Tenho ultimamente visto a
celeuma, levantada em todos os meios de comunicação, que uma comunidade,
minoria por sinal, quer enfiar goela abaixo, da sociedade, principalmente da
igreja, suas idiossincrasias como se fosse a mais lapidar verdade, que assim,
devem ser aceitas por todos os demais.
A não aceitação de tais conceitos
faz com que essa minoria se arvore e faça tal barulho acusando a todos como retrógrados,
energúmenos, e dotados de preconceitos, que devem ser fulminados a todo custo.
A palavra da moda nada mais é do
que algo despido (ops!) de sentido, vejamos homo+fobia, com o significar creio
eu em minha “ingnorança”, não aceitar e ou ter medo (fobia é isso.) de pessoas
do mesmo sexo, ou jovens alegres (gays) ora vejamos:
Eu tenho filhos homens a quem amo
como é óbvio, tenho amigos que os guardo no coração com um grande amor
(fraterno), converso com homens de nossa vizinhança, não temo a nenhum deles,
tenho alguns conhecidos que não heterossexuais sabidamente, nem por isso os
maltrato e ou deixo de conversar com eles, que por respeito não tentam impingir
a mim suas preferências, houve mesmo um que trabalhava sob minhas ordens, que
em determinada ocasião me procurou, se declarou gay e que nutria por mim certo
amor.
Conversei com ele, declarei-lhe a
minha opção hetero, e que nada podia ser diferente.
Na oportunidade, ele caindo em si
julgou que por aquela conversa eu o mandaria embora do serviço no dia seguinte,
tendo externado esse entendimento.
Acalmei o dizendo que ele até
então era muito bom funcionário, cumpridor de seus deveres e afazeres, não
havendo razão para tal temor, pois, como responsável na empresa me interessava
essas qualidades, que nada tinha a ver com a opção de vida que ele havia
escolhido.
O rapaz trabalhou sob minhas
ordens por mais três anos, quando pediu demissão em razão de uma oferta melhor
de salário. Na oportunidade da sua
despedida, se referiu a minha pessoa como alguém da maior respeitabilidade e
humanidade, pois em momento algum tivera eu feito ao longo dos três anos
qualquer diferença em razão do que ele havia declarado anteriormente.
Nada fiz de excepcional, a não
ser tratar a todos com respeito humano, fosse qual fosse sua cor, suas tendências
políticas e ou escolhas pessoas em qualquer nível de suas vidas.
Como professor, certa feita preparando
juntos com meus alunos de sete/oito anos uma atividade de integração e
sociabilidade utilizando da técnica de teatro educação, dividindo os alunos em
grupos, fazendo uma proposta para criação de situações de acontecimentos
cotidianos, explicando que eles deveriam discutir no grupo e criar o que iriam
representar, apresentando os recursos que iríamos utilizar, tais como roupas,
apetrechos, e material para, se julgarem oportuno, tintas de maquiagem teatral.
La pelas tantas, ouvi um grupo
que discutia mais acaloradamente, me dirigi a eles e pude ouvir um aluno que
dizia com alguma repulsa que:
-Não, eu não vou me pintar de
jeito nenhum, eu sou homem e não sou maricas.
Interferi dizendo que: O uso das
tintas de maquiagem não era obrigatório, que cada um poderia se sentir a
vontade.
Aproveitei a oportunidade para
mostrar imagens de cenas teatrais, fotos de índios, neste caso explicando que
nas tribos brasileiras, normalmente são os homens que se enfeitam com plumas e
ou pinturas coloridas, não ficando por isso menos homens.
Enquanto fazia essa explanação,
um garoto interferiu dizendo:
“Eu não tenho vergonha de me
pintar, eu sou gay”...
Chamei a atenção novamente para o
fato de que a pintura do rosto ou dos braços nada tinha a ver ser isto ou
aquilo, que isso é uma característica para a representação.
Após a aula, me dirigi à direção
e a orientadora, expus o ocorrido que havia registrado no diário de classe,
neste sem identificar os alunos, e após discutirmos a afirmação do último
interveniente, decidimos por convocar os pais para uma troca de ideias.
