Oi meus caros irmãos e leitores por esta linda nave espacial
que dizem, “a vinte e um chega e de vinte e dois não passa” segundo os Maias,
cujo fim do mundo de sua civilização ocorreu há já um tempão atrás, intrigante
isso, não acham?
Enquanto o dia não chega, e olha que falta pouco, vamos
levando a nossa solerte vidinha como Deus manda e o capiroto não gosta, ou
seja, não vamos dar oportunidade ao mundanismo e ao ufanismo e a
exploratividade desse mundo que chamam de gospel.
Desde o dia l4 próximo passado, venho espremendo a mufa (1),
para continuar a publicar estas coisitas que por aqui ouso expor, mas minha
massa cinzenta alaranjada estava mais para vácuo espacial do que depósitos
criadores de ideias.
Tenho dado uma olhadinha no meu Blog do Barão e me assustado
com um negocio chamado estatística, não consigo atinar com os números ali
expressos e com os lugares onde este espaço tem alcançado a maioria ali no
hemisfério norte. Nos Estados Unidos da America acredito que foi a bondade e a gentileza
do irmão Hermes que deixou ali umas sementinhas de leitores que ainda hoje continua
há despender algum tempo para ver o que este provecto de 73 e um doze avos de
órbita, está a ousar publicar, mas e na Rússia, na Croácia, na França, em
Portugal, Japão e em Israel? Bem, isso
me espanta e me assusta a bem da verdade já exige de mim um cuidado maior no
tocante a fé, pois cuido de que com as minhas sandices, ninguém venha a se
desviar do caminho da prosperidade verdadeira que é o viver com Cristo no
caminho para obtenção do galardão da ressurreição para a vida eterna.
Mas vamos deixar de lero lero, e vamos ao que me fez apanhar
esta máquina e começar a escrevinhar:
Com a cabeça e ouvidos martelados por essa tal da
prosperidade, dessa fidelidade a deus que exige que eu dê o melhor de mim pro
pastorastro e seus sequazes, e aproveito para perguntar, Aonde esta o
Ministério Publico que não enquadra esses safados, em exploração da boa fé, de
promessas que não podem cumprir que não examine suas vidas pregressas no
tocante a seus enriquecimentos astronômicos em tempo recorde, quando vamos
acordar???
Mas eu vim aqui para falar de prosperidade, sim essa que nos
é dada por Deus, o verdadeiro.
Quando me transferi para São Vicente, tive que me transferir
com meus animais de estimação, dois cachorros, a Tabata uma Fox paulistinha e a
Tupay uma pastor Belga, mais meia dúzias de galinhas mais o Ximbica, uma
galinho muito do enxerido e um casal de marrecos.
Levamos algum tempo para vencer o mato do terreno, mas conseguimos
plantar um limoeiro, uma figueira, um maravilhoso e fecundo maracujá que nos
forneceu suco para todos os dias desde a primavera e todo o verão.
Certo domingo pela manhã estava improvisando um tanque com
alguns tijolos e um grande plástico para que os marrecos pudessem se refrescar
no dia prometido de calor, quando tendo enchido o referido tanque e estava
apreciando os marrecos se esbaldando na água fresquinha, percebi que havia
alguém no portão, apreciando a cena.
Na época, conhecia apenas os vizinhos próximos, mas me
dirigi ao portão para apurar o que queria aquele senhor.
-
Bom dia, pois não.
Bom dia me respondeu o senhor, acrescentando, eu sou
testemunha de Jeová e estava aqui para lhe falar disso, mas ao ver essa cena
fiquei apreciando.
Acrescentou ainda, eu nasci aqui neste bairro e por aqui fui
criado, este seu terreno, nunca deu mais do que mato, fraco e rasteiro, mas
quando parei aqui no portão estou vendo, ali uma figueira com bonitos figos, e
o pé de maracujá que lindo. Vi também quando o senhor estava terminando de
encher o tanque e vi a alegria dos marrecos e sua ao vê-los nadando.
Eu pretendia falar das bênçãos de Deu na vida da gente, mas
conhecendo o local como conheço e vendo tudo isso que aí estas plantas bonitas
e seus animais e a alegria dos marrecos, pensei:
-Para esse senhor não tenho que falar das bênçãos de Deus,
ele já as tem e fiquei quieto aqui apreciando, o senhor me desculpe, mas o que
eu posso lhe dizer é que Deus continue lhe abençoando, vou lhe deixar esta
revista.
Estendeu sua mão com um exemplar da A sentinela, que eu
apanhei e antes que pudesse dizer qualquer coisa, ele se despediu e continuou
seu caminho com um:
Bom domingo, meu irmão, sequer me deu tempo de dizer-lhe que
eu era evangélico.
Já se passaram algumas dezesseis órbitas terrestres e nos
tornamos vizinhos sinto eu, especiais, seus dois filhos então bem crianças,
hoje passam por aqui já dois jovens fortes, educados e respeitadores, junto com
seus pais, quase com metade da estatura dos filhos, e trocamos cumprimentos,
com muita frequência, acompanhados de: “Deus lhe abençoe”.
Nesta caso creio que:
“Se eu der testemunho de mim
mesmo, o meu testemunho não é verdadeiro.
Outro é quem dá testemunho de mim; e sei que
o testemunho que ele dá de mim é verdadeiro.” Jô.5
Eis ai minha visão da prosperidade que Deus nos dá,
prosperidade são as pequenas coisas, minhas plantas meus animais, hoje são
peixes lebistes reticulatus e carpas em
dois tanque três representantes da raça canina, minhas calopsitas e meus
strildas afora os sabiás que me visitam toda tarde, o tié que vem conferir as sementes das minhas
caapebas (pariparoba) e conferir e me avisar quando minhas bananas nanicas e
maçãs estão prontas para a colheita, com quem, depois, divido as frutas; o cambacica que tem a ousadia de adentrar pela
casa até os quartos, as rolinhas "caldo de feijão", assíduas frequentadoras de
minha sala de estar, afora as mangas Kate suculentas e saborosas, os tomates,
as amoras as pitangas e os figos que além de me servirem de alimento isentos de
agrotóxicos, divido com todas essas criaturas aladas que buscam refugio em meu
pedaço abençoado de terra.
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