Oi minha gente, que consome seu
tempo a ler estas sandices, de um aposentado cujo único sonho nesta caminhada
final de vida, que quase foi ceifada
dias atrás por um possível pobre
coitado escravizado por Traficantes
impunes desta sociedade, cada dia mais podre.
Qual na verdade é o meu direito
assegurado pela sociedade, entendam-se
governos desta terra brasilis?
Depois de muita angustia curtida
após ver o cano de revolver voltado para minha cabeça, afora a noite insone dos
dias posteriores, e de muito revisar
a minha ignorância.
Depois de ouvir muitos falarem
sobre os direitos dos nascituros, o direito das crianças, dos jovens e
adolescentes, dos efeminados e
masculinizados, e das pessoas que como eu chegaram à idade provecta de setenta
e poucos, ou muitos anos, como queiram.
Entendia eu que teria o direito
ao um mínimo chamado “Respeito”, latinistas não traduzam por “coisas do peito”,
mas por Apreço, consideração, deferência, etc.
Mas tenho descoberto que nem isso
ou nada disso nos é garantido, mesmo que conste de um código de defesa do
idoso.
No pátio de uma escola e em suas
dependências, onde compareço para buscar minha neta na saída das aulas; o que
mais ouço até mesmo de meninas é:
-Vatomarnoc..., Váaputaqueospari.,
Filhodaput...(marafona), Porr...,Corn...,Caralh..., e isso tudo é dito com uma frequência
e desfaçatez inimagináveis, ah! É bom que se diga,não estão brigando, e sim em
uma conversa amistosa.(me perdoem a crueza das palavras aqui expostas)
Descobri, hoje com muita clareza,
que eu tenho um direito inalienável, insofismável, indiscutível, um direito
pétreo, que código algum pode revogar, tribunal algum, seja de instância que
for, pode revogar e ou me negá-lo.
Afinal precisei viver setenta e
quatro anos para ter um revolver apontado para minha cabeça em troca de um
dinheirinho que se for menos que trinta reais me levaria à condenação sumária a
pena de morte inversa, e para descobrir que afinal eu sim um brasileiro, que se
esfalfou durante trinta e sete anos, dos quais quinze como professor, sim eu velho cutruca descobri afinal o meu
direito é :
O
“JUS SPERNIANDIS”
Esse direito ninguém me tasca,
vou viver meus últimos anos neste mundo de Deus
esperneando, afinal desde sempre fui um protestante de formação
religiosa.
A única coisa em tudo isso, que
eu sei é inelutável, imutável é:
V.D.M.I.Ae.
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