O garoto que se declarara gay,
não tinha pais, um deles o abandonara na casa da avó e outro por circunstâncias
de envolvimento com drogas tinha recentemente sido assassinado.
-Eu, a direção da escola, uma
psicóloga e a orientadora pedagógica, quando da conversa com a avó narrando o
ocorrido com a avó, lembrando que aquela não era padrão para uma criança ter
opções sexuais, a esta ouviu atentamente toda a explanação do ocorrido.
Ao falar se expressou logo no
inicio com as seguintes palavras:
“Eu sabia que isso não resultar
em boa coisa.” Acrescentando que recentemente recebera em sua casa um sobrinho
que viera do Rio de Janeiro, onde estava sofrendo pressões e ameaças por estar
envolvido inclusive com drogas.
Não conhecia o tal sobrinho até
então, e quando da sua chegada percebeu sua homossexualidade, e que desde então,
ele, o sobrinho tinha se tornado muito próximo desse seu neto, e nos informou
que iria tomar uma atitude; não nos declarou qual seria, e nós igualmente não
lhe perguntamos.
O assunto não foi mais ventilado
na classe, mas pudemos no acompanhamento dos alunos, notar a mudança de
comportamento do referido aluno, inclusive participando de todas as demais
atividades de forma regular e normal.
Como permaneci, por dez anos no
mesmo colégio, pude ver nesse tempo, o garotinho se tornar um rapaz requestado
pelas moçoilas e se tornar um solerte namorador, há não muito tempo atrás,
conversando com colegas que continuaram no mesmo colégio depois de minha
aposentadoria, soube que ele havia constituído família e estava participando de
um projeto na escola em que estudara.
O segundo caso, quando acordado
no inicio da madrugada de muito mau humor, me deparei no portão com uma amiga e
colega em pratos, acompanhada do esposo, que se não chorava estava arrasado.
Meu primeiro pensamento ao abrir
o portão para que entrassem, era o fato de seu filho único ter sido vítima de
um acidente e ou uma violência qualquer.
Uma vez em casa, providenciamos as
famosas mezinhas calmantes, e iniciamos uma conversa, que para a minha amiga,
vou chama-la de Magda, parecia tão difícil falar.
Perguntou-me se lembrava de seu
filho, após afirmamos que era óbvio que sim, e questionado o que ocorrera, e de
que forma poderíamos ajudar.
Magda entre um choro convulsivo
nos contou que seu filho já há alguns meses tinha ido embora de casa, com a
desculpa de ir passar férias na casa dos tios em outro estado.
-Até ai tudo normal, disse eu,
mas qual a razão por querer ficar por lá e não voltar para retomar seus
estudos?
-Magda me afirmou que era esse o
problema, a razão foi que ele procurou seus tios para lhes expor o fato de que ele
estava sentindo atração por garotos, e isso estava lhe deixando desorientado;
dito isso o choro de Magda e agora acompanhado pelo marido se tornou mais forte
entremeado da palavra: - Veja no que meu filho se tornou...
Pedi que tivessem calma e me
contassem desde o principio tudo, como quando ficaram sabendo, e o que sua
irmão estava fazendo e ou entendendo desse
caso.
Passado um lapso de tempo, já mais
acalmados, me contaram que para a tia, o garoto contou que estava tendo um
problema, um corrimento de sangue logo abaixo do escroto.
A tia levou o garoto a um médico,
que constatou que o menino, tinha além do órgão masculino, com pênis, saco
escrotal, no qual se alojavam duas gônadas atrofiadas, e para sua surpresa,
internamente, possuía órgãos femininos, como ovários e útero e uma vagina com
uma pequena, muito pequena abertura para o exterior do corpo, logo abaixo do
saco escrotal.
Depois desse diagnostico é que a
irmã comunicou à Magda e ao pai, que entraram em um torvelinho de emoções que
os levaram a me procurar em meio da madrugada.
Passamos então a conversar, e a
orientar na medida do possível, que isso não era um caso tão comum, mas ao
mesmo tempo nada para o desespero total e absoluto, constatei que o garoto, até
então estava sob cuidados de uma universidade na capital do estado com um grupo
multidisciplinar e que o caso iria ser tratado absolutamente sem custos para a família.
