância.
“Francamente, não vejo como é que nós possamos dar um verdadeiro passo à frente no domínio de nossas dificuldades pessoais nacionais ou internacionais, enquanto não houvermos compreendido que cada um de nós é apenas uma peça individualizada num conjunto universal, e que, como parte desse conjunto, cada um de nós tem que viver para o seu semelhante. Isto significa, esta claro, pura e simplesmente dar, e invés de apenas procurar satisfazer o interesse próprio...
...e eu tenho hoje a convicção crescente de que, por trás dessas diretrizes que nos soam tão simplórias – “Amar a Deu” e “Amar o próximo”- se encontram leis de tremendo alcance e efeito, capazes de funcionar em acordo harmonioso conosco, tão depressa saibamos ser humildes o bastante para nos colocar na sua dependência
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O mundo anda tateando nas trevas, em busca de alguma coisa que esteja para alem dos interesses materiais.
O mundo quer religião, necessita dela; porem mais do que tudo, creio eu, necessita saber formular em novos termos a religião, de alguma coisa capaz de elevar esta bela instituição acima de intrincadas definições e rituais, pondo-a a um nível de tanta simplicidade e utilidade como, por exemplo, as funções respiratórias.
Ao cabo de contas viver divinamente é coisa bastante fácil – se antes disso aprendermos a simplificar nossa existência.”
. – Por Mary Pickford (* 8 de abril de 1892- +29 de maio de 1979) famosa estrela do cinema em “O que significa para mim a religião” – Seleções do Readers Digest – Novembro de 1947

Mas o EGO e a ganância, o individualismo, os valores invertidos, ter é melhor do que ser, que inclusive atingem as igrejas, através de teofilosofias , pois teologia é que não pode ser, de prosperidade, de condicionamento do sobrenatural aos interesses humanos.vou abrir um espaço para perpetrar uma idéia que me ocorreu já a um bom tempo atrás que resultou em discussão com um pastorastro; (Deus o criador, não é e nunca foi sobrenatural, bem como nenhuma de suas atividades podem ser ao meu entender sobrenatural, Ele atua na obra de sua criação, nas leis físico-químicas por Ele criadas, mui naturalmente e segundo a sua misericordiosa soberania.).
Em que pese todo o avanço tecnológico, necessitamos mui urgentemente um retorno a uma simplicidade exposta nos textos do Novo Testamento, que por sua natureza anulou o Velho, não revogando a Lei antiga, pois se anulada a lei, como poderiam ser julgados aqueles que debaixo da mesma viveram?
Cristo, judeu de nascimento por parte de Maria cumpriu integralmente a lei, legando-nos um novo testamento na Cruz do calvário firmado com seu sangue e com sua declaração de: Tudo esta consumado, em outras palavras, Completado, findo.
Devemos nos perguntar se é através dela a fé que alcanço a misericórdia de Deus e sou feito seu filho pela adoção através de Cristo, qual a razão pela qual esses sevandijas modernosos se dedicam a mercancia da fé, do milagre, de fatos meramente humanos?
Não há motivos tão escondidos assim, eles querem ter o maior ministério, querem se vangloriar de terem maiores numero de seguidores, querem abrangem maior número de pessoas com suas figuras querem construir os maiores templos, em suntuosidade, em número de pessoas sentadas, querem mostrar seus poderes com novidadismos, enfim querem seus egos inflados, são surdos, cegos e refratários a verdade da simplicidade com que Deus não só criou o universo e tudo o que nele há, com a utilização das coisas mais simples, por isso mesmo muito complexa ao homem, as partículas e os átomos, que compõe tudo neste universo e a fé.
Sim a fé uma força incomensurável e poderosa, tanto quanto a força da gravidade, que não se vê e que obedece a lei que reza que  Duas partículas se atraem com forças cuja intensidade é diretamente proporcional ao produto de suas massas e inversamente proporcional ao quadrado da distância que as separa”. e que mantêm todos os astros, estrelas, e planetas se movimentando harmoniosamente há séculos, assim como a fé nos mantém próximos e gravitando ao redor de Deus.
Qual a razão, motivo ou circunstância, para não usamos o projeto KISS* nos assunto de religião?
Ah! Tá! sei, não dá dinheiro e nem prestigio...
(*) Keep It Simple, Stupid.                                               

Mas simplesmente saibam e tenham como, certo e verdadeiro:
V.D.M.I.Ae.

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