Oi
gente! Ca está o velho de setenta e três órbitas terrestres
percorridas a escrevinhar novamente. Li a pouco um comentário dos
solertes, falaciosos, corajosos da escuridão, os valentes e
valorosos absintados e tão fecundos em multiplicação assexuada o
indigitado “Anônimo”.
No
caso em causa (isto dá música, saca o ritmo!) o absintado comentou
o assunto com um sucinto “Por que não te calas”, nem original
foi o dito. Está a tomar emprestado do Rei de Espanha a fala que
dirigiu ao falastrão e sonhador Chaves, não o personagem da TV, e
sim ao pernicioso sonhador Bolivariano, já entregue aos vermes; bem
deixa isso de lado e vamos ao crime, digo ao caso.
Apesar
da caduquice que me querem impingir, dada a quantidade de órbitas
percorridas, quero deixar claro que a bondade e misericórdia de Deus
me permite trazer viva a memória coisas dos tão longínquos anos da
infância, pois a ler esse tal “por que não te calas” Veio-me a
memória uma narração, se ocorrida ou criada pela capacidade
imaginativa não sei, mas que passo a narrar a seguir:
"Um
jovem repórter visitando um determinado país, em uma tarde ao
passear pelo centro do burgo visitado notou um jovem que de sobre uma
caixa, falava em alta voz para quem pudesse ouvir, exortando-os sobre
a necessidade de mudança de hábitos pouco recomendáveis, que a
população do lugar mantinha.
O
jovem turista, que compreendia a língua nativa, quedou-se por um
tempo a observar a cena, não deixando de notar que muito poucos dos
que cruzavam a praça, notavam o rapaz no afã de exortá-los á
necessária mudança de hábitos para a obtenção de uma vida melhor
em comunidade; a grande maioria passava batido sem tomar conhecimento
da sua existência.
Passadas
quase duas décadas desse fato, o agora mais maduro repórter por
força de seu serviço, retornou àquele país e aquela mesma cidade.
Instalado no hotel lembrou-se do ocorrido e decidiu ir à mesma praça
ver como andavam as coisas.
Qual
não foi a sua surpresa ao se deparar com a mesma pessoa de décadas
atrás sobre o que lhe pareceu à mesma caixa, a desafiar a mesma
fala, com os mesmos chamamentos a mudança de hábitos, causou-lhe
espécie que decorrido um tempo razoável aquele ontem jovem hoje uma
pessoa mais madura, persistisse na sua arenga.
Dirigiu-se
ao rapaz e o indagou, explicando-lhe o motivo.
-Me
perdoe há dez anos, pouco mais ou menos, uma tarde eu passei por
esta mesma praça, e parei para ver sua atitude de chamar a atenção
de seu povo para mudança de hábitos, e estou admirado de que
passado tanto tempo, me permita dizer, você ainda esteja a chamar a
atenção, deles, parece-me que não surtiu resultado. Como você
explica isso?
Obteve
como resposta:
Meu
senhor, esse mau costume do meu povo, é muito pernicioso e que por
força de indiferença ninguém quer mudar, e eu estou fazendo essa
pregação como a única maneira de manter-lhes atentos para que
devam modificar, e meu senhor pense bem, se eu um dia me calar, eles
terão vencido e a verdade terá perdido a batalha, eis a razão pela
qual eu não me calo e não me calarei enquanto tiver forças."
O
reporter partiu dali para seu trabalho, mas guardou uma lição
inestimável:
Se
nos calarmos diante da injustiça, da aleivosia, da mentira, da
artimanha,da falácia, ainda que tenhamos que falar por anos a fio
incansavelmente, ainda que não nos ouçam, se calarmos eles os
sevandijas, sacripantas e toda essa caterva, que hoje subverte a pura
Palavra de Deus, eles ganhariam, e por um tempo finito,
pois ainda que tarde, o dia do juízo virá; e ai então, você oh!
Corajoso “Anônimo” verá e saberá por qual razão, motivo e ou
circunstancia, não nos calamos, e enquanto pudermos continuaremos a
falar... gostem ou não os sevandijas.
E
saibam todos os que se escondem na covardia do Anonimato que:
V.D.M.I.Ae.
Deus
possa ter misericórdia de todos nós apesar de nós mesmos.
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