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terça-feira, 15 de abril de 2014

Lições que a memória não nos deixa esquecer...



Fui questionado de viva voz, no tocante a veracidade das duas publicações anteriores, evidente que não gostamos de certos questionamentos, mas compreendemos a duvida porventura suscitada.
Meu interlocutor colocou a coisa em termos de “jura que os fatos ocorreram”, lhe respondi, não é meu costume desde muito tempo jurar por o quê quer que fosse; meu costume sempre foi fazer o que aprendi de meu pai, dizer: Dou-lhe a minha palavra de honra, e se isso não lhe basta, lamento muito.
Mas dessa conversa surgiu outro fato ocorrido já há uns vinte e poucos anos atrás, contou-me um amigo professor:
Disse-me ele, recentemente passei por uma experiência muito impactante no que diz respeito à profissão que temos.
Certa amanhã, nós   osprofessores da escola Dib Audi, ali em Campo Limpo, tínhamos que cuidar dos alunos durante o recreio, coube-me o ajudar na fila para receber a merenda escolar.
 A fila estava concorrida de tal maneira que uma garotinha do segundo ano tentou furara-la, na minha função fui até ela e lhe fiz ver que não era necessário furar a fila, e que isso não era muito honesto com os demais coleguinhas e com tato a conduzi até o final da fila aonde ela ficou resignada. Até aqui nada demais.
Alguns dias depois estava eu na famosa fila do banco, para receber o minguado salário e pagar as inevitáveis contas, quando aquela garotinha que tentara furar a fila, veio até mim dizendo:
-Professor, minha mãe está la na frente e me mandou dizer que se o senhor quiser ela pode sacar o seu cheque.
Naquele momento quase atendi a gentileza, mas lembrei-me que teria que conversar com o caixa sobre um problema de minha conta corrente e então agradeci a garotinha e abanei a mão em Agradecimento para a mãe que olhava então em minha direção..
Passado isso, alguns dias após, ao entrar na sala de aula, a já citada garotinha se levantou e pediu licença para falar:
-Pedi que aguardasse a chamada; terminada essa burocracia chamei-a e dei-lhe a palavra, julgando que fosse falar para a classe, mas ela, se dirigindo a mim e a classe a um só tempo disse:
Professor, obrigado pelo senhor não ter furado a fila do banco, minha mãe quando me mandou falar com o senhor, eu disse a ela que isso era furar a fila e que o senhor não iria fazer, mesmo assim ela me mandou, eu apostei com ela que o senhor não iria furar a fila, pois o senhor é contra e acha isso desonesto. Eu ganhei a aposta, obrigado professor...
Após comentar isso comigo o professor, ponderou comigo.
-Pois é professor Guaracy, foi aí que eu vi que nossa profissão não é meramente ensinar conteúdos, mas é ensinar a viver... Naquela hora em que essa garotinha dizia aquelas palavras na frente da sala cheia, eu me senti muito mal, pois se não fora o problema a ser resolvido pessoalmente no caixa eu teria entregado o cheque para aquela mãe receber, e teria destruído toda uma lição de respeito e civilidade na vida daquela garotinha...
Ponderei com o professor que toda a nossa vida, quando nos somos professores e  seguidores do Caminho de Cristo, tem que ser assim, buscando sempre ensinarmos a todos com nossa vida em exemplos diuturnos não só aos pequeninos, mas a todos que nos cercam.
Eis aí uma das razões pela qual a nossa Pátria está  em uma derrocada, não só econômica, mas moral igualmente; aqueles que nos representam, mentem descaradamente, se locupletam em negociatas e conluios escusos, achando que a coisa é publica, portanto de ninguém, fazendo negociatas e ou trocando benesses para votar coisas de interesses do povo.
O que se diz dos políticos aplicasse muito mais rapidamente aos lideres religiosos de nossos dias, tanto no arraial da reforma evangélica de qualquer nome como igualmente ao arraial católico romano. O mesmo se aplicam a muitos pais que com seu comportamento perpetuam a iniquidade em suas famílias.
Uma lástima que a coisa esteja assim; estamos necessitados de um novo pacto social aonde a moral e bons costumes sejam valorizados e não de reformas políticas de interesse desses que aí estão flertando com a democratura bolivariana.
Se o exemplo vem de lá de cima, como queremos nós que os daqui debaixo se comportem bem?
Comece uma reforma do mundo, reforme a sua vida consoante o caminho de Cristo... isso é fácil?   Não, não é, e ira exigir muito sacrifício e desagradar muitas pessoas, pois quando o sal atinge uma ferida exposta, costuma arder e queimar, não peça aos outros que mudem, comece por você que esta me lendo.

E saiba que isso é um exercício duro, exasperante e cansativo, exige dedicação e perseverança, e firmeza, e assim que iremos trilhar o caminho da santificação.  É somente assim que iremos testificar que Cristo é o Senhor e se sacrificou por nós, o resto é religiosidade.
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E saibam todos que:
V.D.I.M.Ae;

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