Depois de muitas conversas e
orientação de que entregasse suas angustias a Deus, e que entregasse igualmente
os profissionais que cuidavam de seu então filho, que deixasse que ele ficasse
lá longe, que evitasse conversar sobre esse assunto com mais pessoas, nem mesmo
com parentes que tinha por aqui.
Já se fazia manhã, o que nos ensejou tomar um
bom café da manhã juntos.
Como Magda estava por se
aposentar, disse-lhe que quando isso ocorresse mudasse para a capital desse
estado para poder estar ao lado de seu filho.
Após um tempo, mais ou menos uns
cinco meses após essa madrugada, recebi a visita de Magda e seu marido, agora
numa tarde ensolarada de um sábado, agora mais calma e alegre, igualmente seu
marido mais descontraído.
Sentamo-nos para um café da tarde
acompanhado de um saboroso bolo que ela trouxera, quando então fique ciente do
andamento do caso:
Contou-me ela que a equipe
multidisciplinar, depois de uma enorme bateria de exames, físico, psicológico,
de DNA, chegara à conclusão de que se tratava de uma mulher, com características
externas de um aparelho reprodutor masculino mal formado, mas o DNA era
feminino, e que haviam já há algum tempo dado a autorização para o tratamento cabível.
Informou-me a Magda que inclusive
os níveis hormonais, eram mais femininos do que masculinos, fato esse ao que me
pareceu, o que desencadeou no então menino a confusão que lhe fizera procurar
seus parentes lá de longe.
Seu filho em pouco mais de
algumas semanas iria se submeter a uma operação para o retirado do órgão mal
formado e inútil, e submetido a uma operação mais simples para conformar a
abertura maior da vagina, que segundo ela informou, sob a pequena abertura era
de conformação perfeita.
Magda quando de sua mudança, me
visitou mais uma vez, choramos e rimos juntos todos nós, com a informação de
que tudo dera certo, agora ao invés de um filho tinha uma linda filha.
Orei com eles que se foram embora
alegres e felizes.
Passado um bom tempo, recebo um
telefonema me dando ciência de que Magda havia falecido, durante a conversa,
soube que ela falecera aqui em minha cidade, onde ela vivera toda sua vida
profissional.
Veio para ca para se submeter a
uma cirurgia de varizes com um médico seu amigo, mas um coagulo lhe ceifou a
vida.
Eu e minha esposa fomos ao
velório, estávamos para entrar no local, quando uma linda moça loira, muito bonita
mesmo e o seu pai nos vieram receber.
A garota abraçou a um só tempo eu
e minha esposa, e não cansava de nos dizer, Deus os abençoe, por vocês não
conseguem avaliar o bem que fizeram a minha mãe, ao meu pai e principalmente a
mim.
Como agora, os olhos estavam
marejados de lagrimas.
Aquele garoto, que nunca teve ou
se deu a trejeitos e que verdadeiramente tinha um problema de má formação, a
que chamamos de hermafrodita, esta ali diante de nós, não como uma falsa
figura, mas como uma mulher que geneticamente sempre fora.
Desculpem-me, se quiserem me classificar como homo+fóbico, que não me
atingem, pois, repito, não tenho medo de homem, tenho filhos a quem amo, tenho
amigos que moram em meu coração, como diletos amigos, como irmãos de eleição,
portanto se quiserem sou homo afetivo, mas nunca homossexual.
Como disse ali em publicação
anterior, Deus nos deu um DNA que nos indica como HOMEM ou MULHER, ainda que no
meio do caminho, possam ocorrer casos como o narrado acima, mas nosso DNA ou é
um ou outro.
Cada um faça do seu corpo o uso
que bem o desejar, para isso não é necessário leis, assumam os riscos e os
problemas decorrentes desse uso, e saibam que a intervenção cirúrgica que vocês
chamam de “fuxico,” afora outros distúrbios, que com o tempo lhes causarão
problemas inomináveis e vexatórios.
A verdade de tudo isso é que:
Queiram ou não, aceitem ou
desprezem, respeitem ou façam pouco,
V.D.M.I.Ae.
Deus tenha misericórdia de todos
nós.
OBS: Os fatos acima expostos são verdadeiros.
OBS: Os fatos acima expostos são verdadeiros.
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